Está acontecendo o mundial de esportes aquáticos em Kazan, na Rússia. Primeiro grande evento pós-Pan, diria um choque de realidade para boa parte dos atletas que estiveram em Toronto. Nele, engloba as modalidades de saltos ornamentais, salto em altura, nado sincronizado, pólo aquático, natação e maratona aquática.
Foi justamente nesta última que surgiram as primeiras medalhas para o Brasil. A autora das conquistas foi Ana Marcela Cunha, que ganhou bronze na prova de 10km, prova olímpica, prata na prova de equipe de 5km e, neste sábado, ouro na prova de 25km, com o tempo de 5h13min47s. A baiana de 23 anos se consagrou bicampeã mundial desta distância, tendo vencido a primeira vez no mundial de quatro anos atrás em Xangai, na China.
Além das medalhas, Ana Marcela se classificou para os Jogos Olímpicos do Rio-2016. Junto com ela, Poliana Okimoto e Allan do Carmo também garantiram suas vagas, já que terminaram entre os dez primeiros na prova dos 10km. São nomes que certamente figuram entre os favoritos e podem ajudar o país com novas conquistas em casa.
O quadro geral de medalhas, até o momento, tem a China na liderança com 8 ouros, 9 pratas e 3 bronzes, com domínio total nos saltos ornamentais. Os donos da casa estão em segundo, empatados em 8 ouros, mas com 3 pratas e 1 bronze, com excelência quase total no nado sincronizado. O Brasil está em sexto, com essas medalhas da Ana Marcela. Mas o quadro tende a mudar bastante com as competições de natação que começam neste domingo e vão até semana que vem.
Uma análise comparativa entre o Pan e o mundial, nas modalidades que já se encerraram ou estão por terminar: nos saltos ornamentais, o México liderou o quadro, com 9 medalhas, sendo 5 de ouro, Canadá em segundo, também com 9 medalhas, sendo 2 de ouro, o Brasil ficou em quinto com apenas uma prata, na frente dos Estados Unidos; no mundial, os canadenses são os primeiros da América com 3 pratas, México apenas uma prata e os norte-americanos com um bronze.
No nado sincronizado, ficou Canadá com dois ouros, México com duas pratas e Estados Unidos com dois bronzes; em Kazan, apenas os Estados Unidos figuram entre os medalhistas, lembrando que nesta edição do mundial foram disputadas 9 competições e na Olimpíada são apenas 2.
Por fim, as maratonas se aproximam em termos de resultados, já que os Estados Unidos dominaram no Pan e também no mundial. Venezuela e Equador, apareceram no Pan, muito por conta de não ter os principais brasileiros, não apareceram no mundial, o Brasil foi o outro país do continente que figurou entre os melhores.
Por isso que muitas vezes os parâmetros continentais não valem tanto, mas podem ser um indicativo, caso haja um país que seja referência mundial em determinada modalidade.

 
 

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