Um bronze lutador

Publicado  domingo, 24 de agosto de 2008

A modalidade se chama Taekwondo e a atleta, Natália Falavigna. Na categoria até 67kg, a brasileira conseguiu um feito inédito, a primeira medalha do esporte em Jogos Olímpicos para o Brasil e mais uma para as mulheres do país, provando que, de fato, essa é a grande Olimpíada delas.
Em Atenas/2004, ela e Diogo Silva, haviam conseguido quartos lugares em suas categorias e até então, era o melhor resultado do país em eventos importantes. No ano seguinte, venceu o mundial na Espanha e ganhou atenção de jornais e programas esportivos. Passou a ser cobrada e não conseguiu ter estrutura para responder à altura. Perdeu, no Pan do Rio/2007 e no mundial realizado em Pequim, para a mesma mexicana. Com isso, surgiu a necessidade de ter um respaldo psicológico e físico mais eficiente. Ela mesmo correu atrás e investiu em profissionais competentes que já tinham tido resultados expressivos com outros atletas brasileiros.
Assim, chegou às Olimpíadas como uma das favoritas e esperança de medalha. Ganhou com certa facilidade a primeira luta por 3-1 contra a grega e a segunda, por 5-2 em cima da australiana Carmen Marton. Mas na semifinal, seu jogo de pés, principalmente o direito, não encaixou contra a norueguesa e apesar disso, levou a partida para o Golden Point, depois de 2-2 nos três rounds de luta. Ela deixou para critério dos juízes, que decidiram a favor da adversária.
Nesta situação, Natália perdia a chance de disputar mais um ouro individual. E ficou para decidir o bronze contra suéca Karolina Kedzierska. Não teve nem discussão. Falavigna se impôs e venceu facilmente por 5-2 e garantiu a medalha, que, aliás, deve ser muito comemorada por todo esforço que ela envolveu.

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