Aqui segue a quinta coluna publicada no jornal no dia 14:
Ontem
completamos metade dos dias de competição dos Jogos Olímpicos. Quanta coisa já
passou? Quantas histórias já vimos? Quantos heróis já foram consagrados?
Eu já pude
ver modalidades incríveis como o ciclismo de pista, que nem estava no
cronograma inicial, mas presenciei a equipe britânica, comandada por Bradley
Wiggins, bater duas vezes o recorde mundial da prova de perseguição e
consagrar-se bicampeã olímpica. Falando em conquistas, pude ver de perto o
ótimo bronze conquistado pela Mayra Aguiar, no judô. Estive na vitória
tranquila do Brasil sobre o Japão no vôlei feminino. E estava presente na
primeira medalha de Phelps no Rio, no revezamento 4x100 livre.
Vi
a torcida brasileira gritar: 'eu sou angolano, com muito orgulho, com
muito amor', para apoiar as jogadoras do país contra Montenegro no handebol e a
goleira Ba se agigantar, defender demais e colaborar para a segunda vitória da
nação no torneio.
Mas também
tiveram derrotas, como a do Brasil sobre a Espanha, no hóquei sobre grama, um
sonoro 7 a 0. Vi a dupla brasileira favorita no tênis, Marcelo Melo e Bruno
Soares serem eliminados por romenos menos conhecidos no circuito e que viriam a
ganhar prata. Estava na segunda derrota de Lohanny no torneio de badminton.
Houve
ainda aquele esportes que, por não ter brasileiro envolvidos na partida,
simplesmente acompanhei para entender melhor a dinâmica. Caso da qualificatória
da ginástica artística feminina, do tiro com arco e do boxe. São eventos que
não chamam tanto a atenção do público, não lotam arquibancadas, mas são
interessantes de se acompanhar. Vi, por exemplo, um nocaute daqueles de cinema,
o atleta sofreu três quedas com golpes na ponta do queixo, não tem como não
vibrar.
Com
glórias ou decepções, uma coisa é certa: tem sido divertido, uma experiência
magnífica, mas que não deixa de ser cansativo. Deslocamentos de até duas horas
para chegar aos locais de competição, caminhadas, mochila, escadas, sol na cara,
frio, programar o dia seguinte, dormir poucas horas, comer alguma coisa no
caminho. Não é fácil acompanhar os acontecimentos e resultados.
Por isso,
o tempo que há vago, escrevo, faço uma recapitulação de fotos e vídeos que
registro. Mas não há nada como o banho e, depois, a cama para recarregar as
energias. Afinal, felizmente, há mais uma semana nessa tocada. Cada novo evento
é um combustível o que vem pela frente. E todo tempo de descanso se torna
valioso.
Confesso
que queria postar minhas fotos, acompanhar mais redes sociais, assistir mais
eventos in loco ou mesmo pela televisão, porém, quando chega ao final do dia,
minha carga de bateria está zerada.
Aliás,
outra coisa que não tem aguentado é o celular. Mesmo tendo comprado uma bateria
para dar carga extra por um tempo, todos os dias tem sido uma luta para salvar
um pouco de carga para uma emergência ao final do caminho.
Então,
sigo renovando as energias para essa nova e derradeira semana olímpica. As
minhas e a do celular.

 
 

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