Final e balanço do Pan

Publicado  terça-feira, 28 de julho de 2015

Como foi triste ao ligar a televisão nesta segunda e não ver algum evento esportivo ao vivo, ver que a programação voltou ao normal e que não será mais preciso procurar no site do Pan de Toronto quais eventos acontecerão no dia, por quais brasileiros torcer e como está o quadro de medalhas. 
No domingo, tiveram as últimas competições, as últimas premiações e a cerimônia de encerramento. É uma festa com menos requinte, mais descontraída, que serve mais para apresentar a próxima cidade a sediar os jogos, no caso será Lima, no Peru, em 2019, do que qualquer outra coisa. O melhor ponto dessa história é os atletas olharem para trás e saberem que fizeram seu melhor, que alcançaram suas melhores marcas e que representaram bem suas nações. É uma festa que já não conta com boa parte dos atletas, que já partiram pois há outras competições, como os de esportes aquáticos, que já estão em Kazan, para o mundial.
Foi um Pan muito bom em termos de competições e de instalações. As arenas pareceram bem simples mas bem organizadas, sendo um bom parâmetro para quem pleiteia uma Olimpíada em 2024. Houveram grandes disputas, 80 recordes quebrados, sendo 16 deles por atletas ou equipes brasileiras. 31 países tiveram suas bandeiras hasteadas pelo menos uma vez em um dos lugares do pódio. Foram dois a mais que em Guadalajara. Imagine a felicidade de Bermuda, São Cristóvão e Nevis e São Vicente e Granadinas ao dizerem que são os terceiros melhores das Américas em alguma modalidade.
Por outro lado, os Estados Unidos que tiveram, por um momento, a liderança ameaçada pelos anfitriões, continuam mostrando que são a grande potência olímpica, mesmo enviando muitos atletas universitários ou de times "B", conquistaram mais medalhas de todos os brilhos, foram 11 a mais de ouro, duas a mais de prata e 15 a mais de bronze, totalizando 28 a mais e 265 no geral.
O Canadá mostrou a força de competir em casa, saltando de quinto para segundo lugar e quase duplicado a quantidade de medalhas com relação ao último Pan. Lembrando que eles têm pretensões de brigarem pelo Top 12 ano que vem, isso significa concorrência direta com o Brasil, que quer chegar entre o Top 10.
Cuba decaiu, apesar de ter ameaçado o terceiro lugar brasileiro, acabou em quarto, com quase 40 medalhas a menos. Isso seria sinal da redução dos investimentos esportivos na ilha e da abertura de negociações econômicas com o capitalismo?
Colômbia surpreendeu, há de observar se está surgindo uma nova potência na América do Sul, já que em 2003 terminou em 8º e vem crescendo, até essa edição, que chegou ao quinto posto.
O México, que aproveitou a empolgação em casa há quatro anos e conseguiu um quarto lugar, não manteve o ritmo e regrediu para sexto.
Argentina, Venezuela e Equador se mantiveram entre os dez primeiros. E o Peru já nota-se uma evolução, visando a próxima edição. Saltaram de 20º, com apenas duas medalhas de prata e cinco de bronze, para 12º, com quatro de ouro, quatro de prata e seis de bronze. Como será o desempenho em 2019?

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