Chega ao fim as disputas de Tóquio com as últimas medalhas pendurada no peito dos campeões. O Brasil esteve com a bandeira no pódio duas vezes com duas pratas. Assim, a "terra do sol nascente" carrega a melancolia de ser a "terra do brilho poente", mas deixando grandes lembranças para quem se envolveu com os XXXII Jogos da Era Moderna.
Coube à Sérvia a última vitória na Olimpíada de Tóquio-2020. Foi um 13 a 10 sobre a Grécia no Polo Aquático. Curiosamente, o país-berço dos Jogos estava presente na disputa do último ouro. Os sérvios tiveram dificuldades para confirmar o bicampeonato seguido no masculino, mas impuseram a sua maior força e técnica. A Hungria completou o pódio ao vencer a Espanha por 9 a 5, na disputa pelo bronze.
No entanto, não será o último país a ouvir seu hino em cima do degrau mais alto. Tradicionalmente, a maratona masculina do Atletismo é a última prova a ser coroada, dentro da cerimônia de encerramento. Uma novidade que essa edição trouxe, o pódio feminino da mesma prova também será consagrado durante a cerimônia. Desta forma, por duas vezes, o hino a ser tocado será do Quênia. Ontem, Peres Jepchirchir teve uma vitória apertada, com o tempo de 2h27min20, sobre a compatriota Brigid Kosquei, que chegou apenas com 16 segundos de desvantagem. Molly Seidel, dos Estados Unidos, quase fura a festa dupla do país africano. Ficou com a terceira colocação, dez segundos depois.
Hoje, o astro Eliud Kipchoge arrancou com muitos quilômetros faltando para cumprir com seu favoritismo. Chegou destacado, com 2h08min38 no percurso da cidade de Sapporo, que foi escolhida como local de competição por causa da alta umidade em Tóquio. Mais de um minuto depois, chegou Abdi Nageeye, que nasceu na Somália, mas compete pela Holanda. Imigração parecida realizada pelo terceiro colocado, Abdi Bashir, com mesma origem, mas que carrega a bandeira da Bélgica. A prova contou com a participação de três brasileiros. Daniel Chaves da Silva abandonou ainda nos primeiros quilômetros da prova. Daniel do Nascimento, chegou a liderar e sempre manteve-se no grupo da frente, mas teve um mal súbito e também não conseguiu completar o trajeto. O único que atravessou a linha de chegada, Paulo Roberto de Paula, terminou em 69º.
Resumo do dia
Considerável o número de medalhas para o último dia de competições:
- > Basquete feminino - (EUA > JAP);
- > Boxe peso leve fem. - (IRL > BRA) // peso leve masc. - (CUB > EUA) // peso médio fem. - (GBR > CHN) // peso super pesado masc. - (UZB > EUA);
- > Ciclismo de Pista sprint fem. - (CAN > UCR > HKG) // keirin masc. - (GBR > MAL > HOL) // omnium fem. - (EUA > JAP > HOL);
- > Ginástica Rítmica geral por equipes - (BUL > RUS > ITA);
- > Handebol masc. - (FRA > RUS > NOR) e;
- > Vôlei fem. - (EUA > BRA > SER).
Brasileiras
Outras duas participações brasileiras eram mais aguardadas. Beatriz Ferreira, no Boxe, e o time de Vôlei feminino ainda alimentavam o sonho de dois ouros, o que passaria a marca de sete obtidos na Rio-2016. Todavia, ambas tentativas fecharam a participação brasileira com duas pratas que devem ser igualmente valorizadas como as outras 19 que o país conquistou. No peso leve feminino, Bia até fez um primeiro round equilibrado com a irlandesa Kellie Harrigton, mas nos outros dois ficou mais latente a predominância da adversária no combate. Já as meminas que foram para quadra, não tiveram chances perante uma seleção americana, líder do ranking mundial e absolutamente favoritas. As parciais de 25/21, 25/20 e 25/14 não deixam margem para que o sonho fosse maior do que o alcançado.
Com isso, mais uma edição olímpica fica para trás, repleta de polêmicas, desde se deveria ter sido realizada na crise que a humanidade vive até presença de público e as influências das redes sociais. O fato é que aconteceu mais uma vez, com um ano de adiamento, os Jogos Olímpicos de Tóquio. E o que não faltará são grandes momentos, grandes personagens, grandes conquistas para que, quando olharmos a história e pensarmos "apesar de...", tenhamos a certeza que pudemos presenciar novamente grandes feitos realizados por esta espécie e cultivemos as mais lindas lembranças que a esportividade nos traz.



 
 

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