O menino que virou homem no domingo

Publicado  terça-feira, 4 de maio de 2010

Dentre todos os jogadores da final, um mostrou maturidade, habilidade, comprometimento, raça e técnica. Paulo Henrique Ganso. Craque. Curiosamente jogou com a 17, mas lhe cabia a 10, que outrora fora de Pelé. Sem nenhum exagero.
Este jovem jogador, de apenas 21 anos, tem um futuro promissor pela frente, mas já tem um presente glorioso. Foi descoberto pelo ídolo Giovanni, lá no Pará, e veio cedo para o centro de treinamento do Santos. Desenvolveu-se e é hoje, particularmente, o melhor jogador em atividade no futebol brasileiro. Nenhum time tem o meia que é Paulo Henrique. Joga com a cabeça erguida, para o ataque, acelera o jogo, desconserta o adversário com lançamentos e toques imprevisíveis.
Neste domingo provou ter hombridade, ter caráter, ter paixão. Ao saber que seria substituído, disse não, com palavras e gestos, em seguida afirmou com as mãos: "eu fico aqui [campo], eu sou o único que pode segurar a bola contra os jogadores do Santo André. Quero ser responsável pelo titulo". O técnico entendeu o recado e mudou a substituição. Poucos tomariam tal atitude.
Um dos Garotos da Vila que deixou o menino de lado, sem deixar as molecagens, para se tornar homem guerreiro de lutas campais. Seu caminho natural é a Seleção e a Europa. Quem sabe, até o mundo?








Essa matéria tem seu tom de graça, mas pode-se perceber a dignidade do craque.

0 comentários: