Nos últimos dois dias, aconteceram duas mortes de esportistas que não podem ser passadas em branco. Na quinta-feira, o uruguaio Ghiggia, um dos maiores futebolistas de seu país, morreu aos 88 anos de parada cardíaca. E ontem, o piloto francês Jules Bianchi faleceu após nove meses de coma, depois do acidente no GP do Japão de F-1. Essas duas mortes significam muito para o esporte.
Alcides Edgardo Ghiggia foi responsável pela primeira grande decepção dos brasileiros no futebol, talvez foi a pessoa que fez despertar o sentimento de paixão pela Seleção nacional, que foi potencializado mais tarde com Pelé. Na decisão da Copa do Mundo de 50, na única vez que um time jogou por um empate em uma final para ser campeão, o Brasil perdeu por 2 a 1, de virada, em pleno Maracanã, para o Uruguai com o gol derradeiro deste jogador. O episódio ficou conhecido como "Maracanazo". A ironia é que, depois de exatos 65 anos do jogo que deu o bicampeonato à Celeste, o último atleta vivo da decisão veio a óbito. O respeito deve ser completo, até porque, mesmo tendo sido carrasco, se diz que foi um grande jogador de sua época. Ele havia sido homenageado dois anos antes, ao entrar no estádio nacional do Uruguai e celebrar o histórico gol com sua torcida.
Essa morte é para ser lamentada, mas como ele já tinha uma idade avançada e não competia mais, não é tão sentida quanto a morte do jovem piloto de Fórmula 1, Jules Bianchi.
A tragédia que aconteceu em outubro do ano passado, em Suzuka, no Japão, teve seu final fatídico nessa sexta-feira. O piloto francês estava internado em Nice. A família e a ex-equipe Marussia lamentaram profundamente a perda.
 Bianchi era tido como um dos nomes promissores da categoria máxima do automobilismo. cogitado inclusive para conduzir um carro da Scuderia Ferrari. É a primeira morte de piloto desde 1994, quando morreram Roland Ratzenberger e Ayrton Senna, ambos em Ímola, no mesmo fim de semana.
Bianchi era tido como um dos nomes promissores da categoria máxima do automobilismo. cogitado inclusive para conduzir um carro da Scuderia Ferrari. É a primeira morte de piloto desde 1994, quando morreram Roland Ratzenberger e Ayrton Senna, ambos em Ímola, no mesmo fim de semana.
Para lembrar, a corrida do Japão estava sob chuva, com pouca visibilidade, com bandeira amarela, o guindaste retirava a Sauber de Adrian Sutil, na volta 43 e Bianchi saiu da pista e se chocou com a parte traseira do pesado veículo, entrou debaixo, a mais de 200km/h.
Jules tinha 25 anos, correu 34 grandes prêmios e conquistou dois pontos em Mônaco, ano passado, com sua melhor colocação, um oitavo lugar.
Se tem algo de bom resultante dessas mortes em pistas é que a FIA sempre promove alterações de regulamentos para que se torne uma corrida mais segura, já mudou horário de cinco provas para que terminem com claridade natural suficiente e o safety car virtual, para que os pilotos não ultrapassem determinada velocidade em bandeiras amarelas. Talvez seja o momento de pensar em outras alternativas para proteger a cabeça do piloto. Digo alguma coisa parecida com uma redoma de acrílico que seja aerodinâmico e facilmente aberto como em caças. Acidentes como o de Felipe Massa em 2009, que uma mola atingiu e perfurou seu capacete, poderiam ser evitados caso houvesse uma proteção maior para cabeça. Tomara que não haja um acidente desses nos próximos 20, 40 anos dentro da F-1. Que o legado de Bianchi não seja esquecido. Nem o de Ghiggia.

 
 

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