Esta foi a décima e última publicada no jornal, saiu dia 22.
No decorrer da vida, desenvolvemos afinidades com certas
áreas culturais, uns vão mais para música, outros para literatura, pintura, tem
quem goste da política, se sinta confortável na economia. Eu sempre tive muitas
referências esportivas ao meu lado. Por isso, naturalmente, busquei esse
caminho para minha vida. Durante meu desenvolvimento como pessoa e como
jornalista, pude acompanhar pela televisão algumas edições de Olimpíada. Esse
evento acaba se tornando um sonho, uma vontade de acompanhar de perto. Nunca
poderia imaginar que um dia, além de presenciar isso tão de perto, trabalharia,
faria parte de uma cobertura esportiva. O sentimento é o melhor possível. É uma
realização pessoal e profissional. 
Vi eventos que jamais imaginaria acompanhar. No golfe, vi o
campeão olímpico dar suas tacadas a menos de três metros de distância. Vi
badminton e suas rápidas raquetadas. Vi o ‘tilintar’ das espadas se tocando na
esgrima. Andei bastante em diversos pontos da pista de ciclismo mountain bike
para ver as atletas em seu esforço. O hóquei sobre grama foi extremamente
divertido de assistir, com a bola correndo sobre a grama molhada.  Havia a força explosiva e fantástica do
levantamento de peso.
Também tive oportunidade de acompanhar outros esportes mais
conhecidos e mais comuns de se assistir. A emoção envolvida no basquete. A
animação do vôlei de quadra e de praia. A empolgação do atletismo. O entusiasmo
da natação.
Os feitos incríveis ou atletas formidáveis também entram na
lista. Vi Bolt na eliminatória dos 200m, vi Phelps ganhar seu primeiro ouro no
Rio com o revezamento 4x100m, vi Angelique Kerber e mal sabia que se tornaria
campeã olímpica. Nessa história também vi brasileiros, como Isaquias Queiroz na
eliminatória do C2 1.000m, vi as meninas do vôlei passearem na primeira fase,
vi Yane Marques se esforçar muito no pentatlo moderno, vi a derrota da dupla
Bruno Soares e Marcelo Melo, a única medalha brasileira que vi foi com a judoca
Mayra Aguiar, um suado bronze.
Escutei hinos diversos, americano, britânico, georgiano,
sueco e até o argentino. Infelizmente não ouvi o brasileiro, só vi pela
televisão nos ouros da Rafaela Silva, no futebol e no vôlei de praia e, depois,
de quadra masculinos.
Vivi o sonho olímpico, vivi fortes emoções. Hoje me despeço
desse projeto com muita alegria e muito emocionado por fazer parte da
Olimpíada. Do Lance! ter acreditado e dado essa oportunidade. Muito obrigado e
um abraço a todos.

 
 

0 comentários:
Postar um comentário