Brasil não rende bem em Kazan

Publicado  segunda-feira, 10 de agosto de 2015

O Mundial de Esportes Aquáticos acabou neste domingo e o Brasil terminou sua participação com sete medalhas, as três da Ana Marcela Cunha nas maratonas aquáticas e mais quatro na natação, o que fez o país se posicionar em 13º no ranking. Foi um ouro, quatro pratas e dois bronzes.
A China terminou como a grande campeã geral com 35 medalhas no total. sendo 15 ouros. Os Estados Unidos ficaram em segundo, com 33 conquistas, 13 douradas. E a Rússia, como anfitriã, fez um bom papel ao ficar no terceiro posto, 17 vezes no pódio, com 9 vezes no lugar mais alto.
Falando especificamente da natação, o Thiago Pereira foi prata nos 200m medley, Nicholas Santos teve o mesmo resultado nos 50m borboleta, assim como Etiene Medeiros nos 50m costas, se tornando a primeira brasileira a ganhar uma medalha em mundiais de piscina longa. Por fim, Bruno Fratus ficou com o bronze nos 50m livre. Além das conquistas, tiveram mais seis finais com participações brasileiras. 
Como é o campeonato mais importante, tirando as Olimpíadas, o desempenho foi mediano para baixo, até porque os dois principais nomes Cesar Cielo e Felipe França não obtiveram resultados competitivos, Cielo, inclusive, teve diagnosticado uma lesão no ombro e teve que abandonar o mundial antes do fim. Os brasileiros podem ter sido prejudicados assim como todos os outros americanos, por conta do Pan ser em Toronto e o mundial com o fuso horário bem à frente em Kazan. Aliás, algo interessante e frustrante ao mesmo tempo ocorreu. Muitos brasileiros não conseguiram repetir seus tempos obtidos no Canadá, se tivessem feito, haveria mais participações em finais.
Os Estados Unidos, apesar de terem vencido com 23 medalhas, foram "apenas" 8 ouros. Um desempenho também abaixo do esperado. Não tiveram Michael Phelps, que certamente venceria algumas provas. Ryan Lochte e Nathan Adrian não estiveram bem, Missy Franklin e Katie Ledecky levaram o time nas costas. Mas não é bom subestimá-los. São os mais velozes e serão destaques no Rio. Outros países a se destacar: a Austrália voltou a mostrar força e ficar em segundo. Duas nações que aproveitaram muito bem o fato de sediar uma edição dos Jogos Olímpicos, a China e o Reino Unido, fizeram ter ótimo desempenho e ficaram em terceiro e quarto, respectivamente. Por último, há os países que produzem um nadador bom em algumas provas e se elevam, como a Hungria com Katinka Rosszu e László Cseh, a França com Florent Manaudou, a Itália com Federica Peregrini, a África do Sul com Chad Le Clos, e outros, Suécia, Japão. São países que figuraram entre os primeiros e terão suas bandeiras hasteadas.
Para o Brasil, uma pena que apenas as conquistas de Thiago Pereira e Bruno Fratus valeriam se fosse nas Olimpíadas. Ainda dá para melhorar em um ano de preparação com o troféu José Finkel, o Maria Lenk e o Pan-Pacífico.

2 comentários:

Unknown disse...

Espero que o Cesar Cielo não tenha sido afetado pela biografia lançada em abril deste ano pelo seu rival o nadador francês, Amaury Leveaux, onde ele é acusado de doping. São acusações graves mas sem comprovação, porém não deixam de causar mal estar.

Juvenal Dias disse...

O Cielo já teve um episódio de doping, no qual ficou afastado alguns meses. No entanto, parece uma lesão que deve afastá-lo por um tempo mesmo.
Vale uma reflexão sobre a acusação do francês. Será que não é uma tentativa de desestabilizar o brasileiro com a proximidade dos jogos olímpicos no Brasil? De mexer com o psicológico? Certamente Cielo será o grande nome da modalidade do país e tem este francês e seu compatriota Florent Manaudou como maiores adversários.