Esse é um esporte que é originado na Pré-História, sem registro de um lugar específico. Pode-se dizer que civilizações de todas as partes aprenderam a utilizar esse recurso para melhorar suas habilidades em caçar.
Interessante notar como arco e flecha fizeram parte do desenvolvimento, para coletar frutas, matar animais ou como instrumentos de guerra. Índios, cavaleiros medievais, exércitos em geral usavam como armas de longo alcance. Combinar a flecha com uma ponta incandescente poderia ser letal contra barcos de madeira ou se houvesse uma emboscada em floresta.
Até um herói de contos, Robin Hood, era conhecido com sua precisão com a arma e tirava dinheiro dos ricos para dar aos pobres por meio da prática.
Seu declínio veio com o surgimento de armas de fogo e passou a ser mais tratado como uma atividade esportiva do que qualquer outra finalidade.
O primeiro torneio tem registro de 1673, em Shitzu, na Inglaterra, com o nome de Scorton Arrow.
Em Paris/1900 teve sua primeira aparição nos Jogos Olímpicos. Com exceção da edição da Estocolmo/1912, esteve presente em todas as outras até Antuérpia/1920. No entanto, devido à divergências nas regras de cada local, o esporte ficou fora das Olimpíadas por várias décadas, retornando apenas em Munique/1972 com a adoção das regras feitas pela Federação Internacional de Tiro com Arco. A partir daí, não saiu mais do programa olímpico.
É um dos esportes que permitiu a disputa das mulheres primeiro, já em St. Louis/1904.
O campo da competição deve ser plano e sem obstáculos. A competição ocorre no estilo outdoor, ou seja, ao ar livre e com probabilidade de incidência de vento sobre a flecha. A distância do disparo até o alvo é 70 metros.
O tipo do arco permitido em Jogos Olímpicos é chamado de recurvo. Há também um outro chamado de composto, que não é utilizado nessa competição.
A flecha são de alumínio com uma ponta perfurante de aço em uma extremidade. Na outra, há três aletas estabilizadoras e uma peça em forma de U para prender a flecha na corda do arco.
O alvo consiste em dez anéis concêntricos com pontuação de 1 a 10, sendo a maior pontuação no menor anel, com cores diferentes a cada 2 pontos (amarelo, vermelho, azul, preto e branco de dentro para fora). Tem 1,22m de diâmetro total.
O sistema de disputa olímpica é diferente de outros campeonatos. São 64 atletas tanto no masculino como no feminino. Um round inicial é disputado para posicionar os atletas na ordem de primeiro a 64º lugar. São seis rodadas de 12 disparos cada, somando 72 nessa fase. O competidor tem até 40 segundos para disparar cada flecha neste estágio. A partir daí, há confrontos diretos entre 1º e 64º, 2º e 63º e assim por diante. Cada competidor passa a ter apenas 20 por flecha. Os dois arqueiros disputam até 5 sets. Em um set, cada atleta dispara três flechas. Quem somar mais pontos, vence o set obtendo 2 pontos. Quem chegar a 6 pontos primeiro, elimina o adversário e avança de fase. Caso a pontuação no set seja a mesma, cada atleta ganha 1 ponto. A regra também vale para as equipes.
Nem é preciso dizer que uma visão apurada é fundamental para maior precisão, mas é preciso ter muita tranquilidade também para alcançar o sucesso.
São quatro competições que fornecerão 12 medalhas.
Curiosidades
Se uma flecha atingir a divisão entre dois setores, valerá a pontuação mais alta;
A flecha disparada pode atingir velocidades maiores que 240km/h durante seu percurso;
Quando um arqueiro acerta a parte de trás de uma flecha já fincada no alvo e a parte ao meio a jogada é chamada de Robin Hood e o atleta tem o direito de levar a flecha partida como um troféu.
Destaques
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| Ki Bo Bae é considerada uma das favoritas a medalha | 
A Coreia do Sul é o país dominante do esporte. No feminino, destaco a atleta Ki Bo Bae, que consegui ouro há quatro anos tanto no individual como por equipes, ocupa a terceira colocação do ranking mundial na atualidade e competirá pelo bicampeonato nas duas provas no Rio.
No masculino, Kim Woojin e Ku Bonchan são estreantes da equipe coreana em Olimpíadas, mas já são os dois líderes do ranking e fazem o país ser o favorito tanto no individual como por equipes.
Brasileiros
Teremos representantes em todas as provas com os atletas Marcus D'Almeida, Bernardo Oliveira e Daniel Rezende, no masculino, e Sarah Nikitin, Ane Marcelle dos Santos e Marina Canetta, no feminino. Apesar da pressão de competir em casa, certamente o apoio que a torcida trará pode impulsioná-los a um resultado surpreendente. Um dia mais inspirado, um pouco de sorte pode levar longe na competição.
Quadro de medalhas da modalidade
A líder, como se pode imaginar, é a Coreia do Sul com 34 medalhas, sendo 19 ouros 9 pratas e 6 bronzes.
Os Estados Unidos são a segunda força com 32 medalhas, 14 delas de ouro, 10 de prata e 8 de bronze.
Em terceiro se encontra a Bélgica com 20 medalhas, sendo 11 ouros, 6 pratas e 3 bronzes.
A França tem mais medalhas que a Bélgica, 23 ao todo, mas com 6 ouros, que lhe deixa em quarto.
Onde e quando ocorre
Um lugar inusitado, mas de ótimas características para a modalidade, tanto a prática como para os espectadores acompanharem será o local escolhido, é o Sambódromo, na Marquês de Sapucaí.
Será do dia 06 ao dia 12 de agosto.
O próximo texto será sobre o Tiro Esportivo.


 
 

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