Um mergulho no panorama geral dos Jogos

Publicado  quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Muitas competições vão acontecendo simultaneamente e vários resultados expressivos aparecem em modalidades diversas. O Brasil tem tido bom desempenho em alguns esportes coletivos, mas tem sido uma decepção até agora, afinal alguns campeões mundiais como foi no caso do judô ou nomes badalados, como Thiago Pereira e Kaio Márcio da natação não conseguem atingir metas que esperavam-se deles e assim, o Brasil tem acumulado apenas, três medalhas de bronze e amargura um distante 38º lugar no quadro geral de conquistas.
No judô, Tiago Camilo só não foi uma frustração tão grande como João Derly, pois ainda conseguiu uma medalha de bronze. Mas é pouco. Para um atleta campeão mundial, com as sete lutas vencidas por Ippon e considerado o mais completo do ano passado, Tiago deveria ter ido, ao menos, para a final. Deve-se considerar a condição física e mental da pessoa no dia da competição, é claro, mas há de se pensar que campeonatos, mesmo sendo o mais importante antes de uma Olimpíada, realizados dentro do país, não trazem todos os melhores competidores e dão um apoio moral extra para os "prata da casa", que numa outra competição internacional em lugar neutro eles não terão esse suporte e seus desempenhos enfraquecem. Contudo, quem está acostumado a viajar e competir em alto nível, tem que estar apto para vencer na hora decisiva.
A natação é um dos grandes atrativos de público das arenas de competição e no Cubo d´Água não é diferente. O planeta inteiro voltado para todas as provas, com grandes possibilidades de quebras de record e medalhas distribuídas aos montes. A maior estrela em referência de história é Michael Phelps, que já virou o maior medalhista de todos os tempos, somando todas as participações olímpicas, com 11 ouros, 1 prata e 1 bronze e superando nomes de respeito de outras modalidades, como Carl Lewis e Paavo Nurmi(atletismo), Larisa Latynina (ginástica) e Mark Splitz, da própria natação. Nessa edição já obteve 5 ouros em cinco provas disputadas. O mais impressionante foi no revezamento 4x100, no qual o time francês era apontado como grande favorito com Alain Bernard e Frederic Bosqueout como seus principais nadadores. Mas Jason Lezak, integrante do time americano, estragou o sonho francês e deu ao, agora amigo, Phelps essa conquista. Até o penúltimo nadador a França tinha grande vantagem sobre a equipe americana. Mas Lezak, considerado azarão, se aproveitou da marola criada por Bernard e tirou uma vantagem de 19 centésimos, além de bater com 8 à frente dos rivais. Os americanos bateram, assim, seu próprio record mundial que haviam conquistado nas eliminatórias por praticamente 4 segundos de diferença, com o tempo de 3min08s24. Agora seu objetivo é vencer mais três provas e assim, sagrar-se o maior campeão olímpico em uma só edição de todos os tempos, com 8 ouros de uma vez. Entre os brasileiros, Gabriella Silva surpreendeu. Com seus 19 anos, chegou a final dos 100m borboleta e chegou em sétimo, que não deixa de ser um feito. Kaio Márcio ficou em sétimo também, mas nos 200m borboleta. Outros destaques internacionais são Kisty Coventry, conquistou medalha de prata para o Zimbábwe nos 100m costas; o japonês voador, Kosuke Kitagima, que bateu o record mundial do 100m peito e levou ouro nesta e nos 200m; além dos times australianos e seus nadadores que sempre ganham muitas medalhas tanto em individuais como nos revezamentos.
No futebol, a seleção feminina venceu a Nigéria por 3 a 1, de virada, com três gols da artilheira Cristiane. Com isso, o Brasil garantiu a primeira colocação do grupo e nas quartas-de-finais vai enfrentar a Noruega. O masculino, como era previsto, conquistou sua terceira vitória com o placar de 3 a 0 sobre os anfitriões e confirmou o primeiro posto. Já tinha adiantado em textos anteriores, e o Brasil enfrentará seu algoz de sua última participação em Olimpíadas, Camarões, na próxima fase, na qual voltarão para Shenyang para jogar. Ambas equipes brasileiras têm condições de vencer suas partidas e seguir o caminho para as semifinais, já em Pequim, no Ninho de Pássaro.
O vôlei é o esporte que vai melhor para o nosso lado. A seleção feminina de quadra triunfou pela terceira vez seguida, a vítima dessa vez foi a Sérvia, que chegou mais perto em um set, fazendo 21 pontos. Mas, apenas, no terceiro set. As meninas estão sobrando e voando baixo. A dupla de areia, Ana Paula e Larissa perderam para a dupla australiana, porém se classificou em segundo na sua chave. A outra dupla, Renata e Talita, venceram as austríacas na segunda rodada e garantiram a classificação. Ricardo e Emanuel passaram invictos para as oitavas-de-final ao vencerem os australianos por 2 sets a 0. Márcio e Fábio Luiz perderam sua segunda partida e têm que ganhar na rodada final para passar de estágio. Nas quadras, sem seu principal jogador (Giba), venceu a Sérvia, de virada, por 3 sets a 1.
A ginástica artística feminina brasileira, que havia feito história ao conquistar a vaga para a final por equipes pela primeira vez, deixou uma pontinha de decepção ao terminar sua participação em oitavo lugar, último da final. Agora resta torcer pelos desempenhos individuais, com Jade, Daiane e Diego.
O basquete feminino vai muito mal. Depois de perder a primeira partida na prorrogação contra a Coréia, voltou a dar vexame contra a campeã mundial, Austrália, perdendo por 80 a 65, e para a também fraca seleção da Letônia, que venceu nos últimos segundos por um ponto de diferença, 78-77. Agora dificilmente consiguirá classificar, pois enfrenta as fortes seleções da Rússia e Bielorússia.
Para finalizar o balanço, no tênis, a dupla André Sá e Marcelo Melo perdeu nas oitavas-de-final, se juntaram aos tenistas Thomaz Bellucci e Marcos Daniel, que foram eliminados na primeira fase, cada um em sua chave, e assim, o Brasil deixa a disputa por medalha na modalidade.

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