O que você faz em 11 horas e 5 minutos?

Publicado  quinta-feira, 24 de junho de 2010

Há certos episódios esportivos em que se tem vontade de estar vivo para presenciá-los com os próprios olhos. Wimbledon viveu um desses acontecimentos gloriosos. Respondendo à pergunta do título do post, é possível fazer diversas coisas, mas o norte-americano John Isner e o francês Nicolas Mahut protagonizaram o jogo mais extenso da história do tênis nesse tempo. Quebrou todos os records, de tempo total, de tempo de um set, de games disputados, de aces, de pontos ganhos.
A partida, que valia pela primeira rodada do Grand Slam, começou a ser disputada na terça-feira, com os quatro primeiros sets disputados como um jogo qualquer, com dois deles para cada tenista, mas no quinto set a partida teve de ser interrompida por falta de iluminação natural e foi prorrogado para o dia seguinte. Em torneios desse tipo, não há tie-brake para decidir o vencedor, então se faz necessário que um dos dois jogadores abram dois games de diferença para que a partida se encerre.
Começou o segundo dia, ninguém conseguia sair do empate, era um sacar para abrir um game e o outro de pronto respondia devolvendo o game. Os dois sacavam muito bem. Isner tem um estilo de saque-voleio, já o francês mantém seu jogo na linha de base, portanto um completava o outro. Depois de duas horas desse set, o placar marcava 33-32 para o americano, com dois match points, mas Mahut salvou. Creio que a quadra 18 do All England Club nunca recebeu tanta gente como nesses três dias. Até Federer arranjou um tempo para assistir a partida, que virou o centro das atenções. O juíz decretou outra interrupção quando estava 59-59, novamente pelo mesmo motivo.O terceiro dia começou e não se sabia até quando os dois tenistas aguentariam. Para os amantes do esporte, infelizmente eles jogaram "apenas" mais uma hora e quinze minutos. Isner conseguiu superar o adversário. O placar final 4-6, 6-3, 7-6, 6-7 e 70-68. Foram 183 games disputados, 215 aces, 112 para o vencedor. A organização do torneio, ao final da partida, premiou os dois desportistas, que nem precisam ganhar Wimbledon, seus nomes estão eternizados. São fatos como esse que nos levam a pensar: qual é o limite do ser humano?

Brasil 2 x 1 Coreia do Norte

Publicado  terça-feira, 15 de junho de 2010

Finalmente o Brasil estreou na Copa. Venceu e é líder do grupo G, mas todos que assistiram o jogo não devem ter gostado do que viram. O escola retranqueira de Zagallo, Parreia e, agora, Dunga imperou no estilo de jogo da seleção. Deu sono, muitas vezes me encontrei disperso do jogo, pois não empolgava, principalmente no primeiro tempo, no qual não aconteceu nada.
O time não produziu, não criou, não furou a defesa coreana. Não dá para dizer que foi nervosismo de estreia, porque não errava passes bobos nem desperdiçava chances na cara do gol. Ficava, apenas, tocando a bola de um lado para o outro, sem efetividade ou agressividade. Nesse período, Felipe Melo, contestado por estar no elenco, protagonizou um dos lances mais feios da competição, em que recebeu a bola pela meia direita e chutou para cima. Teria sido gol, se fosse uma jogada de rugby, aproveitando que jogaram no estádio de Ellis Park, palco da decisão histórica de 95 entre África do Sul e Nova Zelândia do campeonato mundial desse esporte. Enfim, foi horrendo. Houve duas chegadas no primeiro tempo, uma que Kaká puxou contra-ataque, tocou para Robinho que chutou colocado e uma ultrapassagem de Maicon, na qual ele recebeu e bateu pela direita.
O mesmo Maicon que, no segundo tempo, recebeu um belo passe de Elano e fez o primeiro gol brasileiro. Ele estava perto da linha de fundo e, por isso, dá a impressão que ele bate forte para que a bola rebatesse ou que alguém tentasse interceptar e acabasse entrando, não pareceu proposital a curva feita e que entrasse direto. Foi um belo gol. Elano, por sua vez, participou de ambos. No segundo, recebeu um passe açucarado de Robinho e tocou de chapa, no canto direito do goleiro. Esse sim, foi bonito pela jogada construída. Mas não poderia acabar tudo tranquilo. Lançamento da intermediaria, o "Rooney asiático" Jong Tae-Se ajeitou de cabeça e Ji Yun-Nan invadiu a área e chutou na saída de Julio Cesar.

Jogadas cruciais:
55' - Elano toca rasteiro em profundidade para Maicon, que chuta reto, mas a bola pega curva e entra.
71' - Em jogada pelo meio, Robinho acha uma vazio e Elano aparece para completar na saída do goleiro.
87' - Lançamento para a esquerda da defesa brasileira, desvio de cabeça e Ji Yun-Nan invade a área e chuta cruzado.

Melhores jogadores:
Brasil: Robinho (7,5) - foi solidário para o time, atacou desde o começo, armou jogadas, voltou para compor o meio campo e deu passe para o segundo gol.
Coreia do Norte: Jong Tae-Se (5,5) - provou ter alguma habilidade no meio desconhecido, deu assistência para o gol.

Costa do Marfim 0 x 0 Portugal

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Outro jogo para ser esquecido da Copa. Aliás, está difícil de assistir e lembrar de quase todos os jogos neste torneio. Não adianta nada as seleções terem astros como C. Ronaldo e Drogba. Com esse resultado, quem perder de menos do Brasil e vencer de mais a Coreia do Norte se classifica.
Dessa forma, começou o temido "Grupo da Morte", com os marfinenses preocupados em defender e os portugueses pouco inspirados. O melhor lance do jogo foi um chute de C. Ronaldo, que depois de fintar o marcador, chutou a 30m de distância e a bola acertou a trave a 97km/h. Foi um dos poucos momentos em que deram liberdade para que o jogador do Real Madrid pudesse criar e levar perigo à meta adversária. Chamou a atenção a força física dos africanos, ou a falta de camisa deles, já que usavam um modelo junto ao corpo e a diferença de tamanho para com os portugueses era ainda mais acentudada. Assim pode ser resumido a primeira metade do jogo.
No segundo tempo, os jogadores da Costa do Marfim se soltaram mais e tiveram alguns bons ataques, logo de início, principalmente com Gervinho. Quem esperava ver Liedson, Deco ou outro português, viu Tiote, Dindane e Kalou. Os papeis se inverteram, poucas oportunidades europeias e muitas mais do lado oposto. Drogba entrou no meio da fase complementar, ainda com o braço em condições debilitárias, conseguiu produzir uma jogada, na qual foi atrapalhado pela marcação e finalizou para o lado do campo.
Jogadas cruciais:
10' - C. Ronaldo finta seu marcador, ajeitando a bola para seu pé direito e chuta com força, a bola vai saindo do alcance do goleiro e atinge a trave direita.
47' - Gervinho recebe na área pelo lado esquerdo, finta duas vezes seu marcador, chuta cruzado e o goleiro Eduardo espalma para linha de fundo.
Melhores jogadores:
Portugal: C. Ronaldo (6,0) - se deslocou para os dois lados, foi alvo de pancadas e acertou uma bola na trave.
Costa do Marfim: Gervinho (6,5) - gerou pelo menos três jogadas que preocupou quem estava do outro lado.

Nova Zelândia 1 x 1 Eslováquia

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Os 'All White" conseguiram um feito inédito, ao empatar com a Eslováquia. A Eslováquia conseguiu um feito inédito, ao empatar com a Nova Zelândia. Ambos conquistaram seu primeiro ponto na história das Copas. Isso porque os dois times são muito ruins. Retiro o que disse sobre a Itália, que ela teria dificuldades de se classificar.
Ambas seleções mostraram porque não havia nenhuma badalação em torno delas, a começar pelo público, o menor da rodada, com pouco mais de 23 mil torcedores apenas. No primeiro tempo, os neo-zelandeses mostraram porque seu esporte é o rugby. Não atacaram. Os eslovacos se aproveitaram disso e dominaram as ações. Tiveram algumas boas oportunidades, mas sem relevância. Mesmo assim, o goleiro adversário, Paston, queria dar mais emoção ao jogo, suas lambanças mostravam sua pouca qualidade.
Com a volta do intervalo, o juíz sulafricano também entrou no clima das trapalhadas e validou o gol da Eslováquia, cujo jogador que recebeu a bola estava em impedimento. A jogada partiu de um cruzamento pela direita, de Sestak, e encontrou a cabeça de Vittek. A partida continuou com a mesma tônica, com os europeus atacando o selecionado oceânico. Contudo, veio o castigo, no último minuto de jogo. Smeltz cruzou e o zagueiro Reid cabeceou de forma indefensável para o goleiro. Foi o primeiro gol da Nova Zelândia em Mundias.
Foi um embate divertido, no qual deixou o grupo F com os quatro times exatamente iguais em pontuação e critérios de desempate.
Jogadas cruciais:
49' - Sestak centra a bola pela direita e Vittek aparece no meio, impedido, para cabeceá-la no pé da trave e entrar.
90' + 2' - Smeltz cruza pela esquerda e Reid sobe, sozinho, para igualar o placar, outra vez de modo inalcançável.
Melhores jogadores:
Nova Zelândia: Smeltz (5,5) - chutou uma bola com relativo perigo e deu o passe para gol.
Eslováquia: Weiss (5,0) - foi responsável pela criação e alguns chutes a gol.

Itália 1 x 1 Paraguai

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Os atuais campeões mundiais sofreram e escaparam da derrota no segundo tempo. A envelhecia Itália deve sofrer para classificar, se continuar jogando essa bolinha. Paraguai, pelo contrário, tem boas chances de ficar em primeiro do grupo F.
Depois de alguns jogos muito ruins, finalmente um bem movimentado, mais animado. A Itália começou pressionando, com mais idas ao ataque, não deixou de surpreender com três atacantes. Fato raro nessa escola que prima pela defesa. O Paraguai apenas se defendia, sua primeira investida foi no meio do primeiro tempo. Mesmo assim, foram os sulamericanos que abriram o placar. Aos 38 minutos, Torres cobrou falta e Alcaraz subiu mais que os zagueiros para cabecear para o gol.
Ao voltar do intervalo, os italianos perderam um de seus maiores ícones, o goleiro Buffon. Na segunda etapa, foram os paraguaios que quase ampliaram em um lance confuso, no qual a bola sobrou para Cáceres que chutou rente à trave. Contudo, a Scuadra Azurra voltou a atacar com veemência e foram recompensados. Na cobrança de escanteio pelo lado esquerdo, o goleiro falhou e De Rossi empurrou para as redes. Depois disso, só deu Itália, com diversas oportunidades, algumas semelhantes ao gol. Mas acabou sem alterações no resultado.

Jogadas crucias:
38' - Torres cobra falta, pela meia-direita, para o centro da área e Alcaraz se posicionou melhor que Cannavaro e cabeceou no canto do goleiro.
62' - Pepe cobra escanteio fechado, pela esquerda, o goleiro sai para socar a bola, não acha e se enrola, De Rossi, posicionado na segunda trave, apenas completa.

Melhores jogadores:
Itália: Pepe (6,5) - homem das bolas paradas, sempre propiciou perigo ao centrar cruzamentos na área.
Paraguai: Alcaraz (6,5) - fez o gol e livrou a defesa no jogo aéreo, além de ser eleito pela FIFA o melhor em campo.

Japão 1 x 0 Camarões

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Os samurais surpreenderam os leões africanos, venceram jogando melhor e propiciaram ao grupo E ser o primeiro a ter dois times vencedores na chave. Como a maioria dos outros jogos, não foi uma partida emocionante de se ver, valeu pelo resultado.
A partida começou em ritmo extremamente lento. A primeira finalização foi de Camarões aos 37 minutos de tempo corrido. A etapa inicial poderia se resumir a isso, se não fosse o gol japonês, no minuto seguinte. Matsui recebeu pela direita, ameaçou e cruzou para a entrada da pequena área, a bola caiu no pé de Keisuke Honda, que chutou por cima do goleiro.
No princípio da etapa complementar, Eto'o fez uma bela jogada individual e seu companheiro bateu para fora, por cima do gol. Depois de mais meia hora, houve uma bola na trave para cada seleção. Os camaroneses tiveram mais uma chance de empatar, nos acréscimos, mas Kawashima defendeu.

Jogadas cruciais:
38' - Matsui recebe, aberto pela direita, finta e cruza. Ninguém intercepta e Honda domina errado, mas consegue fazer o gol.
86' - M'bia chuta de longe e acerta o travessão, na volta Emana chuta na mão do goleiro.

Melhores jogadores:
Japão: Keisuke Honda (5,5) - fez o gol e se apresentou em algumas jogadas.
Camarões: Samuel Eto'o (4,0) - criou uma jogada, mas foi facilmente marcado.

Holanda 2 x 0 Dinamarca

Publicado  segunda-feira, 14 de junho de 2010

A seleção holandesa que veio de algumas goleadas em amistosos, jogando muito bem, mostrou que a estreia é sempre difícil para quem chega como uma das favoritas. Prova disso, foi enfrentar a fraca Dinamarca. Só conseguiu fazer os gols no segundo tempo, ainda sim com o primeiro feito pelo próprio zagueiro oponente.
O jogo começou mais para o lado holandês que teve alguns ataques, mas nada muito eficaz. Foi um primeiro tempo bem morno, como tem se tornado todos os jogos dessa primeira fase. Os dinamarqueses até tentaram produz mais para o final da primeira etapa, contudo também não foi eficiente. Os atacantes Kuyt e Van Persie não estavam inspirados. Sneijder estava armando o time praticamente sozinho. Faltou Robben nesse jogo, para que houvesse maior velocidade nas investidas da Holanda.
O segundo tempo teve de início um lance curioso, que deu a vantagem para os favoritos. Van Persie recebeu lançamento pela esquerda, o goleiro ameaçou de ir, mas ficou pelo caminho. O jogador fintou o marcador e cruzou a bola para o centro da pequena área. O zagueiro Agger desviou a trajetoria com a cabeça, suficiente para tirar o tempo de Poulsen aliviar o perigo. Este cabeceou torto, a bola voltou para o lado que vinha vindo, tocou nas costas de Agger e entrou. Mesmo com o gol, a dinâmica da partida não mudou muito, já que a Holanda ainda continuava com as ações do jogo e seu maior volume gerava mais ataques, pouco incisivos. Aos 40 minutos, Elia recebe um passe precioso, no meio da zaga adversária, e dá um toque na saída do goleiro, a bola bate na trave e sobra limpa para Kuyt ampliar o placar. Ainda houve um quase gol, que o zagueiro escandinavo tirou em cima da linha e mais nada.
Apesar de ser considerada uma das favoritas, a Holanda decepciona. Consegue vencer, mas está aquém de seu futebol vistoso. Veremos como se comportará na próxima rodada,


Jogadas cruciais:
46' - Van Persie cruza da esquerda, os zagueiros se confundem e a bola entra com gol contra, o primeiro do mundial.
85' - Elia recebe, toca no canto esquerdo do gol, a bola gira, bate na trave e Kuyt só tem o trabalho de empurrar para as redes.
Melhores jogadores:
Holanda - Sneijder (7,5): criou como um meia de ofício, deu um passe no lance do gol e ainda chutou algumas vezes,
Dinamarca - Bendtner (6,0): mesmo tendo sido substituído no segundo tempo, foi quem deu mais trabalho à defesa contrária.

Alemanha 4 x 0 Austrália

Publicado  domingo, 13 de junho de 2010

Quem diria que a Alemanha, de futebol tradicionalmente pragmático, seria a primeira seleção a apresentar jogadas envolventes, a dar passes rápidos e precisos, fazer mais de dois gols. Quem pôde assistir, viu o melhor jogo da Copa até agora. Coitada da Austrália que teve de se contentar em defender.
O começo do jogo foi agitado, os australianos chegaram a assustar num escanteio, mas logo os alemães se impuseram, mostraram melhor qualidade técnica e fizeram o primeiro gol, com a esperança alemã Podolski, em um chute que fuzilou o goleiro adversário. Os europeus continuaram pressionando e ampliaram o placar, com um cruzamento preciso que encontrou a cabeça de Klose, que agora soma 11 gols em três edições participadas pelo atacante. Depois disso, os germânicos não diminuiram o ritmo e, se não fosse o zagueiro australiano tirar a bola na hora certa, Ozil teria aumentado ainda mais a diferença.
Veio o segundo tempo e só dava Alemanha no ataque. Aos 22 minutos, uma bela arrancada pelo meio resultou em um dos gols mais bonitos até agora no mundial. Müller fingiu que bateria de primeira, cortando o zagueiro que chegava de carrinho e tocou no canto do goleiro. No lance seguinte, saiu o primeiro gol brasileiro na Copa. Cacau, naturalizado, recebeu bola rasteira vinda da esquerda e, em seu primeiro toque no jogo, concluiu precisamente, dando números finais À partida.
Jogadas cruciais:
8' - Jogada veloz pela direita, Müller cruza para trás, rasteiro, e Podolski chuta, de esquerda, indefensável para o goleiro, mesmo ele tendo tocado na bola.
26' - Lahm lança na área australiana, goleiro sai mal e Klose se antecipa para cabecear e marcar.
68' - Müller recebe pelo meio, corta o zagueiro e bate no canto da meta.
70' - Ozil recebe em profundidade pela esquerda, centraliza rasteiro e Cacau completa de primeira.
Melhores jogadores:
Alemanha: Podolski (8,0) - criou boas jogadas de ataque e fez o primeiro gol da partida e deu passe para mais um.
Austrália: Culina (3,5) - não sei dizer se houve alguém que foi bem, portanto ele foi o "menos pior".

Sérvia 0 x 1 Gana

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Quando já estava convencido de mudar meus palpites, nos bolões que aposto, para 0 a 0 como padrão, eis que surge uma mão de Kuzmanovic, no fim da partida e dá um pênalti para Gana, mandando todo esforço do time pelos ares.
Um primeiro tempo fraquíssimo, com poucas chances e nenhuma delas com perigo. A segunda etapa começou um pouco mais animada, com a Gana indo para frente e atacando mais, sempre com Gyan no comando. Depois dos 30 minutos a Sérvia também melhorou e teve algumas investidas interessantes. O jogo pode ser resumido justamente pelos últimos quinze minutos. A seleção europeia estava melhor, mesmo tendo um jogador expulso. No momento em que os sérvios pressionavam, foi marcado um pênalti contra eles, cometido de modo infantil pelo zagueiro Kuzmanovic, que colocou a mão na bola em um cruzamento.
Gyan bateu bem, no lado direito do gol, o goleiro foi para o lado contrário. Com isso, se sucedeu a primeira vitória de uma seleção africana em seu território. Os estrelas negras estreiam bem no grupo D.

Jogada crucial:
82' - Cruzamento na área sérvia, pela esquerda, o zagueiro não alcança com a cabeça e corta com a mão, evitando o remate que já estava armado do jogador ganês. Na sequência, Gyan converte o pênalti.

Melhores jogadores:
Sérvia: Dejan Stankovic (5,0) - o meia participou de algumas jogadas, mas nada efetivo.
Gana: Asamoah Gyan (6,5) - finalizou algumas jogadas e fez o gol da vitória.

Argélia 0 x 1 Eslovênia

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A Copa do Mundo é ao mesmo tempo interessante e entediante. Como que um jogo desse poderia ter algo para se comentar? Bastava o atacante da Argélia entrar no segundo tempo, fazer duas burrices e ser expulso. Mesmo assim quase mais nada aconteceu.
Mais um frango definiu o resultado final da partida. Koren chutou a bola, da entrada da área, e o goleirão foi rebater de "manchete" mas errou. A bola bateu em seu ombro e entrou. Foi tudo o que aconteceu nessa manha. Com o empate de ontem, também pelo grupo C, entre Inglaterra e Estados Unidos, a Eslovênia passa ser líder do grupo. Acho muito difícil que consiga segurar um empate contra qualquer um dos dois adversários, mas há essa possibilidade e, se isso acontecer, ela pode pensar em classificação para próxima fase.
O que teve de diferente, foi invasão de torcedores argelinos antes da partida começar, a presença de Zidane, craque francês que tem ascendência argelina, na arquibancada e um torcedor que escalou uma torre de iluminação.

Jogada crucial:
  • 79' - Koren recebe, finta o marcador e chuta de fora da área, à meia altura no canto esquerdo e o goleiro aceita.
Melhores jogadores (difícil...):
Argélia: Nadir Belhadj (5,0) - jogador mais requisitado.
Eslovênia: Robert Koren (6,0) - só porque fez o gol.

Inglaterra 1 x 1 Estados Unidos

Publicado  sábado, 12 de junho de 2010

Minha favorita para a conquista do título não jogou bem hoje, deu o empate para os ianques, num frangasso do experiente goleiro Green e deve decidir quem será primeiro do grupo contra o próprio Estados Unidos, que são muito empenhados taticamente, mas só. Tanto se falou desse jogo, falando de metrópole contra colônia, lembrando o jogo de 1950, no qual os ingleses perderam inesperadamente.
Mal começou o jogo e a seleção inglesa já mostrou a que veio. O gol do capital Steven Gerrard e sua vibração dão a dimensão da vontade que ele e o resto do elenco estão de conquistar o título mundial. Mas não dá para descartar os Estados Unidos, que equipararam as ações da partida e deram trabalho à defesa britânica. Todavia, quem arriscou e chegou mais à meta dos adversários foram os ingleses. Ainda sim, num chute despretencioso de Dempsey, a bola quicou e o experiente Green não segurou. O primeiro frango da Copa. Assunto mais comentado do dia.
Na volta do intervalo, ficou ainda mais acentuado a diferença técnica entre as duas equipes. Basta ver a quantidade de ataques que cada um teve, até os 30 minutos. Depois disso, também, não houve mais nada. Foi um bom jogo, ainda mais revendo os melhores momentos. O trio de arbitragem foi brasileiro.

Jogadas cruciais:
3' - Triangulação que termina com Gerrard chutando com o lado de fora do pé direito.
40' - Chute de longe de Dempsey, resulta em frango de Green.
64' - Altidore arranca do meio, pela esquerda, até a área, chuta, o goleiro espalma e a bola bate na trave.

Melhores jogadores:
Inglaterra: Steven Gerrard (7,5) - maestro, defendeu, criou e marcou o gol, ou seja, tudo que se espera dele.
Estados Unidos: Tim Howard (7,0) - defendeu quase tudo, evitou a derrota e uma goleada.

Argentina 1 x 0 Nigéria

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Eeee Argentina. Mais uma seleção que se tinha uma grande espectativa de goleada e apresentação de gala, mas acabou escondendo seu jogo e fazendo o suficiente para sair com três pontos. É uma pena, pois quem assistiu acaba se frustrando e a Copa vai perdendo possíveis imagens de bons gols.
A Argentina começou o jogo partindo para cima dos adversários, pressionando a saída de bola. Numa dessas blitz, os sulamericanos retomaram a posse e ganharam escanteio, após o chute. Na sequência da cobrança, Gabriel Hienze mergulhou, sozinho na marca do pênalti, e cabeceou para o fundo das redes. Gol controverso, já que outro atacante portenho segurou um dos defensores nigerianos. Em seguida, o jogo equilibrou e esfriou. Os times se alternavam no ataque, houve até algumas chances, as melhores com dois chutes colocados de Messi que obrigou o goleiro a fazer belas defesas.
A segunda etapa deomorou para animar. Foram mais vinte minutos até que houvesse outro lance expressivo. Os argentinos passaram a jogar no contra-ataque e a Nigéria cedia muitos espaços para que essas investidas fossem bem sucedidas. Messi foi o grande destaque da seleção de astros, distribuiu jogadas, continuou chutando em gol, cadenciou no final do jogo. Os africanos tiveram boas chances, também perto do término, duas delas com bastante perigo. Acabou assim. Com a Argentina jogando muito mal, segurando a bola nos últimos minutos para não correr riscos.

Jogadas cruciais:
5' - Escanteio cobrado por Verón, Heinze se desloca e cabeceia sozinho, no meio da área.
36' - Cobrança de falta ensaiada, Messi toca e recebe de volta, pela direita, invade a área, corta e bate colocado, goleiro se estica para espalmar.
82' - Cruzamento da Nigéria, chute para fora de Uche.

Melhores jogadores:
Argentina: Messi (8,0) - o melhor do mundo não fugiu de suas responsabilidades, jogou igual joga no Barcelona.
Nigéria: Enyeama (7,0) - o goleiro evitou uma bela goleada, fez oito defesas difíceis no jogo.

Coreia do Sul 2 x 0 Grécia

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Olha só, quem diria. Aí sim fomos surpreendidos novamente. Para quem esperava um jogo retrancado, viu um futebol envolvente e dinâmico dos coreanos. Já sai na frente no grupo B. Os gols foram sempre antes dos dez minutos de cada tempo. Os autores foram Jung Soo e Park Ji-Sung, jogador do Manchester United. Com isso, os asiáticos obtiveram a primeira vitória do mundial.
O jogo começou já agitado, com a tradicional correria aplicada pela Coreia contra a defesa postada dos gregos. Logo aos sete minutos a muralha grega se desfez, com um cruzamento de Young-Pyo e complemento de Jung Soo. Para um time que tem alguns jogadores com estatura acima de 1,90m, sofrer gol de bola alçada na área, realmente há problemas nessa defesa. Seguindo, a Grécia tinha maior posse de bola, mas sem efetividade. Os contra-ataques dos coreanos eram bem perigosos, obrigando o goleiro adversário a trabalhar bastante.
O segundo tempo começou parecido com o primeiro, a defesa grega falhando e a Coreia aproveitando a chance para marcar mais um tento. Dessa vez foi com bola rolando, Park roubou a bola e teve habilidade e calma para concluir. Novamente os europeus ficaram com mais posse e chagaram com algum perigo, principalmente com Gekas e Kapetanos. Ainda houve uns momentos interessantes para os dois lados, mas o placar não foi movimentado mais.
Jogadas cruciais:
  • 7' - Young-Pyo cruza a bola, numa cobrança de falta pela esquerda, ninguém consegue cortar e Jung Soo completa dentro da pequena área.
  • 51' - A zaga entrega a bola, na marcação rápida de Park Ji-Sung, que avança, se livra do bote e toca na saída do goleiro.



Melhores jogadores:
Coreia do Sul: Park Chu-Young (7,0) - não fez gol, mas foi muito eficiente atacando e causou problemas ao goleiro oponente nos minutos finais.
Grécia: Gekas (5,5) - foi um dos poucos a atacar com perigo ao gol adversário.

Uruguai 0 x 0 França

Publicado  sexta-feira, 11 de junho de 2010

Chato, muito chato. Assim pode ser definido o segundo jogo do grupo A. Falta de criatividade e ousadia de ambas as partes. O pior disso foi ter que ver a reprise da partida para comentar alguma coisa sobre ela. Foi triste ver dois times campeões mundiais com um futebolzinho tão medíocre. Os sulamericanos não tiveram a menor preocupação de ficar postado acerca de sua área esperando qualquer coisa. Os europeus não conseguiam furar a retranca adversária.
Os franceses até tomaram iniciativa de jogo e o primeiro lance perigoso surgiu numa jogada pela esquerda que terminou na conclusão errada Govou. Depois disso, houve, até, alguns momentos interessantes, mas nada que levasse muito perigo aos gols.
No segundo tempo, o ritmo piorou, ficou ainda mais cadenciado. A partir do momento que Lodeiro, que havia entrado a pouco tempo, foi expulso corretamente, o Uruguai se preocupou afastar a bola de perto. Mesmo assim, conseguiu um lateral jogado para a área do oponente e quase marcou. Thierry Henry ficou a maior parte do jogo no banco. Entrou no final, mas não mudou o dinamismo do jogo.
Final: um ponto para cada um, porque o regulamento exige isso, pois se fosse pela qualidade de futebol, ambos não teriam ganho nada. Ficaram os quatro times empatados, porém os do primeiro jogo estão na frente por terem marcado gols.


Jogadas cruciais:
  • 6' - Ribery ganha na velocidade pela esquerda, cruza rasteiro e Govou perde a chance, sozinho.
  • 72' - Álvaro Pereira lança o lateral para área francesa, Suarez ajeita e Forlan bate, sem efeito, para fora, no lado direito do goleiro.

Melhores jogadores:

Uruguai: Diego Forlan (5,5) - estava isolado no ataque e mesmo assim conseguiu produzir algumas jogadas.

França: Patrice Evra (5,5) - o lateral foi quem conseguiu produzir no ataque e cobriu bem o lado esquerdo da defesa.

África do Sul 1 x 1 México

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Finalmente começou a Copa do Mundo. No primeiro um empate injusto entre os donos da casa e os mexicanos pelo placar de 1 a 1. Os Sul-Africanos tiveram a honra de fazer o primeiro gol do mundial, com Tshabalala, aliás um golaço. Os Bafana-Bafana, como são chamados em seu país, tiveram menos chances, mas foram mais perigosos nas oportunidades apresentadas.
O México começou dominando as ações do jogo, até os 20 primeiros minutos, com a predominância de jogadas pelo lado direito do campo. Apesar da África do Sul jogar no esquema pragmático do técnico Parreira, teve desenvoltura a partir do meio do primeiro tempo. Contudo, o domínio da posse de bola continuava maior para o lado mexicano. No final da primeira etapa, a partida ficou mais aberta para os dois lados e ambos tiveram boas chances de abrir o placar.
Já a segunda etapa começou mais emocinante, com o golaço, aos oito minutos, de Tshbalala. O técnico Javier Aguirre fez mudanças na equipe, para deixá-la mais ofensiva. Deu certo. Demorou um pouco, mas conseguiu empatar, numa falha da linha defensiva. Rafael Márquez, jogador do Barcelona, foi o autor do gol. Ainda teve um pênalti não marcado pelo juíz a favor dos africanos e uma bola na trave, aos 44, também para eles.
Foram 84.490 torcedores que assitiram ao jogo de estreia do Grupo A. Os dois times têm um ponto e esperam para saber o resultado de Uruguai e França. Por ser a chave mais equilibrada, todos os times têm chances parecidas e isso será demonstrado com mais empates que estão por vir.

Jogadas cruciais:
  • 53' - Contra-ataque puxado pelo meio, bola lançada rasteira para a esquerda, Tshabalala ajeita, invade a área e fuzila o goleiro mexicano. Bola no ângulo esquerdo em chute cruzado. Foram nove toques em onze segundos.
  • 78' - Guardado cruza a bola pela esquerda, o capitão Mokoena foi o único que não saiu na linha de impedimento, não alcança a bola. Rafael Márquez se apresenta na segunda trave, a bola cai no seu pé, tem tempo de dominar e chutar na saída do goleiro.
  • 89' - O goleiro Khune chuta a bola para cima de sua área, Mphela ganha do zagueiro, na corrida, e chuta a bola no pé da trave.
Melhores jogadores:
África do Sul: Tshabalala (6,5) - fez o gol e criou bem pelo lado esquerdo.
México: Giovani do Santos (7,0) - participou da maioria das jogadas de perigo do time e chamou a responsabilidade da criação pelo lado direito.

Chegou a hora! A Copa em menos de 12 horas

Publicado  quinta-feira, 10 de junho de 2010

Quatro anos. Esse é o tempo que o mundo aguarda para assistir as melhores seleções do mundo reunidas para disputar a Copa. Toda essa anciedade foi recompensada. Não há mais o que esperar. O pontapé inicial será dado no estádio Soccer City. Todo trabalho, todo planejamento, todo esforço será posto a prova, a partir desse dia 11. O pontapé inicial será dado no estádio Soccer City. A apresentação que aconteceu na véspera, com os shows de Black Eyed Peas, Juanes, Alycia Keys e da hermosa Shakira, foi um acontecimento a parte. Mas já é passado. Agora, o que interessa é ver a Jabulani rolando nos gramados. A África do Sul está pronta para o espetáculo. É hora de todos voltarem seus olhos para o berço da humanidade. Mal posso me conter. O maior evento da Terra está para começar.

NBB tem novo campeão

Publicado  terça-feira, 8 de junho de 2010

No domingo mais recente, aconteceu o quinto jogo da final entre Flamengo e Brasília, válido pelo Novo Basquete Brasil (NBB), que se completava sua segunda edição. Foi uma repetição e uma revanche do que aconteceu ano passado, que o time carioca levou a melhor.
Desta vez, porém, Brasilia teria a chance de decidir em casa, se não fosse a selvageria que aconteceu no terceiro confronto da série. Ficou determinado que a partida seria disputada em quadra neutra. Mesmo assim, a equipe de Alex e do técnico Barbosa venceram os flamenguistas por 76 a 74 e pôde celebrar essa conquista inédita.

Nadal, número 1 novamente

Publicado  segunda-feira, 7 de junho de 2010

Neste domingo houve a final do segundo Grand Slam de tênis do ano, em Roland Garros, Paris. A quadra de saibro recebeu Rafael Nadal e Robin Soderling para essa disputa. Era uma espécie de revanche, já que o sueco havia eliminado o espanhol na última edição do torneio. Desta vez, Nadal levou a melhor, 3 sets a 0, com parciais de 6-4, 6-2 e 6-4. Se tornou pentacampeão e voltou a ser número um do ranking da ATP. De quebra, impediu que Roger Federer se equiparasse a Pete Sampras, com 286 semanas seguidas na liderança mundial. Está a uma conquista de igualar Bjorn Born em solo francês. "El Toro", como é chamado em seu país, venceu todos os principais campeonatos de saibro esse ano, em sua carreira não havia conseguido tal feito ainda.

Brasil estreia na Liga Mundial com vitórias

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Na última sexta-feira iniciou a Super Liga Mundial de vôlei. O Brasil, que busca seu nono título na competição, começou sua jornada contra o forte time da Bulgaria. Foram duas partidas em Uberlândia, Minas Gerais, na sexta e sábado. Os comandados de Bernardinho venceram as duas, mas com dificuldades, 3 sets a 1 (parciais de 22-25, 25-20, 26-24 e 25-23) e 3 sets a 2 (24-26, 25-19, 25-15, 22-25 e 15-9). O ponteiro Murilo fo o destaque nos dois dias, maior pontuador da seleção. Giba foi poupado no primeiro, mas jogou o segundo.
Os próximos jogos acontecem neste sábado e domingo, contra a Holanda, novamente dentro de território nacional.