Acabou 

a pouco o jogo de estreia da Seleção Brasileira pela Copa das Confederações contra o Egito, válido pelo grupo B. Quase que esse jogo vira um vexame histórico, na medida em que o Brasil jogou muito mal, cedeu espaços e permitiu que a fraca equipe oponente colocasse o selecionado brasileiro para trás de seu campo. A vitória de 4 a 3 não foi convincente e tão pouco pode ser verdadeira no aspecto que foi nervosismo de estreia e os três pontos que foram o mais importante.
O jogo começou bem, com Kaká, aos 5 minutos, fazendo um lindo gol, driblando 

dois adversários e tocando para o fundo das redes. Mas logo em seguida ficou evidente a fragilidade da defesa brasileira, com o Kléber deixando espaço aberto pela esquerda, o Lúcio tendo que cobri-lo e chegando atrasado. Na área, Juan se posicionou mal e Zidan, o único atacante do Egito, chegou cabeceando ao invés de Daniel Alves e empatou a partida. Com 12 minutos, o Brasil voltou a frente com uma jogada ensaiada, que saiu de uma falta na intermediária no ataque dos pés de Elano e encontrou no meio do caminho a cabeça de Luis Fabiano. Mais tarde, novamente a bola parada funcionou, novamente dos pés de Elano, num escanteio pela direita, que encontrou a cabeça de Juan desta vez.
Veio o segundo tempo e um apagão dominou o sistema defensivo do Brasil. Ficou acuado e antes dos 10 minutos tomou um susto, com uma bela troca de passes pela esquerda que resultou num disparo de fora da área de Shawky, meiocampo do Egito. Gol mais bonito da partida. Pior que o susto, foi a sequência, que na saída de bola o Brasil entregou a bola de graça e cerca de 50 segundos depois Zidan estava comemorando seu segundo gol no jogo, que entrou pelo meio da zaga, sem chances para o goleiro Julio César. A partir daí, o Egito teve medo de vencer e achou que o empate seria um excelente resultado. Pagou o preço. Numa bola alçada na área, aos 42 minutos, Lúcio chutou de primeira e o zagueiro interceptou com o braço em cima da linha, pênalti e expulsão. Kaká teve categoria e frieza para bater no canto esquerdo do goleiro e desafogar o Brasil definitivamente, ainda mais porque não havia tempo para mais nada.
O que se viu depois foi um time cheio de justificativas para a má atuação, que estariam cansados por viagens longas, jogos difícies nas Eliminatórias, final de temporada para o time titular, 

gramado ruim. Mas para uma equipe que tem a escola de 94 como base técnica e que valoriza a posse de bola, foi um jogo horroroso, com mais posse adversária e desorganização tática como os dois principais problemas. É inevitável a comparação com a Espanha e com a Itália, se ela vier a ganhar bem dos Estados Unidos. A verdade é que a defesa e o meio campo defensivo não são tão bons como se diz, pois nos últimos jogos os resultados tem sido enganosos, em que vencera a própria Itália e, em seguida, Uruguai e Paraguai, tendo o goleiro como um dos destaques dessas partidas.

Análise individual
Julio César: quando foi exigido, pouco fez, mas não teve culpa nos gols
Daniel Alves: foi o melhor em campo no primeiro tempo, mas caiu de produção e os gols contra sairam pelo seu lado no segundo tempo
Lúcio: um tanto lento e pouco eficiente, só deu chute que gerou o pênalti
Juan: fez o terceiro gol de cabeça, mas falhou no primeiro gol egípcio
Kléber: absolutamente nulo, não produziu nem marcou, poderia nem ter jogado
Felipe Melo: pior partida pela seleção, não protegeu a zaga
Gilberto Silva: já foi seu tempo na seleção, não joga bem desde 2004
Elano: se não fosse sua qualidade na bola parada, não haveria assistências para os gols nem criações para outras jogadas
Kaká: é quem se salvou no time, fez um golaço e mostrou categoria no pênalti
Luis Fabiano: correu bastante, fez um gol de atacante, mas faltou mais presença e mais oportunidades
Robinho: pelo menos foi sincero ao dizer que não jogou nada hoje, que foi a pura verdade
André Santos: correu no tempo que lhe foi concebido, mas não conseguiu fazer nada
Ramires: se movimentou bem e mais nada
Alexandre Pato: entrou para não jogar, totalmente apagado
Destaques da partida: Aboutrika(22) e Zidan (9) infernizaram a zaga brasileira
BRASIL 4 x 3 EGITO
Brasil: Júlio César; Daniel Alves, Lúcio, Juan e Kléber (André Santos); Gilberto Silva, Felipe Melo, Elano (Ramires) e Kaká; Robinho (Alexandre Pato) e Luís Fabiano
Técnico: Dunga
Egito: El Hadary; Ahmed Said, Hani Said e Gomaa; Fathi, Shawky, Ahmed Hassan (Eid), Abd Rabbou (Al Muhamadi) e Moawad; Aboutrika e Zidan
Técnico: Hassan Shehata 
Data: 15/06/2009 (segunda-feira)
Local: estádio Free State, em Bloemfontein (África do Sul)
Árbitro: Howard Webb (ING)
Auxiliares: Michael Mullarkey (ING) e Peter Kirkup (ING)
Público: 27.851 pessoas
Cartão amarelo: Moawad (EGI)
Cartão vermelho: Al Muhamadi (EGI) 
Gols: Kaká aos 4min; Zidan, aos 8min; Luís Fabiano, aos 11min; Juan, aos 36min do primeiro tempo; Shawky, aos 8min; Zidan, aos 9min; Kaká, aos 45min do segundo tempo