Depois de tudo o que aconteceu no fim de semana, é possível avaliar a primeira corrida de rua realizada na cidade de São Paulo como muito boa e muito bem sucedida. A cidade que é conhecida pelo trânsito caótico, teve a oportunidade de ver em uma de suas principais avenidas, a Marginal Tietê, carros andando a mais de 320km/h.
A escolha do local foi pertinente, o trajeto bem pensado, já que possibilitou haver muitas ultrapassagens num circuito de rua, coisa que não é comum, nesse tipo de prova. Duas retas bem longas, uma delas com 1,5km de pura aceleração, alternando com curvas fechadas sequenciadas. O circuito foi construído em, impressionantes, quatro meses, com recapiamento de um trecho da Marginal e da Olavo Fontoura, levantamento das muretas e grades de proteção, uso de pneus velhos que estavam pela cidade, para as barreiras, e que serão reciclados depois. Esquema de transporte público para levar e trazer do evento, evitando piorar o tráfego de veículos na região. Público bem comportado e apreciador de corridas.
Teve diversos contratempos, pontos negativos que não podem deixar de ser mencionados e que não poderiam acontecer, mesmo sendo a primeira vez. O concreto do sambódromo estava muito liso no sábado por conta de um produto que é passado para dar brilho e não dava tração suficiente para acelerar. O resultado foi as batidas em plena reta. Este problema, aparentemente, foi resolvido durante a madrugada, com o trabalho de funcionários da prefeitura, criando ranhuras no concreto e retirando cerca de 3 mm de espessura. Por conta disso, criou-se muita poeira, que ficou acumulada e não teve como ser limpa a tempo. Resultado foi a falta de visibilidade no começo do treino classificatório e da corrida.  Por fim, as terríveis ondulações em três pontos do traçado, que não foram corrigidas por capricho de Tony Cotman, projetista responsável. Essas criaram poças quando choveu e precisou-se recorrer ao velho rodo.
Por fim, as terríveis ondulações em três pontos do traçado, que não foram corrigidas por capricho de Tony Cotman, projetista responsável. Essas criaram poças quando choveu e precisou-se recorrer ao velho rodo.
Mas a corrida foi extremamente disputada, com várias alternativas de estratégia, com tantas ultrapassagens do modo que todo fã gosta de assistir, pegando vácuo, abrindo no final da reta e retardando a freada por dentro. Teve a presença de dois caças F-5, logo após o hino nacional, como é feito nos Estados Unidos. Entrada de pitlane inteligente, distante da linha de chegada, evitando encontros e divididas rachando a curva. O troféu, particularmente, é bem bonito e grandioso. Foi um belo espetáculo.
 
 

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