Nota triste do dia

Publicado  segunda-feira, 29 de março de 2010

Hoje, todo o mundo do jornalismo foi surpreendido com a triste notícia do falecimento de Armando Nogueira, grande ícone da profissão, referência na história futebolística. Armando tinha 83 anos, lutava contra um câncer no cérebro há três anos. Morreu em sua casa no Rio de Janeiro, na madrugada de segunda-feira, e seu corpo está sendo velado no estádio do Maracanã, honra que apenas Garrincha teve.
Ele era de uma antiga geração do jornalismo, foi editor-chefe de jornais e revistas importantes de época, criador do "Jornal Nacional", foi responsável pela Central de Jornalismo da Globo por mais de duas décadas, coordenou o segmento esportivo, inclusive teve um programa próprio no canal SporTV, entre tantos outros destaques nas mídias. Foi vítima da ditadura no país, mas também dirigiu episódios de censura do comício das "Diretas Já!".
Independentemente dos bons e maus atos, tinha uma qualidade de texto incomparável, era amante dos esportes (por isso a nota), botafoguense assumido, fez cobertura de Copa do Mundo desde 1954 e de Olimpíadas desde 1980. Respeitado, escrevia de modo mais requintado, com sábias palavras, dava mais vida a um momento em que o esporte não tinha imagens transmitidas, escritor de crônicas que proporcionavam magia a quem lia. Viveu a época áurea do esporte puro, que o dinheiro não mandava, mas sim o amor à prática esportiva.
Quando somos criança, aprendemos que temos que respeitar os mais velhos. Como "criança" na profissão, faço uma menção honrosa a quem é considerado um mestre, com o desejo de alcançar o prestígio e o status obtido por Armando Nogueira.

Alemanha campeã mundial

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Neste domingo, foi possível presenciar a final do novo fenômeno esportivo no Brasil. Foi transmitida a decisão do campeonato mundial feminino de Curling. A equipe da Alemanha venceu o belo time escocês por 8 a 6, no end extra. A partida foi disputada no Canadá, mas não no mesmo local onde foram realizadas as partidas dos Jogos Olímpicos.

O encontro foi bem equilibrado com pontuação em quase todos os dez ends regulares. Houve diversas trocas de liderança no placar e, consequentemente, de martelo (vantagem de jogar a última pedra de cada end). O ponto crucial foi no oitavo end, no qual o time da capitã Andrea Schoepp quebrou a vantagem da Escócia, obrigando a zerar o end seguinte e forçar a prorrogação, marcando apenas um tento para empatar na parte final. Na prorrogação, Eve e suas companheiras não conseguiram montar guardas suficientes para evitar os ataques alemães. Na última pedra lançada pela capitã germânica, obteve um take-out e posicionou duas pedras, garantindo um campeonato que não vinha a 22 anos.
Confesso que torcia pelo combinado escocês, principalmente, pela capitã Eve Muirhead de 19 anos. Torci pela beleza e juventude, contra a experiência alemã. Infelizmente, não tive sucesso na minha opção.
As anfitriãs, que não são o mesmo time que ganhou a prata nas Olimpíadas de Inverno em Vancouver, venceu o confronto pelo terceiro lugar por 9 a 6 contra a Suécia.
Obs: a foto é do time escocês e a capitã Eve é a segunda da esquerda para direita. Pela primeira vez coloco a foto de quem perdeu, mas valia a pena.

Mais um clássico com 7 gols

Publicado  domingo, 28 de março de 2010

Depois de Santos e Palmeiras, hoje o último clássico da primeira fase entre Corinthians e São Paulo teve novamente o placar de 4 a 3, desta vez para o time da casa. Dentre um campeonato com 19 rodadas, os jogos que dão mais emoção e que tem mais graça são esses jogos de rivalidade histórica.

Como na semana passada, foi um jogo com muitas alternâncias. O Corinthians começou pressionando, meteu duas bolas na trave no mesmo lance. Em seguida abriu 2 a 0 com belos gols de chute de meia distância de Elias e Danilo, ex-São Paulo.
Aí os nervos se acirraram e Washington e Dentinho foram expulsos. Ainda no primeiro tempo, Dagoberto fez boa jogada pela esqueda e Jean completou, aumentando a temperatura do jogo.
Na volta para a segunda etapa, Roberto Carlos mostrou que já se sente bem de volta ao futebol brasileiro e "chutou" um balde de água fria na reação são-paulina. Numa falta de longa distância, Rogério Ceni falhou e a bola foi para o fundo das malhas.
O jogo tendia para se resolver com esse placar, mas Hernanes, antes de ser substituído, bateu uma falta forte e rasteira, o goleiro corinthiano não segurou e Rodrigo Souto marcou seu primeiro gol para o São Paulo. Como numa repetição do local da falta, Cicinho teve oportunidade do arremate, preferiu o cruzamento que encontrou novamente Rodrigo Souto. O arqueiro falhou mais uma vez e o jogo ficou empatado, faltando poucos minutos.
Quis o destino que o tabu, do Tricolor do Morumbi não ganhar da equipe do Pacaembú desde 2007, se mantivesse. Iarley, que havia entrado no lugar de Ronaldo, fez boa jogada individual, tentou cruzar e Alex Silva desviou contra o próprio patromônio.
Mais um clássico para ficar na memória dos amantes do futebol. O São Paulo ainda permanece na zona de classificação e depende de si para continuar na competição. O Corinthians saiu do princípio de crise que se formava com a torcida e aproximou do G4. Ainda mantém viva a possibilidade de ir às semi-finais.

Análise do GP da Austrália

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Foi uma corrida muito boa, pelos aspectos da emoção, agitação e ultrapassagens. Muito se deve por causa da chuva, é verdade, mas normalmente o traçado de rua de Melbourne possibilita essas alternâncias.
Foi a primeira vitória de Jenson Button na McLaren, sua nova equipe.
Kubica chegou em segundo, contando com a sorte, já que sua Renault não é considerada do primeiro escalão de escuderias dessa temporada.
Felipe Massa nunca teve um começo de ano tão bom, mesmo não vencendo. É o segundo colocado do campeonato e diminuiu a diferença para Alonso. Nunca tinha chegado numa colocação melhor que sétimo em Albert Park.
Alonso conseguiu se recuperar depois de ter sido tocado, mantendo a liderança no mundial.
Os quatro foram premiados por terem trocado de pneu apenas uma vez.
Hamilton foi o grande nome da corrida, sempre veloz e ousado. Não teve sorte com Webber, que tirou-lhe a possibilidade de lutar por uma melhor colocação.
Barrichello levou a Williams ao oitavo lugar, o que é muito para as limitações do carro. Bom trabalho.
Schumacher ainda sente falta de ritmo de prova, ficou muito tempo atrás de Alguersuari, mesmo tendo um carro melhor.
Vettel tem o carro mais veloz e mais acertado de todos, porém é o menos confiável. Em duas provas que tinha tudo para vencer e estar isolado na ponta, conseguiu apenas um quarto e um abandono. Bem pouco, contudo pode melhorar.
As três equipes estreantes (Lotus, Virgin e Hispania) continuam fazendo seus testes em plena corrida, andando de três a cinco segundo por volta mais lento que as demais escuderias e fornecendo riscos desnecessários à categoria. Riscos assumidos pela FIA ao abrir novas vagas e que poderiam ser amenizados com a possibilidade de treinos separados dessas equipe antes do campeonato começar e no intervalo dos GPs.
Bruno Senna não conseguiu mais que seis voltas para tentar desenvolver o carro. Seu companheiro de equipe, o indiano Karun Chandhok chegou até o final, pela primeira vez.
Lucas di Grassi chegou a dar um "X" em Schumacher, no começo da prova, quando o alemão tentava se desgarrar do grupo de trás. Andou menos da metade das voltas e abandonou, como seu companheiro Timo Glock.
O campeonato está com Alonso com 37 pontos, Massa com 33 e Button com 31. A Ferrari lidera os construtores com 70 pontos. Próxima corrida é domingo que vem na Malásia, com forte calor, pista rápida com pontos de ultrapassagem e possibilidade de chuva novamente (oxalá!).

Button vence corrida agitada

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Depois do marasmo do GP do Bahrein, a previsão de mais uma corrida na Fórmula 1 sem emoção não foi concretizada por causa de um fator: chuva. Graças à ela, que veio dez minutos antes do início, pôde-se ter um grande prêmio da Austália com bastante alternativas e ultrapassagens.

Todos resolveram sair com pneus intermediários, já que a chuva não estava forte, mas tinha sido suficiente para umidecer a pista.
A largada foi muito boa para Felipe Massa, que havia tido problemas na qualificação, pulando de quinto para segundo, antes da primeira curva, superando Webber, Button e Alonso. Estes dois últimos se tocaram, com Alonso ficando ao contrário na pista e com Schumacher com a asa dianteira danificada. Kubica, que saiu em nono, aproveitou e assumiu a quarta posição. Um pouco mais para frente, ainda na primeira volta, um acidente espetacular envolvendo Buemi, Kobayashi e Hulkenberg e obrigou o Safety car a entrar na pista. A chuva parou. Schumacher teve que ir para os boxes e não conseguiu se recuperar no decorrer da prova.
Pouco tempo depois da relargada, Webber retomou a segunda posição de Massa. Button, que estava em sétimo, decidiu arriscar e trocou logo os pneus para o composto macio. Pareceu uma decisão errada no primeiro momento, já que voltou escorregando na pista e indo para a grama, mas controlou bem sua McLaren. Contudo essa parada foi crucial já que o traçado havia secado e ele conseguiu fazer várias voltas mais rápidas que todos os outros pilotos. Resultado: todos tiveram que ir para os boxes para tirar o prejuízo, trocando também seus pneus.
Kubica e Rosberg ganharam a posição de Massa nessa parada, mais uma vez a Ferrari se enrolou. Button já estava em segundo, atrás do alemão da RBR, Sebatian Vettel. Webber saiu patinando no retorno à pista e caiu para sexto. Hamilton vinha logo atrás e era o nome da corrida. Ambos protagonizaram uma ultrapassagem sensacional para cima de Felipe, que não durou muito, já que na curva seguinte, dividiram a freada, se tocaram e o brasileiro recuperou seu posto.
Quando a corrida se encaminhava para chatice de cada um sustentar sua posição Vettel perdeu a tangência da curva, saiu de frente e parou na brita. Fim de prova para o alemão que tinha novamente a corrida nas mãos e deixou escapar.
Hamilton, Webber e Rosberg foram para os boxes novamente. Voltaram ainda mais rápidos com pneus novos, todavia tinham que descontar tempo para os primeiros: Button, Kubica, Massa e Alonso, que veio numa corrida de recuperação, escalando o pelotão.
Nas últimas voltas formou um "trem" puxado por Kubica, com Massa, Alonso, Hamilton, Webber e Rosberg, um pressionando o outro. Até que, faltando duas voltas, o piloto da casa Mark Webber tocou no inglês Hamilton, quase tirando os dois da prova. Hamilton conseguiu voltar atrás de Rosberg, Webber teve que ir para os boxes trocar o bico e cair para nono.
Button venceu, com Kubica em segundo e Massa completando o pódio. Alonso, Rosberg, Hamilton, Liuzzi, Barrichello, que fez uma corrida discreta, Webber e Schumacher são os outros pilotos que pontuaram.
Bruno Senna e Lucas di Grassi não completaram a prova mais uma vez.


P.S.: Nada como um assunto tão bom quanto a F-1 para contemplar a minha centésima postagem deste blog.

Nota rápida

Publicado  segunda-feira, 22 de março de 2010

Neste domingo, em partida válida pelos Jogos Sul-Americanos, Falcão se tornou o maior artilheiro da história da seleção de futsal. Ele marcou duas vezes, na goleada por 8 a 0 contra o Equador. Chegou aos 279 gols, superando Manoel Tobias e com pretensões de alcançar 300.
Como foi apenas a segunda rodada, ainda haverá mais alguns jogos para o jogador se aproximar da marca almejada.
Falcão já foi eleito o melhor do mundo em 2004 e 2008 pela FIFA. É reconhecido como o jogador mais habilidoso e que faz gols espetaculares, verdadeiras pinturas.

1º Masters de um "veterano"

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Neste domingo aconteceu a final do Masters 1000 de Indian Wells, nos Estados Unidos. O tenista da casa Andy Roddick era favorito e levava a esperança do sonho americano de vencer em casa, fato que não ocorria desde 2001 com André Agassi. Mas havia um croata no meio do caminho e seu nome é Ivan Ljubicic.
Ambos chegaram à final do torneio pela primeira vez. Andy vem de atuações constantes, Ivan andava meio esquecido no cenário esportivo. Com 31 anos, é tido como veterano, estava como número 26 do mundo.
Ljubicic venceu por 2 sets a 0, com parciais de 7-6 (7-3) e 7-6 (7-5). Ele nunca havia vencido um torneio Masters na carreira e aumentou o jejum norte-americano. Detalhe que não houve uma quebra de saque sequer, durante toda a partida. Isso mostrou a igualdade de nível dos especialistas em serviços rápidos (sacadores). Aliás, aces não faltaram. Foram 21 do croata contra 12 de Roddick.
Ivan teve que superar nomes como Rafael Nadal e Novac Djokovic no decorrer do torneio.
De quebra, Ljubicic levou o equivalente a 1,1 milhões de reais de prêmio. Mais legal que isso, foi Andy Roddick enaltecer a vitória do adversário, reconhecendo sua superioridade nos momentos decisivos.
Pelo torneio feminino, a sérvia Jelena Jankovic venceu a dinamarquesa Caroline Wozniacki por 2 sets a 0, com parciais de 6-2 e 6-4.

Meninos da Vila

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Nos dias atuais, o futebol que importa é o futebol de resultado, mesmo que isso sacrifique a beleza plástica do jogo. Felizmente, alguns times surgem para desmentir essa máxima do futebol moderno. No Brasil, o Santos é esse time.

Não há como negar que é o time da moda, o mais agradável, mais vistoso, com mais jogadores habilidosos. Logicamente, tem seus defeitos, principalmente defendendo, e está suscetível à derrotas, como aconteceu semana passada no clássico com o Palmeiras. em plena Vila Belmiro. São meninos que vêm amadurecendo rápido e dando muitas alegrias a seus torcedores.
Há cerca de dez dias, esse meninos deram espetáculo, vencendo o Naviraiense-MS por 10 a 0, em jogo válido pela primeira rodada da Copa do Brasil. O pensamento mais comum: "os garotos estão jogando bem, mas pegaram um time muito fraco, sem expressão. Esse placar é raridade e só acontece esporadicamente, leva anos para ter goleadas deste tipo."
Mas hoje, qual não foi a surpresa ao ver uma goleada semelhante: 9 a 1 no Ituano, time que já frequentou a série B e fez bons campeonatos paulista nos últimos anos. Isso que não contaram com Robinho e Neymar. André assumiu a responsabilidade e marcou três vezes. Paulo Henrique Ganso jogou muito bem novamente, como vem fazendo durante toda a temporada e é, pessoalmente, o craque do time. Fez dois, assim como o baixinho Madson. O impressionante desta equipe é o conjunto, quem entra mantém o nível, entra jogando bem. Maikon Leite e Zé Eduardo entraram e fizeram um cada.
O Santos faz o que se espera dele. Quando enfrenta times de menor qualidade vai lá e goleia, com troca de passes envolvente e jogadas incisivas para frente. Não há respeito maior para um time fraco, do que o time forte vencer por uma quantia grande de gols, sem fazer "gracinhas". Quando joga contra equipes de mesmo nível, faz o possível para ganhar jogando da mesma forma. Às vezes não vence, que é do jogo.
Não há dúvidas que merece destaque em todas as colunas e sites, além da primeira página dos jornais e cadernos esportivos de amanha. Está sendo muito bom vê-los jogar, até quando não dá para saber, e muito divertido ver suas comemorações coreografadas.
Vou parafrasear dois pensamentos de Juca Kfouri para encerrar essa postagem: "Os burocratas que perdoem, mas os artistas são fundamentais" e "nada mais justo do que a maior goleada do campeonato ir para Itu".

Aniversário de um ídolo

Publicado  domingo, 21 de março de 2010

Não posso deixar a oportunidade passar de dar parabéns ao maior herói que tive no âmbito esportivo. Infelizmente, ele não está mais presente para receber todas as homenagens que tem sido feitas através de vídeos, áudios e imagens, ao longo desses dezesseis anos de ausência de Ayrton Senna.

Hoje, completaria 50 anos de idade. A data é especial e lembrada porque é um número redondo, mas o gênio das pistas não sai da memória dos brasileiros que tiveram chance de vislumbrar corridas mágicas, nas manhas de domingo.
O piloto deixou um vazio grande nos corações e uma carência de um ícone maior ainda. A prova disso é a busca de um vencedor em nomes como Rubens Barrichello e Felipe Massa, sem contar outros que não tiveram tanto sucesso. Essa falta só será amenizada quando houver um novo campeão. Mas a saudade é tanta de ouvir: "Ayrton, Ayrton, AYRTON SENNA DO BRASIL!", que a música da vitória não tem tanta emoção como antes.
Poderia falar durante intermináveis linhas e palavras a respeito deste brasileiro, que enchia de orgulho uma nação inteira, mas tudo que já foi dito e ouvido por várias outras pessoas é suficiente para conhecer e reconhecer um herói, um ídolo, um marco. Emocionado, me despeço.
Parabéns Ayrton.

Quartas-de-final da Champions

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Na última sexta-feira houve o sorteio dos confrontos válidos pelas quartas-de-finais da UEFA Champions League. Particularmente, parece bem razoável como ficou as chaves, com três dos quatro confrontos bem equilibrados.

Lyon X Bordeaux/ Palpite: Bordeaux, creio que os Girondinos estejam em melhor fase, mas é só para não ficar em cima do muro, já que é um embate caseiro e as duas equipes se conhecem do campeonato nacional. A única certeza é que haverá um francês na semi-final.
Bayern X Manchester United/ Palpite: Manchester. O time alemão é muito forte, joga o futebol tradicional de sua escola, tem Robben e Schweinsteiger, mas não dá para desprezar a barbaridade que está jogando Rooney e cia. limitada. Os ingleses são favoritos para irem à final.
Arsenal X Barcelona/ Palpite: Barcelona, mesmo achando que o futebol mais bonito praticado hoje seja do time londrino, a equipe catalã tem muita qualidade e vem para defender o título da temporada passada. Messi está no mesmo nível, ou até melhor, que Rooney.
Inter de Milão X CSKA/ Palpite (certeza): Internazionale. É o cruzamento mais fácil, o time russo não tem qualidade para fazer frente ao italiano. Faz tempo que a Inter não tinha uma boa oportunidade de chegar tão longe na competição europeia.

Quem passou para as quartas da UEFA

Publicado  quarta-feira, 17 de março de 2010

Acabou, agora há pouco, a fase de oitavas-de-final da UEFA Champions League. Depois de informar quem avançou, farei um balanço do comentário que fiz em dezembro, palpitando a respeito de quem eu achava, na época, que era favorito.
Na semana passada Arsenal atropelou o Porto, a equipe londrina segue em frente; o Fiorentina ganhou do Bayern, mas não levou a vaga; o Lyon empatou com o Real Madrid, surpreendendo o time espanhol; e o Manchester United não tomou conhecimento do Milan.
Ontem tiveram vitórias de CSKA Moscou e Inter de Milão, fora de casa, sobre Sevilla e Chelsea, respectivamente, e os times visitantes avançaram por terem vencido as duas partidas dos confrontos. Hoje, o Barcelona teve um jogo fácil contra o Stuttgart, 4 a 0, com mais um espetáculo de Lionel Messi e o Bordeaux venceu novamente o Olympiacos.
Em dezembro falei que era certeza que o Barcelona iria para as quartas-de-final, sem dificuldades. Mencionei, também, que o embate entre franceses e gregos era fraco, mas que o Olympiacos podia se classificar, por causa de seu treinador Zico, mas o brasileiro foi despedido pouco tempo depois, resultado: Bordeaux classificado. Arrisquei no Chelsea, porém José Mourinho conhece bem seu ex-time, vencendo não só em casa como no Stamford Brigde. Previ que o Bayern não podia vencer por pouca diferença o primeiro jogo, contudo disse que a vaga era dos alemães. Meu favorito era o Sevilla, mas quem levou foram os russos. Errei feio ao afirmar que os madrilenhos venceriam as duas partidas. Achei que Arsenal e Porto seria equilibrado, não contava com 5 a 0 dos ingleses, entretanto acertei que estes passariam. Por fim, pensei que o único italiano que seguiria seria o Milan.
Infelizmente, não acompanho tão bem o futebol no velho continente como deveria, alguns dos palpites tiveram uma pitada de torcida junto. Acertos 3, erros 5. Assim que houver o sorteio desta nova fase, farei mais um prognóstico, vamos ver.

Notícias rápidas de domingo

Publicado  domingo, 14 de março de 2010

A brasileira Fabiana Murer sagrou-se campeã mundial Indoor de salto com vara. Ela saltou 4,80m na primeira tentativa e bateu a russa Svetlana Feofanova, que também saltou a mesma altura, mas teve que fazê-lo apenas na terceira tentativa. A sempre favorita Yelena Isinbayeva, naõ esteve bem na competição e ficou com a quarta posição.
É a primeira vez que uma brasileira conquista a medalha de ouro no campeonato mundial Indoor de atletismo. Este está sendo disputado em Doha, no Qatar. É a competição mais importante do fraco ano para a modalidade.
No mesmo campeonato, Keila Costa obteve o bronze no salto em distância, com 6,63m alcançados.
Por fim, Fernando Meligeni conquistou seu primeiro título de masters, veteranos. A final do Rio Champions foi no Maracanãzinho, à tarde, contra o australiano Mark Philippoussis. O placar foi de 2 sets a 1, com parciais de 6-2, 4-6 e 10-8. O torneio contou com nomes como Mats Wilander, Wayne Ferreira e Marat Safin. De quebra, ganhou a liderança do ranking.

A experência da São Paulo Indy 300

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Depois de tudo o que aconteceu no fim de semana, é possível avaliar a primeira corrida de rua realizada na cidade de São Paulo como muito boa e muito bem sucedida. A cidade que é conhecida pelo trânsito caótico, teve a oportunidade de ver em uma de suas principais avenidas, a Marginal Tietê, carros andando a mais de 320km/h.

A escolha do local foi pertinente, o trajeto bem pensado, já que possibilitou haver muitas ultrapassagens num circuito de rua, coisa que não é comum, nesse tipo de prova. Duas retas bem longas, uma delas com 1,5km de pura aceleração, alternando com curvas fechadas sequenciadas. O circuito foi construído em, impressionantes, quatro meses, com recapiamento de um trecho da Marginal e da Olavo Fontoura, levantamento das muretas e grades de proteção, uso de pneus velhos que estavam pela cidade, para as barreiras, e que serão reciclados depois. Esquema de transporte público para levar e trazer do evento, evitando piorar o tráfego de veículos na região. Público bem comportado e apreciador de corridas.
Teve diversos contratempos, pontos negativos que não podem deixar de ser mencionados e que não poderiam acontecer, mesmo sendo a primeira vez. O concreto do sambódromo estava muito liso no sábado por conta de um produto que é passado para dar brilho e não dava tração suficiente para acelerar. O resultado foi as batidas em plena reta. Este problema, aparentemente, foi resolvido durante a madrugada, com o trabalho de funcionários da prefeitura, criando ranhuras no concreto e retirando cerca de 3 mm de espessura. Por conta disso, criou-se muita poeira, que ficou acumulada e não teve como ser limpa a tempo. Resultado foi a falta de visibilidade no começo do treino classificatório e da corrida. Por fim, as terríveis ondulações em três pontos do traçado, que não foram corrigidas por capricho de Tony Cotman, projetista responsável. Essas criaram poças quando choveu e precisou-se recorrer ao velho rodo.
Mas a corrida foi extremamente disputada, com várias alternativas de estratégia, com tantas ultrapassagens do modo que todo fã gosta de assistir, pegando vácuo, abrindo no final da reta e retardando a freada por dentro. Teve a presença de dois caças F-5, logo após o hino nacional, como é feito nos Estados Unidos. Entrada de pitlane inteligente, distante da linha de chegada, evitando encontros e divididas rachando a curva. O troféu, particularmente, é bem bonito e grandioso. Foi um belo espetáculo.

...aqui com muita emoção

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Agora, a Indy foi totalmente oposta. Era a primeira vez que seria realizada uma corrida de rua em São Paulo, com o Anhembi e a Marginal Tietê como locais escolhidos. Por isso, a corrida era uma incógnita, não dava para prever o que aconteceria. A largada foi muito interessante, já que foi feita de forma lançada no sambódromo, levantou poeira, literalmente, dificultando a visão dos que vinham mais atrás. Com uma chincane travada logo no fim da reta, era óbvio que iria acontecer acidente. Takuma Sato rodou e acertou Scott Dixon e Hélio Castroneves, também Mario Moraes rodou ao frear bruscamente e montou no carro de Marco Andretti. Este acidente foi mais preocupante, pois o carro do brasileiro ficou em cima do cockpit de Marco. Felizmente não aconteceu nada de grave, apenas o susto.
Desta forma, o pacecar entrou e permaneceu na pista por algumas voltas, tempo suficiente para ajustes de carros nos pits. Logo em seguida foi a vez da venezuelana Milka Duno bater e promover outra parada nos boxes. Aí veio a parte mais emocionante da prova, com o temporal que chegou na volta 29. Questão de segundos antes, o baiano Tony Kanaan, que vinha em quarto, foi tocado e sua prova foi comprometida.
A chuva continuou, provocando algumas rodadas, paradas para troca de pneus e bandeira amarela. Mas a pista alagou em alguns pontos e a direção de prova decidiu interromper a corrida até que secasse a pista. Na volta com o carro de segurança, a prova passou a ser limitada pelo tempo restante e não pelo número de voltas. Apesar de estarem todos juntos, levou vantagem quem retornou logo para o pit-stop final para recolocar pneus de pista seca, caso de Hunter-Reay, que logo assumiu a primeira colocação. Ryan Briscoe estava pressionando o líder, quando saiu de frente e bateu.
Will Power superou Hunter-Reay, que tinha que poupar combustível, e venceu a prova. Vitor Meira havia assumido a terceira posição, tendo passado por Raphael Matos. Grande resultados dos dois brasileiros, já que Meira não corria desde seu acidente na Indianapolis 500, ano passado, pois havia quebrado algumas costelas, e Matos pois está numa equipe considerada de pequeno porte, comandada pelo ex-piloto Gil de Ferran. Helio Castroneves chegou em nono, Justin Wilson, em décimo primeiro, Bia Figueredo foi a melhor entre as quatro mulheres, chegando em décima terceira e Mário Romancini bateu no final e não completou a prova.

Lá sem emoção...

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Este fim de semana foi especial para o automobilismo, pois teve início as temporadas da Fórmula 1 e Fórmula Indy, as duas principais categorias do esporte. Impressionante foi a diferença da qualidade de corrida. A Fórmula 1 se torna cada vez mais chata, enquanto a Fórmula Indy teve todos ingredientes para uma agradável tarde de velocidade.
Pela cronologia, na parte da manha, aconteceu ao mesmo tempo o treino qualificatório da Indy em São Paulo e a corrida do Bahrein da F1. O treino aconteceu hoje por conta da pista que não oferecia condições suficientes ontem à tarde. Dario Franchitti fez a pole, garantindo o primeiro ponto do campeonato. Já na F1, havia vários atrativos para uma grande corrida, como a reestreia de Michael Schumacher, as estreias de diversos pilotos, incluindo os brasileiros Luca de Grassi e Bruno Senna, além do novo regulamento que faz com que os pilotos não parem para reabastecer. Mas a corrida foi extremamente entediante, mesmo sendo num circuito novo, projetado para favorecer a ultrapassagem através de retas longas. Sebastian Vettel largou na frente e terminaria assim se não fosse a perda de potência do motor. Felipe Massa saiu em segundo e chegou em segundo. Perdeu a posição na largada para seu companheiro de equipe, Fernando Alonso, e recuperou passando Vettel. O espanhol Alonso levou o carro sem pressão até o final e venceu. Hamilton também passou o alemão no final e completou o pódio. Três alemães na sequência: Vettel, Rosberg e Schumacher. Button, Weber, Liuzzi e Barrichelo completaram a zona de pontuação. Di Grassi e Senna não concluiram a prova, terminaram antes de completar um terço das voltas. Corrida sem ultrapassagens, sem emparelhamentos, sem voltas rápidas para disputa nos boxes, sem emoção nenhuma, o que tende a ser uma constante deste ano.