Coluna Torcedor Olímpico - Meios de transportes não integrados

Publicado  segunda-feira, 15 de agosto de 2016

Essa foi a terceira coluna publicada no diário Lance!:

Nos últimos dias, fui duas vezes ao Parque Olímpico da Barra. É um lugar muito bonito, chama muito a atenção pelas construções em estilos arquitetônicos ultra modernos, pelo clima de praia e festa que o Rio possuí e por ter tantos eventos ocorrendo ao mesmo tempo e até tarde.
Com isso, tem um problema de logística. É aconselhável chegar de transporte público, até por conta das barreiras feitas por conta de segurança. O melhor transporte é o BRT, que são ônibus que vêm de diversas partes da cidade em vias exclusivas, são relativamente rápidos e confortáveis.
Na ida, tudo é felicidade, empolgação por ver uma nova modalidade, descansado do dia anterior. Mas a volta tem sido um problema, principalmente quando os eventos perduram até depois da meia noite. Foi assim na natação e, mais recente, no handebol.
Muita gente para embarcar. Mas isso se resolve com certa agilidade. A questão principal é a saída do BRT e a necessidade de pegar uma segunda condução. Nas duas vezes, já não havia mais trem ou metrô e o caminho ainda a ser percorrido era longo até o albergue que estou instalado.
Na primeira situação, outro BRT fez, parcialmente, o caminho do metrô, ainda sim fui alertado a descer antes, pois o ponto final, que me deixaria a duas estações, era perigoso. Tive que terminar o trajeto em companhia de transporte particular.
No dia seguinte, fui até a estação de trem que levaria até a linha que uso, mas estava fechada. Peguei uma van não credenciada nem com sinalização, mas que levava trabalhadores de volta de seu árduo dia de trabalho. Fiquei próximo de onde queria, mas ainda tive que pegar táxi, que até a bateria do celular tinha acabado.
Vou chegando conforme as possibilidades. Mas penso em torcedores que vão ver finais que se estendam e não seja viável ficar até a cerimônia de premiação. Há uma estrutura de trabalho dos profissionais que atuam nessa área. Poderia ser reconsiderado durante esses 17 dias de Jogos Olímpicos.

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