Conheça a modalidade - Ciclismo Mountain Bike

Publicado  quinta-feira, 30 de junho de 2016


A modalidade de hoje é o CICLISMO MOUNTAIN BIKE, a última das praticadas apenas com bicicletas.


Essa é a modalidade que, talvez, seja mais familiar para o público em geral, já que o tipo de bicicleta utilizada é semelhante àquelas que são vendidas comercialmente. Possuem pneus mais largos para uma maior estabilidade e amortecedores frontal e traseiro.
Surgiu na década de 1970, praticamente junto com o BMX, no estado americano da Califórnia, em que ciclistas buscavam novos desafios, diferentes de pedalar no asfalto, e decidiram buscar trilhas e terrenos acidentados.
Apesar de não ter a preocupação aerodinâmica das outras categorias, as bicicletas têm peso de 8 a 9 kg, mesmo sendo feito de materiais resistentes ao impacto.
O estilo praticado nas Olimpíadas é o cross-country, inserido em Atlanta/1996 com disputa nos dois gêneros e permanece até hoje.
Serão 50 homens e 30 mulheres competindo pelas 6 medalhas disponíveis.
A prova será disputada em um circuito de 5 km com seis voltas no feminino e sete no masculino.
Resistência nas pernas para subir e descer e força nos ombros para suportar o impacto são características primordiais para um bom desempenho.

Curiosidades
O circuito da competição não pode ter mais que 15% do terreno plano;
Dois atletas já foram bicampeões da modalidade, a italiana Paola Pezzo, em Atlanta/1996 e Sydney/2000, e o francês Julien Absalon, em Atenas/2004 e Pequim/2008.

Destaques
Julien Absalon é o atual segundo colocado no ranking mundial, pode conquistar o inédito tricampeonato olímpico, é um dos favoritos.
 A alemã Sabine Spitz, que já foi campeã em Pequim/2008 e vice em Londres/2012 está bem ranqueada e tem chances de conquistar uma nova medalha.

Brasileiros
A goiana Raiza Goulão é quem melhor pode representar o Brasil, está em 15ª no ranking, o que a credencia a tentar um bom resultado, neste final de semana irá disputar o mundial da categoria na República Tcheca e poderá ter um parâmetro dos adversários. Além dela, o país terá mais dois representantes no masculino, Henrique Avancini e Rubens Donizete.

Quadro de medalhas da modalidade
A França é a nação das bicicletas, lidera mais esse quadro com 5 medalhas, 3 ouros, 1 prata e 1 bronze.
A Itália é segunda, com 2 medalhas, as duas de ouro.
Empatados em terceiro, Alemanha e Holanda, com 1 ouro e 1 bronze cada.

Onde e quando ocorre
A pista será no Centro de Moutain Bike, no Parque Radical do Rio.
Dia 20 de agosto será a prova feminina e dia 21, último dia de competições, a masculina.

Amanhã a série continua com a Esgrima. En garde!

Conheça a modalidade - Ciclismo de Pista

Publicado  quarta-feira, 29 de junho de 2016

A modalidade que trago hoje é o CICLISMO DE PISTA, a terceira praticada com bicicleta, a mais rápida de todas.

É uma modalidade incrível, que exige o máximo de esforço físico, num curto espaço de tempo, com muitas disputas emocionantes, decididas nos milésimos de segundos.
As competições têm origem próxima das corridas de estrada, por volta de 1870, na Inglaterra e eram realizados em pistas cobertas, chamadas Velódromos, em formatos ovais, com duas curvas em arco e duas retas. 
Faz parte do programa olímpico desde a primeira edição em Atenas/1896. Só não esteve presente em Estocolmo/1912. Para as mulheres, demorou quase um século para que pudessem competir, apenas em Seul/1988.
Novamente é um esporte em que a tecnologia se faz presente, com bicicletas arrojadas e projetadas para perfurar a resistência do ar com maior eficiência e menor arrasto aerodinâmico. São equipamentos ultraleves, feitos de titânio e fibra de carbono. Além disso, a característica mais relevante é que são bicicletas de marcha única e sem freio. Por atingirem altas velocidades, a utilização de freios representaria um perigo de acidentes e colocaria em risco a integridade física dos competidores, além de atrapalhar a aerodinâmica.
Outro equipamento diferente é o capacete que, na maioria das vezes, é projetado em formato de gota para ganhar milésimos, minimizando os efeitos do atrito com o ar.
A explosão muscular das pernas é fundamental para pedalar o mais rápido possível.
São cinco categorias de provas iguais para os dois gêneros, proporcionando 30 medalhas em disputa.

Categorias

  • Sprint ou velocidade: Dois ciclistas por vez dão três voltas na pista, mas somente a última é cronometrada. Quem cruzar a linha de chegada primeiro vence.
  • Velocidade por equipes: As equipes, compostas de três homens ou duas mulheres, largam em lados opostos da pista. Cada ciclista da equipe deve completar uma volta a frente dos demais. O menor tempo é o vencedor.
  • Keirin: É uma prova que os ciclistas têm que percorrer 2 km. Na primeira parte da prova, eles seguem, alinhados, uma moto que determina a velocidade inicial e vai aumentando gradativamente. Faltando de 600 a 700 metros, a moto sai da pista e os atletas arrancam até a linha de chegada. Quem cruzar a linha primeiro vence.
  • Perseguição por equipes: As equipes, compostas de quatro ciclistas, devem percorrer 4 km. Na primeira fase são classificados os melhores tempos. Depois, duas equipes largam de lados opostos. Se uma das equipes alcançar a outra pelas costas ou quem delas fizer o menor tempo, vence.
  • Omnium: É divida em seis provas: volta lançada, corrida de pontos (30 km para homens e 20 para mulheres), corrida de eliminação, perseguição individual, stratch race (que todos correm juntos) e contrarrelógio.


Curiosidades
Para reduzir a velocidade da bicicleta até que possa ser parada por um auxiliar técnico, há um mecanismo interno que "freia" conforme diminui-se gradualmente a pressão no pedais, porém sem parar de pedalar de maneira brusca;
Tanto na largada, quanto para parar, o ciclista necessita do auxílio de uma pessoa, geralmente alguém de sua equipe técnica, devido à inclinação da pista somado ao fato que as sapatilhas ficam fixas aos pedais;
A pista tem inclinações variadas no decorrer do seu percurso, nas retas é uma inclinação permanente de 13º, já nas curvas varia entre 34º e 38º nas entradas e saídas e no meio delas, entre 38º e 46º.

Destaques
Lasse Hansen é um dinamarquês, atual campeão do Omnium, que lidera o ranking mundial da prova e deve tentar o bicampeonato.
O time britânico feminino de perseguição por equipes vive a mesma situação de Lasse, é atual campeão e favorito, já que lidera o ranking.

Brasileiro
Depois de 24 anos de ausência em Jogos Olímpicos, teremos um representante, o cearense Gideoni Monteiro, na prova do Omnium. Se temos dificuldade para entregar o local de competição a tempo, que dirá ter chances de medalhas.

Quadro de medalhas da modalidade
A França é historicamente líder com 64 medalhas, sendo 28 ouros, 21 pratas e 15 bronzes.
A Grã-Bretanha vem investindo fortemente das últimas edições para cá e passou a ocupar o segundo lugar com 60 medalhas. 24 ouros, 18 pratas e 18 bronzes.
Quem teve um passado forte é a Itália, ocupa ainda a terceira colocação com 36 medalhas, menos que a Austrália que tem 44, mas com mais ouros, 21 a 12. Ainda tem 9 pratas e 6 bronzes.

Onde e quando ocorre
Praticamente agora foi entregue o Velódromo Olímpico, no Parque Olímpico da Barra. No único evento teste, havia muita poeira na pista.
Serão seis dias de competição, do dia 11 a 16 de agosto.

Amanhã, a última das modalidades de ciclismo, o Mountain Bike.

Juvenal Dias faz balanço das oitavas da Euro 2016

Publicado  



Cá estou eu aqui novamente para comentar o que acertei e errei da Euro e da Copa América.
Acertei 5 e errei 5.

Conheça a modalidade - Ciclismo de Estrada

Publicado  terça-feira, 28 de junho de 2016

Hoje trago uma das minhas modalidades favoritas, o CICLISMO DE ESTRADA.

Esse gosto por esse esporte veio do meu pai, que já chegou a competir em provas mais curtas, quando eu era criança. Depois, ele passou a assistir as grandes voltas e eu peguei gosto também de ver ciclistas num esforço hercúleo de subir montanhas fora de categoria ou sprintando na reta final, depois de muitos quilômetros percorridos. É um esporte que mostra muitas paisagens por onde passa.


É a forma mais tradicional de esportes com bicicleta. A primeira prova oficial ocorreu em 31 de maio de 1868, em Paris e teve o britânico James Moore como vencedor.
O ciclismo, assim como o atletismo, é um dos cinco esportes que estão presentes nos Jogos Olímpicos desde a primeira edição, graças a essa modalidade que estreou em Atenas/1896 com o mesmo percurso da histórica maratona, mas o dobro da distância, já que percorreu o caminho entre Atenas e Marathónas ida e volta.
No entanto, esta modalidade não teve prosseguimento nas três edições seguintes de Olimpíada, regressando em Estocolmo/1912. Assim sendo, somente outras modalidades de ciclismo se fizeram presente nesse período. Desde seu retorno, não saiu mais do programa olímpico.
Novamente as mulheres demoraram para competir, só a partir de Los Angeles/1984 que elas tiveram participação.
Essa é uma modalidade em que a tecnologia está bem presente e é aliada da força humana, pois os quadros das bicicletas são feitos de carbono e o restante com materiais leves, fazendo com que não pese nem 7 kg. Além disso, são projetadas para terem a maior aerodinâmica possível, já que um dos "adversários" é a resistência do ar. Assim como as bicicletas, todo restante do equipamento, capacete, luvas e sapatilhas, também tem essa preocupação de minimizar o arrasto aerodinâmico.
Força nas pernas e reposição de nutrientes é fundamental para aguentar 5 horas pedalando sem parar e ainda chegar com rapidez ao final.
Serão dois eventos, distribuindo doze medalhas: o contrarrelógio e a prova de estrada.

Contrarrelógio: Os participantes largam individualmente, em intervalos regulares, e têm que fazer o menor tempo possível. Caso um atleta alcance outro, não é permitido que um fique no vácuo do outro. Nesse tipo de corrida, os atletas chegam a atingir até 70 km/h, já que são distâncias curtas, 46 km, no masculino, e 32, no feminino e o trajeto tem características mais planas. A prova conta com 40 homens e 25 mulheres.

Prova de estrada: Todos os participantes largam juntos, quem chega primeiro, leva. Geralmente, há trabalho de equipe, revezando quem fica de frente para o vento, para economizar energia para o sprint final. É comum a presença de fugas do pelotão, com tentativas de desgastar os favoritos durante os longos percursos, 250 km, no masculino, e 140, no feminino. O relevo é irregular, com objetivo de aumentar a dificuldade e o ritmo do pelotão. Serão 144 homens e 67 mulheres competindo.

Curiosidades
No decorrer do trajeto, pode ter trecho em circuito, que tenha no mínimo 3 km de extensão. De 3 a 5 km, pode-se dar no máximo 3 voltas. De 5 a 8, o limite aumenta para até 5 voltas. E de 8 a 10, são permitidas um máximo de 8 voltas;
Na prova contrarrelógio, a parte de circuito terá duas voltas para os homens e um para as mulheres. Já na prova de estrada, tem um circuito que terá quatro voltas para os homens e duas para as mulheres e outro que terá duas voltas para os homens;
A holandesa Leontien van Moorsel é a maior vencedora da modalidade, tendo conquistado três ouros em Sydney/2000 e Atenas/2004, em dois contrarrelógios e um de estrada. Nessas mesmas edições, ainda levou mais medalhas no ciclismo de pista.

Destaques
Difícil pensar em ciclistas para destacar, já que as provas ocorrem entre duas das principais voltas, o Tour de France e a Vuelta a España.
Pensando pelo ranking, se vierem os principais ciclistas, Fabian Cancellara (foto) é o favorito para o contrarrelógio.
Nessa linha também, Mark Cavendish, Peter Sagan, André Greipel e Christopher Froome devem brigar roda a roda pelo ouro.
A sueca Emma Johansson é a líder do ranking mundial e olímpico, pode ser considerada uma das favoritas.

Brasileiros
Infelizmente, Kleber Ramos e Clemilda Fernandes não terão chances de medalhas.

Quadro de medalhas da modalidade
A Itália lidera com 18 medalhas no total, sendo 9 de ouro, 7 pratas e 2 bronzes.
A França tem as mesmas 18 medalhas, mas 8 ouros, 4 pratas e 6 bronzes.
Fecha o pódio, a Holanda com 11 medalhas no total, menos que Estados Unidos, Suécia, Bélgica e Grã-Bretanha, mas com muito mais ouros, 8 e mais 2 pratas e 1 bronze.

Onde e quando ocorre
A largada e chegada do contrarrelógio será na Praia do Pontal, na zona Oeste da cidade e as provas masculina e feminina ocorrem no mesmo dia 10 de agosto.
A prova de estrada tem largada e chegada no Forte de Copacabana, mas percorre as praias de Ipanema, Leblon, São Conrado, Barra da Tijuca, Recreio e Grumari, dia 06 é a prova masculina e dia 07, a feminina.

Amanhã será a vez do Ciclismo de Pista.

Conheça a modalidade - Ciclismo BMX

Publicado  segunda-feira, 27 de junho de 2016

O esporte de hoje é o CICLISMO BMX, a primeira modalidade de ciclismo que trago.

É a modalidade mais nova do ciclismo.
Surgiu na década de 1960 como uma brincadeira, na qual crianças da Califórnia imitavam seus ídolos do motocross com suas bicicletas em pistas de terra. Daí o nome Bicycle Moto Cross, ou BMX (Cross em inglês é cruz, frequentemente respresentado pela letra X).
As provas são disputadas em baterias com oito atletas cada. Os quatro primeiros avançam de fase, até a bateria final.
Trajeto da pista feita para os Jogos do Rio
A largada ocorre em uma plataforma de quase dez metros de altura. A pista é constituída por curvas fechadas e apertadas, obstáculos de saltos e um final plano. O trajeto terá 470 metros no masculino e 430 no feminino.
Serão 32 ciclistas homens e 16 mulheres competindo pelas seis medalhas oferecidas, três para cada gênero.
É preciso destreza e agilidade nas pernas para descer o mais rápido possível sem esbarrar nos concorrentes e cair.
Estreou como esporte olímpico em Pequim/2008.

Curiosidades
As bicicletas usadas pelos competidores possuem rodas com aro 20", uma marcha e um freio;
Até hoje, foram distribuídas apenas 12 medalhas, mas sete países diferentes já subiram ao pódio;
Em Londres/2012, Mariana Pajón venceu e levou para a Colômbia o segundo ouro da história do país.

Destaques
Maris Strombergs, da Letônia, foi o vencedor tanto em Pequim/2008 como em Londres/2012, se tornando o primeiro bicampeão da modalidade. Ele vem para o Rio para tentar o tricampeonato.
A colombiana Mariana Pajón é a atual segunda no ranking, tentará vencer pela segunda vez em Olimpíadas, mas terá uma dura batalha contra a líder, a australiana Caroline Buchanan.

Brasileiros
Renato Rezende e Priscilla Carnaval serão os representantes brasileiros. Como há um fator sorte presente nessa modalidade, se eles tiverem bastante podem chegar à final competindo por medalhas, mas as chances reais não são das mais otimistas.

Quadro de medalhas da modalidade
A Letônia lidera com 2 medalhas, ambas de ouro.
A França é segunda, também com 2 medalhas, mas um ouro e uma prata.
E a Colômbia é terceira, novamente com 2 medalhas, um ouro e um bronze.

Onde e quando ocorre
O Centro Olímpico de BMX, que está no Parque Radical de Deodoro, é o local onde foi criado a pista para as competições. No evento teste, já realizado, a pista foi considerada perigosa e melhorias foram feitas para reparar e deixar mais competitiva
As disputas ocorrerão em apenas três dias, 17, 18 e 19 de agosto.

Amanhã será a vez do Ciclismo de Estrada, uma das minhas competições favoritas.

Conheça a modalidade - Canoagem Velocidade

Publicado  domingo, 26 de junho de 2016

Hoje trago a segunda modalidade de embarcações, a CANOAGEM VELOCIDADE.

Nesta postagem vale identificar algumas diferenças com a anterior, uma vez que há algumas características semelhantes já tratadas no último texto.
A primeira competição foi realizada na Bélgica, em 1877.
É praticada em rios ou lagos de águas calmas com 9 raias demarcadas nas distâncias de 200, 500 e 1.000 metros.
Foi inserida no programa olímpico em Paris/1924 como esporte de demonstração, passou a ser oficial em Berlim/1936 e as mulheres só puderam participar a partir de Londres/1948.
Explosão muscular e ritmo sincronizado são as chaves para brigar pelo pódio.
Tem as mesmas nomenclaturas que a Slalom, "C" para canoa e "K" para caiaque, com um número de atletas tripulantes em seguida.
São doze categorias, responsável por distribuir 36 medalhas ao todo.

As categorias
  • (C1)200m (masculino)
  • (C1)1.000m (masculino)
  • (C2)1.000m (masculino)
  • (K1)200m (masculino)                 (K1)200m (feminino)
  • (K1)1.000m (masculino)              (K1)500m (feminino)
  • (K2)200m (masculino)
  • (K2)1.000m (masculino)              (K2)500m (feminino)
  • (K4)1.000m (masculino)              (K4)500m (feminino)

Curiosidades
A distância de 200 metros foi introduzida na última edição dos Jogos Olímpicos, em Londres/2012;
As embarcações variam de tamanho e, por consequência, de peso. A menor é o K1, que pode ter comprimento máximo de 5,2m com peso mínimo de 12 kg. A maior é o C4 com o comprimento máximo de 11m e peso mínimo de 50 kg;
A alemã Birgit Fischer é a atleta que mais vezes subiu no pódio na modalidade. Competiu entre Moscou/1980 e Atenas/2004, faturou 12 medalhas, 8 ouros e 4 pratas. Se ela fosse uma nação, seria a sétima no quadro de medalhas.

Destaques
Eirik Verås Larsen é um norueguês especialista na prova de (K1) 1.000m, já ganhou dois ouros e uma prata nas últimas três Olimpíadas, além de uma prata no (K2) 1.000m. É um bom nome a se observar.
Pelo lado feminino, a húngara Danuta Kozák é atual campeã olímpica nas categoraias (K1) 500m e (K4) 500m. Será que consegue repetir o feito no Rio?

Brasileiros
O baiano Isaquias Queiroz, de 22 anos é uma promessa brasileira, já conquistou um bronze no Mundial na categoria (C1) 1.000m. Pode chegar até as finais, não sei se seria um nome para medalha, é o melhor representante brasileiro.

Quadro de medalhas da modalidade
A União Soviética ainda é a líder, mesmo não tendo tantas medalhas como outras nações, são 51 ao todo com 29 de ouro.
Em segundo vem a Alemanha com 48 medalhas, sendo 24 de ouro.
A Hungria completa o pódio, com 22 ouros e impressionantes 77 medalhas no total.

Onde e quando ocorre
As competições serão realizadas na Lagoa Rodrigo de Freitas.
Serão seis dias, do dia 15 ao dia 20 de agosto.

Na sequência, amanhã, começa a primeira modalidade do ciclismo, o BMX.

Conheça a modaliade - Canoagem Slalom

Publicado  sábado, 25 de junho de 2016

A quinta modalidade trazida é a CANOAGEM SLALOM, um dos dois tipos inclusos no programa olímpico.

Civilizações de todos os cantos do planeta sempre utilizaram caiaques e canoas como meio de transporte fluvial e auxílio na pesca. Não há uma data concreta de quando iniciou o uso dessas embarcações como prática competitiva, há relatos de épocas bem antigas.
Apesar de imprecisa a origem esportiva, nos Jogos Olímpicos, a modalidade foi disputada a primeira vez em Munique/1972, depois ficou 20 sem participar novamente, até que voltou em Barcelona/1992 e dura até hoje.
É praticada em um rio (em Olimpíada, geralmente é artificial) com trajeto ingrime que varia de 250 a 400 metros. Sobre o rio, penduram-se 18 a 25 balizas (também chamadas “portas”).  Pelas portas de cor verde o atleta deve passar descendo o rio (a favor da correnteza) e pelas vermelhas, subindo (contra a correnteza). As portas são posicionadas de tal forma, que obrigue o atleta a constantes mudanças de direção, aproveitando-se da melhor maneira possível das diferentes correntes, ondas e refluxos do trajeto. O objetivo é passar pelo percurso no menor tempo possível.
A característica principal é de força nos membros superiores e região torácica.
São quatro eventos, distribuindo um total de doze medalhas.
Cada evento de canoagem slalom começa com eliminatórias. Os atletas percorrem o trajeto duas vezes, e os resultados da melhor das duas corridas determinam quais competidores se qualificam para a semifinal. Semifinal e final será em apenas uma corrida cada.

As categorias
K1 (masculino e feminino)
C1 (masculino)
C2 (masculino)

Curiosidades
As nomenclaturas das categorias são de acordo com o tipo de embarcação. A letra "C" é para canoa e a letra "K" é para caiaque (em inglês, kaiak). E o número é para a quantidade de pessoas;
Na canoa, o atleta vai ajoelhado e utiliza um remo de pá única. Já no caiaque, o atleta fica sentado com um remo de duas pás. Em ambos os casos, há um equipamento impermeável, uma espécie de saia, que circunda o atleta, presa na cintura e ligada à abertura da embarcação que impede a entrada de água;
Coletes salva-vidas e capacetes são obrigatórios;
Há dois tipos de penalidades: uma é quando o atleta tocar em alguma porta, será acrescido 2 segundos, por toque, ao seu tempo, a outra é quando não passar pelo lado correto da baliza ou passar no sentido contrário ao indicado será somado 50 segundo ao seu tempo.

Destaques
O eslovaco Michal Martikán tentará conquistar sua sexta medalha na categoria C1, ele já possui dois ouros, duas pratas e um bronze, em cinco Olimpíadas disputadas.
A australiana Jessica Fox está entre as melhores do ranking mundial e irá em busca de sua segunda medalha olímpica.

Brasileiros
A jovem Ana Sátila, de 20 anos, é uma promessa no esporte. Conseguiu bons resultados nas etapas de Copa do Mundo deste ano e é a atual 4ª colocada do ranking, o que a credencia na disputa do pódio. Nenhum atleta masculino tem tamanhas chances.

Quadro de medalhas da modalidade
A Eslováquia lidera, mesmo não tendo maior número de medalhas que outros países, são 12 no total. O primeiro critério de ranqueamento é a quantidade de ouros, e ela tem 7.
A França é o país com mais medalhas, 16 conquistas, sendo 6 ouros, o que a deixa na segunda colocação.
A Alemanha é a terceira com 4 ouros, 5 pratas e 6 bronzes, 15 ao todo.

Onde e quando ocorre
Estádio Canoagem Slalom, no Parque Olímpico de Deodoro, é o local construído exclusivamente para essa modalidade.
As competições duram cinco dias, do dia 07 ao dia 11 de agosto.

Amanhã a série continua com outro tipo de canoagem, a de velocidade.

Palpites sobre Euro 2016 e Copa América Centenário

Publicado  sexta-feira, 24 de junho de 2016



Falo quem eu acredito que passe das oitavas-de-final na Euro e quem pode ser campeão da Copa América.

Conheça a modalidade - Boxe

Publicado  quinta-feira, 23 de junho de 2016

A modalidade que trago hoje, a quarta da série, é conhecida como a nobre arte, é o BOXE.


A história data relatos do surgimento do esporte no fim do século VII a.C. na Grécia Antiga, com lutadores usando tiras de couro enroladas nos punhos. Em 1867, John Chambers foi encarregado de estabelecer regulamentos que vigoram até hoje.
É considerado uma arte marcial. Resistência, reflexos rápidos e agilidade dos membros são características essenciais para um pugilista ser bem sucedido.
Faz parte do programa olímpico desde St. Louis/1904. Desde então, a única vez que não esteve em uma edição de Olimpíada foi em Estocolmo/1912, devido a uma lei da Suécia que bania a prática da modalidade em seu território. As mulheres só puderam competir a partir da última edição em Londres/2012.
Há diferenças entre o boxe profissional e o olímpico, mas com o objetivo de aproximar-se do mais habitual, foram mudadas algumas regras do olímpico: tirou-se os protetores de cabeça; antes tinha um sistema de pontuação em que eram necessários três dos cinco juízes apertarem botão de ponto ao mesmo tempo para ser consignado o tento para determinado atleta, agora, como no boxe clássico, que vence o round tem nota 10 e quem perde, pode ter 9 ou 8. 
Os nome dos golpes desferidos são o jab, o direto, o cruzado, o hook, o uppercut e o jab-direto.
Para os homens, são três rounds de três minutos cada com um de descanso. Para as mulheres, são quatro rounds de dois minutos cada com um de descanso.
Os atletas são divididos por categoria de peso. São dez no masculino e três no feminino, com 52 medalhas em jogo, já que o sistema de disputa é por eliminação simples e os dois lutadores que chegarem à semifinal e perderem, automaticamente recebem um bronze cada, não há disputa de terceiro lugar.

As categorias (em azul, masculino, e em vermelho, feminino):
  • Peso mosca-ligeiro (46-49 kg)      Peso mosca (48-51 kg)
  • Peso mosca (-52 kg)                   Peso ligeiro (57-60 kg)
  • Peso galo (-56 kg)                      Peso médio (69-75 kg)
  • Peso ligeiro (-60 kg)
  • Peso meio-médio ligeiro (-64 kg)
  • Peso meio-médio (-69 kg)
  • Peso médio (-75 kg)
  • Peso meio-pesado (-81 kg)
  • Peso pesado (-91 kg)
  • Peso superpesado (+91 kg)

Curiosidades
A partir desta edição dos Jogos, a Federação Internacional de Boxe decidiu aceitar lutadores profissionais, devido a interesses políticos. Antes era somente permitido amadores. Mesmo assim, não devem comparecer figuras importantes da modalidade, já que não envolve patrocínio;
Grandes nomes do pugislismo surgiram em Olimpíadas: Muhammad Ali (ainda com o nome de Cassius Clay) em 1960, Joe Frazier em 1964, George Foreman em 1968, Sugar Ray Leonard em 1976, Oscar de la Hoya em 1992 foram alguns deles;
O primeiro boxeador brasileiro a conquistar uma medalha foi Servílio de Oliveira, em 1968, na Cidade do México. Ele levou um bronze para casa.

Destaques
No lado feminino, a jovem norte-americana Claressa Shields é o nome mais cotado para uma medalha certa. Ela é atual campeã olímpica e bicampeã mundial na categoria peso médio.
Outro destaque fica com a irlandesa Katie Taylor, pentacampeã mundial e atual campeã olímpica na categoria peso ligeiro.
Entre os homens, um nome para ficar de olho é do irlandês Michael Conlan, campeão mundial do peso mosca.
Além dele, a tradição cubana se faz presente com Roniel Iglesias, atual campeão olímpico no peso meio-médio ligeiro.

Brasileiros
Robson Conceição tem grandes possibilidades de trazer o primeiro ouro do país, na categoria peso leve. Já foi vice-campeão mundial em 2013.
Há outros nomes por quem torcer, como Robenilson de Jesus e Adriana Araújo, que levou bronze em Londres, mas têm obstáculos mais duros no caminho.

Quadro de medalhas da modalidade
Mais um esporte em que os Estados Unidos são soberanos, 111 medalhas, sendo 49 de ouro.
Cuba continua uma potência na modalidade, é segunda, com 67 medalhas, 34 delas douradas.
A Grã-Bretanha é terceira força com 17 medalhas de ouro, 53 no total.
O Brasil está em 50º lugar com apenas 1 prata e 3 bronzes.

Onde e quando ocorre
Riocentro - pavilhão 6 será o local dos ringues.
O gongo soa já no dia 06 de agosto e vai até momentos antes da cerimônia de encerramento no dia 21 de agosto.

Amanhã será explicado o que é Canoagem Slalom.

Conheça a modalidade - Basquetebol

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No terceiro episódio da série, vem uma das modalidades mais aguardadas dos Jogos, o BASQUETEBOL ou, simplesmente, basquete.


Essa é a primera modalidade essencialmente coletiva que trago, portanto o desempenho do grupo é mais importante do que atuações individuais. Apesar de ter jogadas impressionantes dos grandes astros, valoriza-se muito o quanto os suplentes contribuem na pontuação e uma das estatísticas mais relevantes é o número de assistências, ou seja, a quantidade de vez que um companheiro deixou outro em condições de pontuar.
Foi um esporte criado em 1891, pelo professor de educação física James Naismith, na cidade de Springfield, porque o inverno rigoroso de Massachussets impossibilitava que os estudantes do colégio Associação Cristã de Moços praticassem atividades ao ar livre. O diretor pediu que criasse um jogo estimulante, sem violência e que pudesse ser jogado em áreas cobertas no inverno e abertas no verão. Mal sabiam eles que iria se tornar um dos esportes mais populares do mundo.
Aplicação tática, tanto para defender como para atacar, e precisão são as características fundamentais.
Em St. Louis/1904 apareceu como exibição em Jogos Olímpicos. Foi estrear como modalidade olímpica em Berlim/1936, apenas para homens. As mulheres só foram jogar a partir de Montreal/1976.
Apenas seis medalhas são distribuídas, três para cada gênero. São 12 seleções masculinas e 12 femininas que disputam essas láureas.

Curiosidades
Os Estados Unidos, além de criadores, são os maiores vencedores, ganhando 14 das 18 vezes que teve o torneio masculino e 7 das 10 que teve torneio feminino;
A única vez que os Estados Unidos não estiveram em nenhum degrau do pódio, em ambos os gêneros, foi na edição de Moscou/1980, por causa de boicote feito pelo país e seus aliados à invasão soviética ao Afeganistão, ocorrida um ano antes.
A partir de Barcelona/1992, os Estados Unidos passaram a enviar atletas profissionais. Nesta edição, Michael Jordan esteve presente, naquilo que originou o Dream Team ou time dos sonhos.

Destaques
Difícil falar em outro destaque que não seja o time dos Estados Unidos, mesmo que não venham com força máxima, sem Stephen Curry e LeBron James, ainda são os melhores. Consultei o jornalista Lucas Pastore, especialista no assunto do Lance!, para saber um nome. Com as ausências, Kevin Durant (foto) se torna o principal nome.
Segundo o jornalista, a segunda força seria a Espanha, com os irmãos Mark e Pau Gasol, caso venham com com força máxima.
No feminino, Estados Unidos é ainda mais forte. Para Pastore, o destaque fica por conta da ala-armadora Sue Bird, que vai em busca da quarta medalha de ouro seguida.

Brasileiros
O time masculino vem de boas atuações nos últimos torneios internacionais. Tem um time bem interessante, com muito jogadores que atuam na NBA, Anderson Varejão, Leandrinho, Nenê Hilário, Raulzinho são alguns desses nomes. É a grande chance de retomar as conquistas que têm ficado num passado cada vez mais distante. Brigam por uma medalha.
O feminino vai na contramão, infelizmente. Vem de crises em crises e, tecnicamente, são fracas.

Quadro de medalhas da modalidade
Estados Unidos é a referência e máquina de medalhas, são 26 no total, sendo 21 ouros.
A União Soviética aproveitou seus tempos áureos, é a segunda com 12 medalhas, 4 de cada.
A também extinta Iugoslávia é a terceira, com 8 medalhas, mas apenas 1 de ouro.
O Brasil ocupa a 10ª posição com 5 medalhas, 1 prata e 4 bronzes.

Onde e quando ocorre
Os jogos serão distribuidos em duas arenas: Arena Carioca 1 e Arena da Juventude.
Sempre alternando um dia de competições femininas e um masculinas, será do primeiro dia oficial de competições, 06 de agosto, até o último dia, 21 de agosto.

Amanhã será a vez da nobre arte do Boxe.

Conheça a modalidade - Badminton

Publicado  quarta-feira, 22 de junho de 2016

Nesse segundo episódio da série, a modalidade que trago para conhecer um pouco a respeito é o BADMINTON


É um esporte que tem suas raízes na Índia e tinha o nome de Poona. Em meados do século XIX, mudou-se o nome quando uma nova versão do esporte foi jogada na propriedade de Badminton, pertencente ao Duque de Beaufort's, em Gloucestershire, um condado localizado na região sudoeste da Inglaterra, onde hoje situa a Federação Internacional de Badminton (IBF).
Apesar de ser antigo, passou ser considerado modalidade olímpica oficialmente apenas em Barcelona/1992, já que Munique/1972 e Seul/1988 foi disputado como demonstração.
Quem domina esse esporte são os asiáticos, mais especificamente a China é a grande potência, tanto que por não ter vaga para tantos talentos, "exporta" gente que se naturaliza por outras nações para competir. Por ser tão popular em lugares como Cingapura, Coreia do Sul, Índia, Indonésia, Malásia, Paquistão, Japão e Tailândia, tem o status de segundo esporte mais praticado no mundo.
As principais características são de um esporte de muita agilidade, flexibilidade e reflexos rápidos.
Os sistemas de disputas são em simples (masculino e feminino) e duplas (masculino, feminino e mista). Então, estarão em jogo 15 medalhas olímpicas.
Tem semelhanças com o tênis, do saque ter que atravessar a quadra na diagonal, de usar raquete, do objeto batido passar por cima da rede, de jogar simples ou duplas e dos nomes dos golpes. Mas tem suas peculiaridades. Para explicá-las vou utilizar uma adaptação de infografia (ao lado) que fiz para o Lance! para explicar a modalidade no Pan de Guadalajara.

Curiosidades
Há dois tipos de saque: o curto e o longo, por conta deste segundo que existe uma segunda linha de base, 76 cm atrás da primeira;
Quando chega a 11 pontos para um lado, há uma parada de um minuto para descanso;
Podendo chegar a 400 km/h de velocidade, a peteca pode ser mais rápida que um carro de Fórmula 1.

Destaques
O chinês Lin Dan é o grande nome do esporte na atualidade. Pode se tornar o primeiro atleta tricampeão olímpico da modalidade, já vem de conquistas em Pequim/2008 e Londres/2012, no simples masculino.
A espanhola Carolina Marin é a líder do ranking mundial e pode conquistar a primeira medalha para seu país.
A dupla masculina coreana formada pelos atletas Yong Dae Lee e Yeon Seong Yoo vêm dominando o circuito na sua categoria, dificilmente ficarão fora do pódio.

Brasileiros
Por mais otimistas que possamos ser, o Brasil será apenas figurativo nesta modalidade, mas terá uma importante experiência para os atletas Ygor Coelho (atual número 61 do mundo) e Lohaynny Vicente (atual 71 do mundo).

Quadro de medalhas da modalidade
A China domina amplamente, com 38 medalhas no total, sendo 16 ouros, 8 pratas e 14 bronzes.
Coreia do Sul está em segundo com 18 medalhas, 6 ouros, 7 pratas e 5 bronzes.
A Indonésia também tem 18 medalha e 6 ouros, mas fica em terceiro por ter 6 pratas e 6 bronzes.

Onde e quando ocorre
As competições serão realizadas no Riocentro - Pavilhão 4.
As primeiras fases começam dia 11 e os jogos vão até a última final, dia 20 de agosto.

Amanhã a série continua com o Basquete.

Conheça a modalidade - Atletismo (parte 2)

Publicado  terça-feira, 21 de junho de 2016

Seguem as demais atividades do atletismo:

Saltos
Os saltos podem ser divididos em duas categorias:
  • Saltos de altura: O atleta deve correr por uma pista e saltar por uma barra horizontal, denominada sarrafo. É permitido que o atleta toque a barra, sem derrubá-la. A altura do sarrafo aumenta a cada salto realizado pelo atleta. Há dois tipos: o Salto em Altura, que o atleta conta com a impulsão das próprias pernas, e o Salto com Vara, que conta com o auxílio de uma vara longa flexível para lhe projetar, ambos para os dois gêneros.
  • Saltos de comprimento: O atleta deve correr por uma pista e saltar em uma caixa de areia, projetando-se o mais longe possível de um ponto-limite pré-determinado. Também dois tipos: Salto em Distância, que é um salto simples, e Salto Triplo, que são três passadas impulsórias, ambos para os dois gêneros.
Arremessos
Os arremessos podem ser de Martelo, de Peso, de Disco ou de Dardo. As massas dos objetos em questão são variáveis, de acordo com o gênero do competidor. Em geral, os lançamentos são feitos no interior das pistas de corrida. Quem lançar mais longe, em determinada quantidade de tentativas, sem extrapolar a área de lançamento, vence.

Provas compostas
O objetivo é ser o homem ou a mulher mais completa em provas compiladas de todos os estilos.
Para os homens são dez provas, o Decatlo, composto por 100 m rasos, salto em distância, arremesso de peso, salto em altura e 400 m rasos (1º dia) e 110 m com barreiras, lançamento de disco, salto com vara, lançamento de dardo e 1500 m (2º dia).
Já para as mulheres, sete provas, o Heptatlo, composto por 100 m com barreiras, salto em altura, arremesso de peso e 200 m rasos (1º dia) e salto em distância, lançamento de dardo e 800 m (2º dia).

Curiosidades
O Brasil tem uma boa tradição em saltos de comprimento, já ganhou medalhas com João do Pulo (dois bronzes), Adhemar Ferreira da Silva (dois ouros), Nelson Prudêncio (uma prata e um bronze) e Maurren Maggi (um ouro);
Ao contrário de outras modalidades de arremessos que são realizados com lançamentos "não-ortodoxos", a técnica do dardo é executada com regras específicas e o lançamento é impulsionado por uma corrida prévia;
Tanto o Decatlo como o Heptatlo tem um sistema de pontos por provas adotado como critério de ranqueamento. Quem somar mais pontos, depois das provas, é o campeão.

Principais recordes olímpicos
Salto com vara masculino: 5m97 - Renaud Lavillenie (FRA) - Londres/2012
Salto com vara feminino: 5m05 - Yelena Isinbayeva (RUS) - Pequim/2008

Destaques
O polonês Pawel Fajdek detém as seis melhores marcas no ano, no arremesso de martelo, com quase 3 m de vantagem para a melhor marca do segundo colocado.
Situação semelhante de Pawel vive sua compatriota Anita Wlodarczyk, com as seis melhores marcas do arremesso de martelo no ano entre as mulheres. Poderemos ouvir o hino polaco em duas oportunidades.
Deveremos ver uma disputa sul-americana acirrada no salto triplo feminino entre a colombiana Caterine Ibargüen e a venezuelana Yulimar Rojas.

Brasileiros
Sem dúvida, a grande esperança de medalha fica por conta de Fabiana Murer, no salto com vara. Mas um nome que não pode ser descartado é o do Wagner Domingos, que é o terceiro melhor lançador de martelo no ano.

Quadro de medalhas da modalidade
Estados Unidos é o país dominante, com 768 medalhas em sua história, sendo 322 de ouro.
A União Soviética ainda é segunda, com 193 medalhas, sendo 64 ouros.
Em terceiro, vem a Grã-Bretanha, com 194 medalhas, número até maior que a URSS, mas com menos ouros, 53 no total.
O Brasil ocupa a 35ª colocação, com 14 medalhas, 4 ouros, 3 pratas e 7 bronzes. Atrás de países como Grécia, África do Sul e Marrocos.

Onde e quando ocorre
As arenas serão no Estádio Olímpico (Engenhão), no Pontal e Sambódromo, mas as provas de maratona e marcha atlética percorrerão ruas e avenidas da cidade.
Os eventos serão do dia 12 ao dia 21 de agosto.

Amanhã a série continua com o Badminton.

Conheça a modalidade - Atletismo (parte 1)

Publicado  

Hoje, faltando 45 dias para a Olimpíada, começo uma série em que busco explicar um pouco sobre cada modalidade olímpica que estará presente nesta 28ª edição dos Jogos, em agosto, no Rio de Janeiro. Todo dia trarei um esporte, com alguma explicação técnica, curiosidades, recordes e destaques internacionais e chances brasileiras. O critério de escolha foi por ordem alfabética. Portanto, a primeira modalidade será o ATLETISMO.

Por definição, atletismo é um conjunto de três atividades esportivas: corridas, saltos e arremessos. O lema olímpico traduz bem o objetivo dessa modalidade: "mais rápido, mais alto, mais forte".
É constituído por provas de pista (corridas rasas, corridas com barreiras ou com obstáculos); provas de campo (saltos, arremesso e lançamentos); provas combinadas, (decatlo e heptatlo); corrida de rua (na Olimpíada, a maratona); e marcha atlética.
É tido como o esporte-base para todos os outros, testa todas as características básicas do homem e da mulher, resistência e habilidades físicas.
O esporte é mais antigo que a própria Olimpíada, sendo seu formato primordial vindo da Grécia, há quase 2800 anos.
Está presente desde a primeira edição dos Jogos Olímpicos modernos, em Atenas/1896, mas para as mulheres só começaram a ser disputadas em Amsterdã/1928.
Sem dúvida, é uma das modalidades em que há maior adesão popular em acompanhar e torcer.
É o esporte que mais distribui medalhas, ao todo 141 estarão em jogo, sendo 47 ouros. As atividades são diversas, então decidi dividir em duas partes, a primera neste texto com as corridas e a segunda, com as demais disciplinas.

Corrida
  • Corridas de tiro curto: São disputadas em pistas de formato oval. A pista é dividida em oito faixas, que limitam o espaço de cada um dos competidores. Sua extensão pode ser de 100, 200 ou até 400 metros para ambos os sexos.
  • Corridas com obstáculos: Como o próprio nome diz, são corridas que apresentam obstáculos a serem ultrapassados ao longo da pista. A extensão do percurso pode ser de 100 para mulheres e 110 para homens e 400 ou 3000 metros para ambos os sexos.
  • Corridas de meio fundo: Também conhecidas como corridas de média distância. Nessa subdivisão, não é obrigatório que os competidores se mantenham o tempo todo em suas raias. A distância do percurso pode variar em 800 ou 1.500 metros para ambos os sexos.
  • Corridas de fundo: Também conhecidas como corridas de longa distância. Nesse tipo, o tamanho do percurso a ser feito pode ser de 5.000 ou 10.000 metros para ambos os sexos.
  • Corridas de revezamento: São disputadas por equipes. Cada equipe possui quatro atletas, e cabe a cada um percorrer um quarto do percurso com um bastão e entregá-lo ao parceiro que se encontra ao final de seu trajeto. As distâncias são de 4x100 e 4x400 metros para ambos os sexos.
  • Maratona: A mais desgastante das provas, disputada na maioria do percurso em asfalto, terreno diferente das pistas emborrachadas, com a mítica distância de 42.195 metros para ambos os sexos.
  • Marcha atlética: Tem por característica não ficar nenhum instante sem que uma parte do corpo toque o solo e sempre com a perna que vai a frente esticada. Disputada nas distâncias de 20 km para ambos os sexos e 50 km só para homens.

Curiosidades
O primeiro atleta a baixar a marca dos 10s nos 100m rasos foi o norte-americano Jim Hines, na final dos Jogos Olímpicos de Cidade do México/1968, com o tempo de 9s95;
Provas de 100 e 200m disputadas com vento favorável maior que 2m/s não são aceitas para homologação de recordes;
O brasileiro Joaquim Cruz foi campeão olímpico em Los Angeles/1984 na prova dos 800m;
A portuguesa Rosa Mota é considerada uma das melhores maratonistas da história, tendo conquistado um bronze e um ouro, respectivamente, em 84 e 88.

Principais recordes olímpicos
100m rasos masculino: 9s63 - Usain Bolt (JAM) - Londres/2012
100m rasos feminino: 10s62 - Florence Griffith-Joyner (EUA) - Seul/1988

Destaques
O grande nome é do jamaicano Usain Bolt. O astro vai tentar um feito inédito: ser campeão nos 100, 200 e 4x100 metros pela terceira vez seguida, seriam 9 ouros em 9 disputas.
O britânico Mohamed Farah tem o melhor tempo do ano nos 10.000 metros, é interessante ficar de olho nele.
Países africanos, Quênia, Etiópia e Uganda dominam as provas de meio fundo e fundo, seria uma surpresa qualquer outro país no alto do pódio dessas provas.

Brasileiros
Infelizmente, não temos grandes representantes nas provas de corrida. Mesmo assim, acho que o revezamento feminino no 4x100 metros poderia ser uma boa aposta.

Medina vence em Fiji

Publicado  sexta-feira, 17 de junho de 2016

Neste ano, as águas do surf brasileiro vinham em ritmo de calmaria, não estava dando onda. Mas ontem chegou ao final a quinta etapa do mundial, em Fiji, e Gabriel Medina mostrou que, quando menos se espera, a brazilian storm aparece e agita os mares mundo afora. 
Medina venceu pela segunda vez a etapa da ilha do Pacífico e de quebra saltou para segundo no ranking, atrás apenas do australiano Matt Wilkinson, contra quem duelou na fase final da etapa. O brasileiro esteve bem e na liderança da bateria final o tempo todo, encaixou duas boas ondas e fez a somatória de 15,60 contra apenas 6,34 do líder.
Antes da final, Medina superou Adriano de Souza, atual campeão mundial, nas quartas-de-final e o endecacampeão (11x) Kelly Slater, na semifinal, numa bateria mais parelha, 14,67 contra 12,03.
Agora o ranking tem Wilkinson com 32.500 pontos, Medina foia para 24.000, apenas 100 pontos a mais que o havaiano John John Florence. Os brasileiros Ítalo Ferreira e Adriano de Souza completam o Top 5.
A próxima etapa será em Jeffreys Bay, na África do Sul, entre os dias 6 e 17 de julho, com o aumento da torcida por mais bons resultados dos brasileiros no caminho até Pipeline no fim do ano.

Recado do atleta - Diogo Hubner

Publicado  terça-feira, 14 de junho de 2016

O armador central da Seleção Brasileira de handebol deixou um recado para os expectadores do Esporte pelo Juva, confere aí:

Aqui segue a entrevista publicada no Lance!

No site do Lance: http://www.lance.com.br/handebol/podemos-surpreender-muita-gente-diz-veterano-selecao.html
E aqui, está a entrevista na íntegra:

Recentemente, houve um evento teste na Arena do Futuro, no Rio de Janeiro. Quanto tem de importância conhecer a arena antes dos Jogos Olímpicos?
Seria bem importante a Seleção ter participado, infelizmente não conseguiu. Usou-se clubes para essa experiência nesse evento. Eu só vi por foto, mas conversei com diversos jogadores que foram lá e falaram que vai ser realmente um caldeirão, acho que a torcida pode fazer uma diferença significativa para a Seleção, pois a arquibancada é muito próxima, o ginásio vai estar cheio, sem contar que são os Jogos Olímpicos, não é qualquer torneio, é a competição que todos querem estar. Acredito que o Brasil pode usar a Arena como um fator a seu favor.
Como fica em relação às referências do ginásio?
Não sei como vai funcionar na Olimpíada, acredito que a Arena seja só para jogos oficiais, que tenha quadras auxiliares para treinamento, não sei se terá um reconhecimento um dia antes, seria muito interessante. Se não tiver, é saber aproveitar o fator torcida para jogar bem e conseguir um bom resultado.
O Brasil terá dois torneios nessa reta final antes da Olimpíada, o Pan-americano e o Quatro Nações. Você acha que serão bons testes para a Seleção treinar e pegar ritmo competitivo?
Sem dúvida alguma! A gente sabe que são 14 atletas que vão ser escalados. No Pan, a Seleção pode levar 16, então devem ir esses dois a mais. São torneios importantíssimos. Brasil e Argentina, que estarão na Olimpíada, vão lapidar suas preparações e é um torneio na Argentina. Jogar fora de casa, contra a própria, numa possível final, acho que é muito importante. Depois, no Quatro Nações, já com o grupo definido, acredito que venham seleções fortes, que já estejam aqui para os Jogos Olímpicos. São torneios fundamentais para esse final de preparação.
No Pan-americano, acredita que tem mais algum time que possa complicar a vida do Brasil, além da Argentina, que joga em casa?
A seleção chilena já há um tempo vem evoluindo bastante, sempre faz semifinal, ou cai para o Brasil ou para a Argentina. Nos Jogos Pan-americanos de Toronto, vencemos na semifinal novamente. É uma equipe que, depois de alguns problemas políticos, alguns jogadores principais voltaram para a seleção, é um time que temos que ficar bem atentos. O Chile está começando a se aproximar.
Falando de Toronto, teve um episódio interessante na final contra a mesma Argentina, em que você declarou ter vivido dez minutos de terror, por ter perdido o tiro de sete metros nos momentos finais. Depois vocês reverteram na prorrogação. Como foi aquele momento?
Durante a competição toda, eu tinha convertido dez de dez cobranças, na final, três de três. Naquele momento, fui muito confiante para cobrar. O goleiro defendeu e eu não tiro os méritos, já que é muito difícil defender um tiro desses, mas eu cobrei mal, da maneira que estou habituado a cobrar. Se mudasse, provavelmente a bola entraria. Foi bem difícil, porque, apesar de não valer a vaga olímpica diretamente, valia o título, que não vinha desde 2007. Em Guadalajara, perdemos para eles e não fomos para Londres. Tínhamos perdido uma oportunidade de vencer a partida. Mas tiveram os dez minutos da prorrogação. Voltei à partida, mas voltei com a cabeça completamente fora, não estava muito focado. Saí e depois retornei, já mais tranquilo para pensar o jogo. No final, deu tudo certo, seria uma marca que ficaria na carreira de forma negativa.
Isso é relacionado com o fator psicológico, que interfere no decorrer do jogo. Você se prepara mais para isso agora?
Não depois daquilo. Já me preparo há algum tempo. No jogo, estamos suscetíveis a erros. O que penso é o quão rápido vou me levantar após um erro. Essa é a grande sacada do atleta. Erros vão acontecer. Handebol é um jogo aberto, não é uma fórmula exata, são coisas que acontecem. Se eu tive um erro defensivo, não posso levar para o ataque. Não posso executar daquela maneira novamente.
Pergunto sobre esse aspecto, porque pode ter situações na Olimpíada que vai decidir uma vaga ou conquista...
Sim, claro! Hoje é uma Seleção com bastante gente jovem e que, apesar disso, já está tendo uma experiência internacional muito grande. Mas isso é uma parte que temos que trabalhar bem, essa pressão, essa euforia de jogar em casa. É um ponto que a Seleção tem que se preocupar.
O sorteio dos grupos de handebol do torneio olímpico teve como novidade o Brasil podendo escolher qual chave iria cair. Como você avalia os adversários do Brasil na primeira fase?
Nos Jogos Olímpicos, não tem time fraco, acredito que as outras equipes também pensem assim com em relação ao Brasil. São duas chaves, uma extremamente difícil e uma muito difícil. Acho que a opção feita foi a melhor, foi a muito difícil. Nós fugimos de França, de Croácia e de Dinamarca, são equipes que, historicamente, vão muito bem em Olimpíada. E enfrentaremos algumas seleções que já vencemos ou jogamos de igual para igual. No caso da Polônia, vencemos dentro da sua casa num torneio logo após o Mundial. Já vencemos a Suécia em duas oportunidades. A Alemanha é um jogo um pouco mais difícil, que o jogo da Seleção não encaixa muito bem, mas há a possibilidade de fazer um bom jogo. A Eslovênia é um time muito chato, mas dá jogo, perdemos por três gols no Mundial, o jogo foi parelho. E o Egito já vencemos algumas vezes, mas é muito duro, muito forte fisicamente. Não temos tantas informações, pois eles se 'escondem', jogam pouco. Enfim, tenho certeza que o Jordi e a comissão técnica vão mapear os adversários, vão estudar muito bem. A intenção do Brasil é se classificar, passar para as quartas-de-final. Passando, é pensar jogo a jogo, ver as possibilidades. Independentemente da posição, o importante é passar.
O técnico Jordi Ribeira declarou que tem por objetivo justamente primeiro classificar para depois pensar em medalha. A dificuldade é desse tamanho que parece mesmo?
A dificuldade é muito grande, muito grande. Não podemos esquecer que são os Jogos Olímpicos, que todos se preparam para essa competição. Mesmo assim, acredito que o Brasil tem condições de fazer um grande torneio. Diferente da Seleção feminina, a masculina não tem aquela pressão por medalha, tem pressão por classificar, por jogar bem, em demonstrar um trabalho bem feito, que vem sendo realizado há bastante tempo. Acho que a Seleção pode surpreender muita gente.
Teria algum adversário que você não gostaria de cruzar logo nas quartas-de-final?
A França, né? Atual bicampeã olímpica, a seleção que 'todo mundo foge', seria uma seleção ruim de enfrentar. Mas não temos que escolher adversário, se pensamos em medalha, em subir um degrau maior, temos que enfrentar dentro das nossas possibilidades.
Todas as seleções que estiveram no último mundial estarão na Olimpíada e terminaram a frente do Brasil. Como escrever uma história diferente em casa?
No handebol, diferente de outras modalidades, nunca falamos que tem um favorito. O handebol sempre tem oito favoritos. Não podemos achar nunca que teremos vida fácil. As seleções são muito parelhas. Precisamos saber vencer o jogo. Nos últimos dois mundiais, caímos para a Rússia e para a Croácia por um gol de diferença. A Seleção vem aprendendo a vencer os jogos nesse trabalho de quatro anos que o Jordi e a comissão técnica tem feito. 
Também com relação ao último Mundial, vocês enfrentaram Qatar, Croácia e Eslovênia e tiveram derrotas apertadas. Esses jogos podem ajudar a ver o que há para melhorar?
Podem, sem dúvida! Sempre que vamos para um torneio internacional, voltamos com uma bagagem maior, aprendemos muitas coisas. Fizemos o jogo de estreia do Mundial contra o Qatar, em alguns momentos, muito ruins. Há um mês, voltamos para jogar um torneio, perdemos de dois gols, mas faltando cinco minutos estávamos ganhando por dois. Por detalhe, a vitória escapou. A Seleção vem em constante aprendizado, em constante evolução, isso é muito importante.
Como acha que vai ser a experiência de jogar em casa?
Acho que vai pesar positivamente. Nós jogamos pouco aqui, a maioria dos torneios acontece fora. Esse contato vai ser bem interessante. Diferente da torcida do futebol, que vaia em alguns momentos, na Olimpíada isso não acontece. É o momento em que o brasileiro é patriota, é um momento em que está todo mundo junto, que dá valor à camisa amarela da Seleção. Vai motivar bastante.
Você é o segundo mais velho dessa Seleção. Quanto pode transmitir aos mais novos?
É de fundamental importância, ainda mais numa competição desse porte. Eu nunca fui aos Jogos Olímpicos, caso eu vá, será o primeiro. Mas já vivi muita coisa no esporte. Alguns atletas, apesar de terem uma energia muito grande, por serem novos, podem ter um ímpeto que atrapalha um pouco, acabo fazendo esse papel de acalmar, tanto dentro como fora de quadra. Até pela posição que jogo, como armador central, preciso pensar mais o jogo, dar uns toques, isso é mais natural. Os atletas mais novos recebem bem os mais velhos. É aquela história: não existem líderes sem liderados. Eles escutam bastante, acatam, trocam ideias, eu aprendo muito também. Mas acho que esse papel de ser mais velho é importante numa seleção.
Apesar da sua experiência, nunca disputou Jogos Olímpicos, como já disse. Como você vê esse evento, participando da cerimônia de abertura, concentrado com outros astros na Vila Olímpica?
Eu, sinceramente, não penso nisso. Penso no hoje, penso em me preparar para estar bem para jogar os Jogos Olímpicos de uma forma boa. Esse "extra-quadra" vai acontecer, será natural e, se tiver que passar por esse momento, vou passar. Mas não fico deslumbrando a cerimônia de abertura, se vou encontrar o Stephen Curry na Vila, não passa pela minha cabeça. Passa meu dia-a-dia. Tenho que estar bem tecnica, fisica e psicologicamente para poder estar no grupo e ajudar a Seleção.
Uma coisa curiosa é que você usa a 13. É um número de sorte para você ou apenas foi coincidência?
Quando em vim para São Paulo para jogar, em 2002, era a única camiseta que tinha disponível no júnior e no adulto. Não gostava de ficar mudando. Deu certo, me apeguei e fiquei com ela. Dificilmente não jogo com a 13. Não tenho tanta superstição, mas hoje tomei pra mim, gosto do número e não penso em mudar até o fim da carreira.
Seu ídolo no esporte é o croata Ivano Balic, que se aposentou recentemente. Como seria enfrentar um ícone desses? Você se motiva mais?
Eu não tive oportunidade de enfrentá-lo, mas enfrentei outros caras que admiro muito. É bacana. Durante o jogo, você vê o cara em que se espelha. Me motivo mais, sem dúvida. No dia-a-dia, penso em fazer algumas ações como esses caras fazem. Poder se desafiar e desafiá-los é muito interessante.
É inevitável também não comentar sobre o time feminino. Escolheram uma chave difícil com Noruega (atual campeã do mundo), Romênia (que as eliminou no último mundial) e Montenegro. Em compensação, elas já foram também campeãs mundiais. Acredita que elas podem ir longe no torneio?
Como eu falei, não dá pra escolher muito em Jogos Olímpicos. O Morten adotou o pensamento de que vai precisar enfrentar uma hora ou outra. Às vezes, é mais interessante enfrentar dentro da chave e passar, do que ter um jogo mais nervoso nas quartas-de-final. Não conversei com o técnico para saber a estratégia que ele adotou, mas tem que enfrentar as seleções. O Brasil joga de igual para igual com qualquer seleção, todas temem o Brasil também. Acho que as meninas vêm muito fortes para a Olimpíada. Elas fizeram um Mundial que não foram tão bem, elas sentiram que tinha alguma coisa errada e teria tempo de concertar.