Tóquio 2020 - Análise do quadro de medalhas

Publicado  sexta-feira, 20 de agosto de 2021


Com o crescimento de modalidades, no meio de uma pandemia, uma nova geografia das medalhas foi escrita com quase metade dos países participantes tendo subido no pódio de Tóquio-2020. Um recorde com sete bandeiras a mais figurando entre os campeões do que há cinco anos.

Há um mês começava mais uma edição de Jogos Olímpicos tão intensa quanto emocionante. Grandes histórias foram escritas, recordes batidos e medalhas conquistadas. Agora é o momento ideal para analisar resultados, fazer balanços e matar saudades de alguns feitos antes de começar a Paralimpíada no Japão.

Quantos significados podem ter uma medalha, uma conquista? E quando dois países aceitam dividir a glória máxima, dizendo que não são inimigos, mas podem se igualar em uma disputa justa? Foram 340 medalhas de ouro, 338 pratas e 402 bronzes, 1080 atletas ou equipes contemplados com a representação máxima que o esforço pode trazer. Não que o restante não merecesse, mas o esporte premia três ou quatro (nos casos das lutas - Judô, Boxe, Luta Olímpica, Caratê e Taekwondo) por vez.

A seguir, trago uma série de infografias que analisam como ficou o quadro de medalhas em relação ao mapa geopolítico das nações e continentes.

Em termos de porcentagem de países, a Europa foi o continente que chegou mais perto de ter todas as nações com uma medalha. Mas é interessante que, se traçar as linhas imaginárias que marca a zona equatorial e tropical, os países da faixa central de todos os continentes tiveram menos representação do que países mais afastados dos trópicos.


No mapa anterior, era possível entender todos os países medalhados. Neste agora, foi dividido por metal da medalha conquistada.








Ao fazer o comparativo do quadro de cinco anos atrás foi possível verificar alguns padrões para países que melhoraram ou pioraram seus desempenhos:

  • Antes eram 29, agora apenas 25 países conquistaram dois dígitos de medalhas;
  • Rússia e Itália aumentaram suas quantidades de ouro, foram dois dos países que mais tiveram ganhos de medalhas no geral e mesmo assim, caíram no ranking (russos de 4º para 5º, italianos de 9º para 10º);
  • Países que desceram no quadro porque conquistaram número de ouros menor ou igual, mas obtiveram mais medalhas no geral: Hungria, Ucrânia, Indonésia, Fiji e Finlândia;
  • Países que mais subiram no quadro coincidentemente dobraram ou fizeram melhor ainda seu desempenho anterior: Noruega, Bulgária, Irlanda, Israel, Qatar, Kosovo, Índia, Filipinas, Áustria, Egito, Portugal e Estônia;
  • Romênia e Porto Rico mantiveram os números de ouro e medalhas totais conquistadas, mesmo assim, desceram alguns degraus;
  • Espanha, Eslováquia e Armênia mantiveram o total, mas decresceram nos ouros, o que acarretou descida para estes países;
  • É possível observar oscilações maiores em quem ganha ou deixa de conquistar um ouro nas faixas intermediárias do que no top-10. Os Estados Unidos e a Alemanha tiveram sete ouros a menos cada, os americanos mantiveram a primeira colocação e os alemães caíram do 5º para o 9º lugar. A Noruega não tinha nenhum ouro anteriormente, ganhou quatro, subiu de 74º para 20º.

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