http://video.globo.com/Videos/Player/Esportes/0,,GIM1256977-7824-INTEGRA+GLOBO+ESPORTE+SP,00.html
Antes de começar o texto, o vídeo acima traduz exatamente o pensamento de todos que puderam presenciar a espetacular final que ocorreu ontem entre Santos e Santo André, no Pacaembú. Eu não tenho muito o que comentar, ainda estou emocionado com o que vi. Tem que se parabenizar estes dois times que protagonizaram um dos melhores jogos de futebol que pude assistir.
Todos os ingredientes para que isso tivesse acontecido estiveram presentes: torcida lotando o estádio, jogadores se doando e se superando, uma equipe que acreditava poder reverter a desvantagem e fazendo um gol logo no primeiro minuto, cinco golaços, quatro expulsões, gol mau-anulado, duas jogadas que resultaram em trave, uma delas aos 45 do segundo tempo. Decisão.
Mas, apesar de tudo, tem uma pulga atrás da orelha que me incomodou nesses dois jogos e que pode atrapalhar mais à frente. O Santos não jogou tudo que sabe, principalmente neste domingo. Não sei se por nervosismo ou qualquer que seja o motivo. Se o campeonato fosse de pontos corridos, seria absolutamente incontestável a conquista. Contudo, se fosse pela final, acredito que o Santo André mereceria mais o título. Os comandados de Dorival Júnior estiveram acuados, se descontrolaram e tiveram três expulsos, aguentaram a pressão no sufoco, se deixaram dominar, perdendo o controle do jogo.
Por que estou dizendo isso? Quarta tem outra decisão, contra o Atlético-MG, pela Copa do Brasil, e tem que virar a vantagem que os mineiros conseguiram. Caso passe, poderá enfrentar Grêmio, Fluminense, Vitória, times que não vacilam se estiverem com dois a mais em campo.
Enfim, o importante é ver o Santos campeão, saber que o futebol-arte ainda tem vez e que é o melhor de ser assistido, mesmo perdendo de 3 a 2, ainda mais por causa dos dois gols feitos, duas pinturas feitas por Neymar: uma, Marquinhos lançou por cima na meia esquerda, Robinho toca de letra, no ar, e o garoto dribla três marcadores para chutar; a outra, Robinho divide a jogada, toca para Paulo Henrique Ganso, personagem mais importante do jogo, que deixa o camisa 11 na cara do gol com um magnífico passe de letra e sem ver.
Se o Dunga, não convocar estes dois, e este é meu maior medo na Copa, vai ser uma das maiores injustiças esportivas de todos os tempos. É o clamor popular. Não sei se daqui quatro anos, quando já estiverem em times separados na Europa, estarão jogando o mesmo que fazem agora.
Parabéns ao Santos pelo 18º título paulista de sua história! Ainda, de lambuja, fizeram o centésimo gol do time na temporada.
 
 

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