Copa das Confederações - a conquista

Publicado  domingo, 28 de junho de 2009


Depois de ter vencido a África do Sul na semifinal por 1 a 0 jogando mal, o Brasil venceu a Copa das Confederações pela segunda vez seguida e terceira vez na história, se tornando o maior vencedor do torneio. A vítima foi os Estados Uindos, que até sairam ganhando e ampliaram, mas não suportaram o volume de jogo dos brasileiros, cederam o empate e sofreram a virada, principalmente por abdicar de atacar.
O placar de 3 a 2 diz bem o que foi o jogo, já que os ianques se aproveitaram de falhas na marcação para abrir 2 com Dempsey aos 10 minuntos e Donavan, num belíssimo contra-ataque, aos 27. Mas com um segundo tempo de amplo domínio dos comandados de Dunga, ficou difícil. Ainda mais que, com 1 minuto após o intervalo, Luís Fabiano recebeu girando e batendo com o pé esquerdo, no canto do goleiro, sem chances de defesa. Com 29 minutos, depois de muita pressão, Kaká fez bela jogada pela esquerda, tocou para Robinho, que não está em boa fase e não joga bem, mas acertou o travesão, sobrando a bola para o incontestável camisa 9 da seleção, que não perdoou e fez de cabeça. Faltando alguns minutos, Lúcio, capitão da seleção, se tornou o herói da partida, marcando o gol da vitória com uma cabeçada, após o cruzamento de Elano num escanteio. A bola ainda bateu na trave antes de morrer no fundo das redes.
O Brasil mostra que tem forças para superar adversidades, apesar de contestado, Dunga se firma no cargo, é o técnico para a Copa no próximo ano, mostra que tem convicções e que tem o grupo na mão para um funcionamento coletivo. Mais uma vez vai como favorito para a principal competição do esporte, mantém um ano de invencibilidade com 17 jogos, sendo que os últimos 7 só vitórias.
Também sai com algumas certezas com relação ao elenco: Júlio César é o goleiro indiscutível, tem-se dois ótimos laterais direitos, mas que no outro lado ainda fica aberto para quem jogar bem neste ano que falta, a zaga é um pouco lenta para se recompor, mas se não acontecer problemas de contusão, estará fechada, o meio defesivo que o técnico gosta, apesar de não ser o ideal (opinião pessoal) e o trio de ataque veloz com Kaká e Robinho flutuando e Luís Fabiano como homem-gol. Ainda tem algumas vagas para reserva, mas pouco se mudará com pouco tempo de avaliação para uma competição tão importante.
Aos Estados Unidos, resta o consolo de uma campanha surpreendente, que mostrou grande evolução no seu modo de jogar, tendo feito frente aos principais oponentes da competição. Certamente, também estará na Copa ano que vem, podendo repetir a atuação de 2002, que chegou às quartas-de-finais.
Lúcio recebeu o prêmio de Fairplay da FIFA, Luís Fabiano recebeu a bola de ouro, como artilheiro da competição, e troféu de prata para segundo melhor jogador e Kaká, troféu de ouro, merecido, como melhor jogador do torneio. O goleiro Howard ganhou a luva de ouro. A Espanha ficou com o terceiro lugar, ao vencer os anfitriões, na prorrogação, por 3 a 2.

P.S.: é o quinquagésimo texto escrito neste blog em menos de um ano de existência - orgulho pessoal.

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