Coluna Torcedor Olímpico - É preciso recarregar as baterias

Publicado  sábado, 20 de agosto de 2016

Aqui segue a quinta coluna publicada no jornal no dia 14:

Ontem completamos metade dos dias de competição dos Jogos Olímpicos. Quanta coisa já passou? Quantas histórias já vimos? Quantos heróis já foram consagrados?
Eu já pude ver modalidades incríveis como o ciclismo de pista, que nem estava no cronograma inicial, mas presenciei a equipe britânica, comandada por Bradley Wiggins, bater duas vezes o recorde mundial da prova de perseguição e consagrar-se bicampeã olímpica. Falando em conquistas, pude ver de perto o ótimo bronze conquistado pela Mayra Aguiar, no judô. Estive na vitória tranquila do Brasil sobre o Japão no vôlei feminino. E estava presente na primeira medalha de Phelps no Rio, no revezamento 4x100 livre.
Vi a torcida brasileira gritar: 'eu sou angolano, com muito orgulho, com muito amor', para apoiar as jogadoras do país contra Montenegro no handebol e a goleira Ba se agigantar, defender demais e colaborar para a segunda vitória da nação no torneio.
Mas também tiveram derrotas, como a do Brasil sobre a Espanha, no hóquei sobre grama, um sonoro 7 a 0. Vi a dupla brasileira favorita no tênis, Marcelo Melo e Bruno Soares serem eliminados por romenos menos conhecidos no circuito e que viriam a ganhar prata. Estava na segunda derrota de Lohanny no torneio de badminton.
Houve ainda aquele esportes que, por não ter brasileiro envolvidos na partida, simplesmente acompanhei para entender melhor a dinâmica. Caso da qualificatória da ginástica artística feminina, do tiro com arco e do boxe. São eventos que não chamam tanto a atenção do público, não lotam arquibancadas, mas são interessantes de se acompanhar. Vi, por exemplo, um nocaute daqueles de cinema, o atleta sofreu três quedas com golpes na ponta do queixo, não tem como não vibrar.
Com glórias ou decepções, uma coisa é certa: tem sido divertido, uma experiência magnífica, mas que não deixa de ser cansativo. Deslocamentos de até duas horas para chegar aos locais de competição, caminhadas, mochila, escadas, sol na cara, frio, programar o dia seguinte, dormir poucas horas, comer alguma coisa no caminho. Não é fácil acompanhar os acontecimentos e resultados.
Por isso, o tempo que há vago, escrevo, faço uma recapitulação de fotos e vídeos que registro. Mas não há nada como o banho e, depois, a cama para recarregar as energias. Afinal, felizmente, há mais uma semana nessa tocada. Cada novo evento é um combustível o que vem pela frente. E todo tempo de descanso se torna valioso.
Confesso que queria postar minhas fotos, acompanhar mais redes sociais, assistir mais eventos in loco ou mesmo pela televisão, porém, quando chega ao final do dia, minha carga de bateria está zerada.
Aliás, outra coisa que não tem aguentado é o celular. Mesmo tendo comprado uma bateria para dar carga extra por um tempo, todos os dias tem sido uma luta para salvar um pouco de carga para uma emergência ao final do caminho.
Então, sigo renovando as energias para essa nova e derradeira semana olímpica. As minhas e a do celular.

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