Nesta quarta-feira (05), foram definidos os finalistas da Copa do Brasil. Depois de duas semifinais emocionantes, o Cruzeiro avançou com o empate em 3 a 3 fora de casa contra o Santos, depois de ter vencido o primeiro jogo por 1 a 0. No outro confronto, o Atlético-MG atropelou o Flamengo com o placar de 4 a 1 no Mineirão, poderia ter sido até mais, superando a desvantagem de 2 a 0, obtida pelos cariocas no Rio.
Falar em clássico Atlético-MG x Cruzeiro, já por si próprio, seria um jogo incrível, que não precisa de motivação para um grande duelo, mas, como se não bastasse toda a história, vão decidir a Copa do Brasil de forma inédita. Os dois times, que vêm dominando o cenário nacional desde o ano passado, vão fazer o fatídico estádio do Mineirão, do eterno 7 a 1, tremer de emoção, podendo ser lá o lugar de ressurgimento do futebol brasileiro.
Interessante as campanhas dos dois times até agora. Ambos já entraram nas oitavas. A Raposa chegou sorrateira, passando pelo inexpressivo Santa Rita de Alagoas, depois com dificuldades pelo ABC, até chegar contra o Santos. Diferentemente, o Galo teve adversários mais tradicionais, venceu bem o Palmeiras, depois teve que se superar igualmente contra Corinthians e Flamengo, tendo perdido o primeiro jogo fora por 2 a 0 e se recuperando em casa, fazendo o 4 a 1, depois de tomar o primeiro gol e quase deixando seu torcedor sem esperanças. Ambos chegaram com descrição e lutas, características mineiras.
Os motivos para essa conquista de ambas as partes são muitos: o Cruzeiro almeja a Tríplice Coroa nacional, depois de ter ganho o Mineiro e estar encaminhado o título do bicampeonato nacional, estando na liderança cinco pontos a frente do segundo, faltando seis rodadas, a Copa seria a cereja no bolo de um ano espetacular e consagração de um trabalho bem feito. Além disso, pode se tornar o maior campeão dessa competição, se isolando com cinco conquistas, uma a mais que o Grêmio. E há a possibilidade de tirar o rival de uma vaga para a Libertadores do ano que vem. Pelo lado atleticano, cabe não dar o gosto das três conquistas ao adversário, feito já conseguido em 2003, busca um título que ainda não possui, aliás nunca havia chegado na final, já provou que é possível reverter resultados adversos dentro da competição, quer salvar o ano, depois de perder o estadual e ser eliminado nas oitavas da Libertadores pelo Atlético Nacional da Colômbia.
O time colombiano, aliás, será o oponente do São Paulo na semifinal da Copa Sulamericana. Mais uma vez o Tricolor Paulista mostra sua força em competições internacionais. Pelo terceiro ano seguido chega às semifinais, tendo ganho o título em 2012 e sido eliminado pela Ponte Preta ano passado. Ontem jogou contra o Emelec, no Equador, perdeu por 3 a 2, em um jogo com duas viradas, mas como tinha vencido no Morumbi por 4 a 2, ficou com a vaga pelo saldo de gols. Em 2013, enfrentou e eliminou o mesmo Atlético Nacional nas quartas. Os colombianos se classificaram com duas vitórias por 1 a 0 no Univ. Cesar Carrillo do Peru e tem em seu goleiro o principal destaque da equipe. O São Paulo é favorito para passar à final e com possibilidade de pegar Boca Juniors, River Plate, Estudiantes ou Cerro Porteño, todos adversários tradicionalíssimos no continente.
O Tricolor se empenha para conquistar um título no ano, que se torna cada vez mais importante, pela afirmação do time brasileiro com mais triunfos internacionais, seria o décimo terceiro, pela breve volta do ídolo Kaká, pelo M1T0 e capitão Rogério Ceni, que vai se aposentar e nada melhor para encerrar a carreira vitoriosa do que com esse bicampeonato, pela possibilidade de disputar outros campeonatos internacionais em 2015, incluindo a Libertadores, pela dupla recuperação de Muricy Ramalho, que veio ano passado para salvar o time de um rebaixamento eminente e que esse ano foi internado com problemas cardíacos no meio da temporada, pelo que vem jogando o time inteiro.
 
 

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