Um brasileiro, uma paixão adormecida

Publicado  domingo, 2 de novembro de 2008

Neste final de semana, houve o desfecho do campeonato mais disputado de todos os tempos já visto na Fórmula 1 em Interlagos, São Paulo, com a consagração de Lewis Hamilton como o campeão mais jovem da história da categoria. Com 98 pontos, superou seu concorrente direto, o brasileiro Felipe Massa, por apenas um ponto e com um final dramático para a corrida que teve oportunidades diversas.

Massa conquistou a pole no sábado e Hamilton foi apenas o quarto colocado. O piloto da Ferrari precisava de uma combinação de resultados para obter o título: necessitava da vitória e que o piloto da McLaren chegasse no máximo em sexto ou se chegasse em segundo, o inglês somente poderia chegar em oitavo.

O imponderável começou marcar sua presença momentos antes da largada com uma leve chuva que serviu para alterar as táticas de todos presentes na pista. Tiveram que mudar o tipo do pneu para intermediário. O começo da corrida foi adiado por dez minutos.

Passado esse tempo, a largada foi tranqüila para os primeiros, que mantiveram suas posições, mas no pelotão foi tumultuada. David Coultard tocou nos dois carros da Williams e ficou atravessado na segunda perna do S do Senna. Assim, acabava a carreira do escocês que havia disputado 246 GPs. Quase simultaneamente, na curva seguinte, Nelsinho Piquet rodou sozinho, bateu e se despediu da prova. Desse modo, o carro de segurança entrou na pista, para que os acidentados pudessem ser retirados. Quando a corrida voltou à sua normalidade, o traçado foi secando gradativamente e obrigou uma nova mudança de estratégia, com a antecipação da parada para troca de pneus e reabastecimento. No retorno, Massa ainda se encontrava em primeiro, mas Hamilton estava apenas em sétimo. Nesse momento o campeonato estava voltado para o brasileiro. Contudo, algumas voltas depois, o inglês recuperou dois postos e a taça estava novamente em suas mãos.

O alemão prodígio, Sebastian Vettel, da STR, pressionou o piloto da Ferrari por algum tempo mas teve que fazer uma parada a mais que todos os outros, pois corria com o carro mais leve sendo necessária mais uma parada para reabastecer.

Faltando sete voltas para o final, mais uma vez o improvável deu o ar de sua graça no circuito, trazendo novamente a chuva para apimentar o drama. A princípio, não foi forte e os pilotos tentaram se manter na pista, mas tão logo a quantidade de água aumentou que todos se viram obrigados a parar para trocar novamente os pneus faltando quatro voltas, menos outro alemão, Timo Glock, da Toyota, que se aproveitou para saltar para o quarto lugar. Massa era o primeiro, Fernando Alonso vinha mais atrás, acompanhado do companheiro do brasileiro, o finlandês Kimi Räikkönen. Hamilton em quinto seguido de perto por Vettel.


A duas voltas do final, Hamilton errou na curva que dá para reta de chegada e o alemão passou. A torcida entrou em êxtase, pois o título caia no colo do brasileiro. Pela primeira vez, um piloto do Brasil tinha a chance de conquistar a tão sonhada glória de ser o melhor do mundo em casa. Faltava apenas conduzir o carro para que o roteiro de final feliz acabasse com um jejum de dezessete anos. O último campeão nacional foi Ayrton Senna, em 91, dirigindo uma McLaren.

Mas como o próprio Felipe Massa disse: "a corrida acaba só depois da bandeirada final. Assim é esse esporte." Felipe cruzou a linha de chegada em primeiro, obtendo sua décima vitória na carreira, a sexta neste ano e a segunda em Interlagos. Mas na mesma curva que Hamilton tinha escapado, Vettel e ele ultrapassaram Timo Glock faltando menos de 500 metros para a chegada. Como o piloto da Toyota arriscou ao não trocar os pneus, arriscou também para se manter na pista e pagou caro. Não conseguiu tracionar o carro na saída da curva fechada e defender a posição. Neste momento Massa comemorava, assim como toda sua equipe e seus familiares. Quando se deram conta que Lewis havia cruzado em quinto lugar, pairou um ar de perplexidade no autódromo. Ninguém entendia direito ou não queria acreditar no que estava acontecendo: Lewis Hamilton era campeão mundial de Fórmula 1 no Brasil. Nunca a música da vitória foi tão fúnebre como neste grande prêmio.

No pódio, Massa ouviu o hino, bateu no peito mostrando garra, se emocionou, recebeu pela segunda vez o troféu de vendedor do GP Brasil, foi ovacionado pela torcida, porém a comemoração acontecia na parte de baixo, com Lewis, seus mecânicos e engenheiros e seus familiares. À Ferrari, sobrou o consolo de campeã de construtores pela segunda vez seguida, a 16ª em toda história.

O mais importante, todavia, foi o resgate que Felipe proporcionou ao longo da temporada aos brasileiros, que não viam mais graça em assistir corridas após a morte do tricampeão Ayrton. Trouxe de volta a paixão e o fanatismo que o povo tem pelas disputas, pelas divididas e frenadas, pelas ultrapassagens, o orgulho de ver a bandeira no alto do pódio e ouvir o hino, a vontade de acordar todo domingo de manha para acompanhar mais um grande espetáculo e torcer pela música tema que vem regendo as vitórias desde Nelson Piquet. Particularmente, trouxe a emoção para os olhos de quem aqui escreve, que acompanha fervorosamente a categoria há tantos anos mesmo sem brasileiros disputando campeonatos, e que voltou a ter um ídolo para admirar e respeitar. Principalmente, trouxe de volta a vontade e o ímpeto de escrever e relatar os acontecimentos esportivos.

Fica as congratulações para Lewis, contudo, ao mesmo tempo, fica a esperança que 2009 será outro grande campeonato para todos os amantes da Fórmula 1 pelo o mundo e que dessa vez Felipe Massa consiga trazer esta alegria, colocando seu nome na história dos maiores de todos os tempos.

Fim de semana para todos os gostos

Publicado  segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Nesse final de semana ocorreram vários eventos diferentes por boa parte do mundo, como Eliminatórias da Copa na Europa e América do Sul, finais de Grand Slam nos EUA, assim como a final da Fórmula Indy, uma corrida controversa de Fórmula 1 na Bélgica, complemento da rodada do Campeonato Brasileiro e na China começaram as Para-Olimpíadas e com medalhas para o Brasil.
No sábado, pelo nacional de futebol, foram disputados quatro jogos que encerraram a 24ª rodada: no Maracanã, o Grêmio perdeu a chance de ampliar a liderança com um empate sem gols contra o Fluminense. O Inter ganhou em casa da Portuguesa por 1 a 0 e mesmo assim recebeu vaias. O Botafogo conseguiu uma importante vitória fora contra o Coritiba por 1 a 0. O Náutico bateu o fraco Ipatinga por 2 a 0. Outros resultados da rodada, que foi fragmentada por causa dos jogos das Eliminatórias:
Goiás 4 x 0 Atlético-PR; Santos 2 x 0 Vitória; Figueirense 2 x 3 Flamengo; Atlético-MG 1 x 1 São Paulo; Vasco 1 x 3 Cruzeiro; e Palmeiras 0 x 3 Sport.
No mesmo dia ainda, a 7 ª rodada das Eliminatórias Sul-americanas teve início com a Argentina empatando em casa com o Paraguai, 1 a 1; a Colômbia perdendo em Bogotá para o Uruguai por 1 a 0, resultados que favoreciam o Brasil; e ainda teve Equador 3 x 1 Bolívia e Peru 1 x 0 Venezuela. No dia seguinte a seleção comandada por Dunga, muito criticada antes da partida, foi a Santiago do Chile e venceu de maneira convincente os donos da casa por 3 a 0 com dois gols de Luís Fabiano e um de Robinho. Fez uma grande apresentação e tirou proveito de seus principais adversários para subir para o segundo posto geral com 12 pontos, dois a menos que o líder Paraguai. Na terça e quarta desta semana, terá mais um jogo para cada seleção.
Pelo velho continente, também houve disputa nos gramados, começando a trilhar o caminho para a África do Sul em 2010. Grupo 1: Portugal venceu fora Malta por 4 a 0 e Suécia apenas empatou com a Albânia sem gols. Grupo 2: Grécia venceu Luxemburgo por 3 a 0. Grupo 3: a seleção mais forte do grupo, Rep. Tcheca, não jogou e Polônia empatou em 1 a 1 com a Eslovênia. Grupo 4: Alemanha atropelou Liechtenstein, jogando fora, por 6 a 0. Grupo 5: Turquia venceu a Armênia por 2 a 0. E a atual campeã europeia, Espanha, teve trabalho para vencer, em casa, a Bósnia-Herzegóvina por 1 a 0. Grupo 6: Ucrânia, Inglaterra e Croácia venceram seus jogos. Grupo 7: a maior zebra ficou por contra da França que perdeu para a Áustria por 3 a 1 em Viena.
Grupo 8: a Itália ganhou nos últimos minutos de Chipre por 2 a 1. Grupo 9: a Noruega empatou, Escócia perdeu e a Holanda não jogou esta primeira rodada.
Ainda no mesmo continente, mas agora mudando para as pistas, Felipe Massa teve sorte e venceu o GP da Bélgica de Fórmula 1. Na corrida o piloto largou em segundo, atrás de Lewis Hamilton, que viria a ganhar a prova na pista, mas foi punido depois de ter recebido seu troféu. O brasileiro foi ultrapassado por seu companheiro, Kimi Räikkönen. Este também se aproveitou da pista úmida no começo da corrida e do erro do inglês na segunda volta para tomar a liderança. A prova continuou seu percurso normal e se encaminhava para uma grande vitória do finlandês. Mas faltando 3 voltas para o final, começou a chover forte em todo o circuito de Spa-Francorchamps e Hamilton descontou a diferença e veio passar o adversário na última freada antes de completar a volta. Passou, mas também passou reto na chincane, o que obrigou o piloto da McLaren a devolver a posição para o carro da Ferrari. Aí entra a sorte de Felipe Massa. Quando Lewis devolveu a posição para Kimi, ele voltou tirando proveito para ultrapassar novamente. Isto, pelas regras da FIA (Federação Internacional de Automobilismo), não é permitido. Logo em seguida, Kimi não conseguiu manter o carro na pista e rodou duas vezes antes de bater contra o muro de proteção. Hamilton completou em primeiro, Massa em segundo e Nikki Hiedfeld, da BMW, em terceiro. Mas algumas horas depois da prova encerrada, os comissários encarregados puniram com 25 segundos o inglês, rebaixando-o para a terceira colocação. Assim a vitória caiu no colo do brasileiro. Agora a situação do campeonato segue com Hamilton na frente com 76 pontos, apenas dois a mais que o brasileiro, que está mais vivo do que nunca pela disputa. Quem se distanciou foi Kimi, que estacionou nos 58 pontos. Faltando 5 corridas, se torna muito difícil para o "Homem de Gelo" conquistar o bi. Mas como no ano passado ele descontou praticamente a mesma diferença em poucas etapas, não dá para prever seu futuro.
Continuando nas pistas, no circuito oval de Chicago, o neo-zelandês Scott Dixon conquistou o título da Fórmula Indy ao chegar em segundo lugar numa disputa emocionante com o brasileiro e concorrente direto, Hélio Castroneves. O brasileiro venceu a prova por apenas 0,003s de diferença. O piloto da Penske precisava ganhar e torcer para seu rival chegar apenas na 11 colocação para trazer a conquista novamente para o país. Tony Kanaan terminou a prova em quarto e o campeonato em terceiro.
Indo um pouco para leste, em Nova Iorque, nas quadras do US Open, Serena Williams venceu pela terceira vez o último Grand Slam do ano. Ela bateu a sérvia Jelena Jankovic por 2 sets a 0, com parciais de 6-4 e 7-5. Com essa vitória, a americana voltou a ocupar o posto de nº 1 do mundo. Pelo masculino, a chuva atrasou as partidas finais e a última, só pôde ser disputada na segunda-feira, pelo suíço Roger Federer e o britânico Andy Murray. E Federer deu uma aula de tenis e venceu facilmente seu adversário por 3 sets a 0, com parciais de 6-2, 7-5 e 6-2, com apenas 1h50 de jogo. É a primeira vez que um tenista se torna pentacampeão seguido do torneio, é o primeiro a se tornar pentacampeão de dois Grand Slams, o outro foi Wimbledon, foi o 56º título do suíço e o 13º dos maiores torneios da temporada e está apenas a um do record do americano Pete Sampras.

Carros e motos no fim de semana

Publicado  quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Neste fim de semana, vários eventos motorizados importantes, como a Fórmula Indy, a Stock Car e a MotoGP, aconteceram pelo mundo. Estes acontecimentos se tornam mais relevantes pela proximidade das finais destes campeonatos e pela grande disputa que há para saber quem será coroado em cada categoria.
Começando por carros monopostos, foi disputada a penúltima etapa da Fórmula Indy, no travado circuito de Detroit. O brasileiro Hélio Castroneves liderava a prova até a parada final de boxes, quando seu carro (Penske) voltou sem render com toda potência, perdeu velocidade e teve que defender a posição contra o britânico Justin Wilson. Mas numa destas defesas, a comissão de corrida julgou que Hélinho fez duas manobras, o que não é permitido no automobilismo. Assim, teve que deixar seu oponente passar. Não conseguiu retomar a colocação e terminou em segundo. Outro brasileiro, Tony Kanaan, completou o pódio. A situação para definição do título ficou com o neo-zelandês Scott Dixon com 606 pontos e Hélio com 30 a menos, único que pode tirar a glória de Dixon. Ainda tem 53 pontos em disputa e o brasileiro precisa de uma combinação de resultados para sagrar-se o maior da temporada em Chicago.
Na chamada "Corrida do Milhão", o paraibano Valdeno Brito venceu no circuito de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, e ganhou US$ 1 milhão, a maior premiação esportiva no Brasil. Cacá Bueno, bicampeão da categoria, estava na liderança até poucas voltas para o final. Seu carro praticamente parou e só foi terminar em nono, a liderança caiu no colo do piloto da Medley. Luciano Burti foi o segundo e Marcos Gomes, o terceiro. Faltando cinco corridas para o final, Gomes lidera com 126 pontos, Ricardo Maurício tem 113 e Thiago Camilo, 85.
Nas duas rodas, The Doctor, como é conhecido o italiano pentacampeão Valentino Rossi, venceu mais uma, desta vez, perto de casa, em San Marino. Pela terceira vez seguida, se beneficiou da queda de seu concorrente, o australiano Casey Stoner, para vencer. Foi a vitória de número 68 na categoria principal, se igualando ao grande Giacomo Agostini. Foi a 700ª de italianos na motovelocidade. O pódio foi completado pelo companheiro do italiano, o espanhol Jorge Lorenzo e seu conterrâneo, Toni Elias. Faltam cinco corridas para o final e Rossi tem 75 pontos a mais que Stoner, 262 a 187. Dois pontos atrás está outro espanhol, Daniel Pedrosa.

Resumo da rodada - Série A 30-31/08

Publicado  segunda-feira, 1 de setembro de 2008

A 23ª rodada do campeonato brasileiro foi marcada por muitos empates, ao todo foram 6 resultados equivalentes, que implicaram em pouca mudança na classificação geral do campeonato. Os grandes beneficiados foram os líderes Grêmio e Palmeiras que abriram vantagem do resto do grupo que briga para estar no G-4.
No sábado, o Botafogo deixou escapar uma ótima oportunidade de confirmar a boa campanha e se firmar na zona da Libertadores, ao empatar em casa com o Náutico por 1 a 1. O time de Pernambuco, por sua vez, continua na briga para se livrar do rebaixamento, fazendo uma campanha discreta e amargurando a 17ª colocação. Os gols foram marcados por Carlos Alberto e Adriano, respectivamente. Ainda no mesmo dia, o Vitória também perdeu a chance de dormir no G-4 com o empate sem gols contra o Ipatinga. Já o Goiás subiu bem com a vitória sobre o Figueirense por 2 a 0, com gols de Iarley e Romerito.
No domingo, o Grêmio manteve a vantagem de cinco pontos para o segundo colocado, Palmeiras, pois os dois venceram jogos, que eram para ser mais fáceis do que foram. O tricolor gaúcho venceu o Vasco em casa por 2 a 1, gols de Soares e Marcel contra o de Alan Kardec, mesmo resultado do alve-verde contra o Atlético-PR, na Arena da Baixada, com dois gols de Diego Souza contra um de Alan Bahia. O Sport ultrapassou o Internacional na classificação, depois de tê-lo vencido pelo placar de 1 a 0, gol de Dutra. No jogo dos desesperados, Portuguesa e Atlético-MG empataram no Canindé por 1 a 1. Os gols foram marcados por César Prates e Washington.
O Cruzeiro viu os líderes se distanciarem ao empatar em casa com o Coritiba por 1 a 1. Espinoza marcou para a Raposa, que ainda teve um penalti desperdiçado com o artilheiro Guilherme e foi castigada no fim da partida pelo Coxa-Branca, que tinha um jogador a menos e mesmo assim conseguiu marcar com Tiago Silvy.
Nos clássicos regionais, o equilíbrio se fez presente, apesar de situações diferentes no campeonato. No Morumbi, o São Paulo jogo contra o Santos, um querendo voltar ao G-4 e o outro querendo sair da penúltima colocação. A partida foi pouco produtiva para os dois lados, que tiveram de se contentar com um empate sem gosto e sem gols. No Maracanã, ao contrário, a partida com mais gols na rodada, quatro, dois para cada lado. O Flamengo busca voltar sua boa fase que teve no início do torneio e o Fluminense querendo sua reabilitação depois do fracasso da Libertadores e sair da briga pelo rebaixamento. Conca e Maurício converteram para o Flu e Marcelinho Paraíba e Klebérson, aos 44min do segundo tempo, igualaram para o Fla.

Atlético-PR, Botafogo e Inter avançam

Publicado  quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Nesta semana, foram disputadas três partidas de volta, válidas pela primeira fase da Copa Sul-Americana. No Morumbi, o "expressinho" do São Paulo perdeu nos pênaltis para o Atlético-PR e no Mineirão, o Botafogo goleou o Atlético-MG e transformou o ano do centenário do Galo em pesadelo. E o Internacional se classificou em pleno Olímpico, eliminando seu maior rival, o Grêmio.
Em São Paulo, o time tricolor, priorizando a disputa para chegar ao G-4 no campeonato brasileiro, jogou com a equipe reserva, tendo a maioria dos jogadores idade baixa, como Oscar de apenas 16 anos. Grande parte deles vem da categoria de base são-paulina. E pagou o preço pela falta de experiência. O jogo foi equilibrado, com chances para os dois lados, mas ninguém conseguiu mudar o placar inicial. Esse era o único resultado que levaria a disputa para as cobranças de pênalti, pois no jogo anterior, na Arena da Baixada, esse também tinha sido o placar. Rogério Ceni, único titular presente, começou convertendo sua oportunidade. Alan Bahia bateu no travessão. Juninho chutou mal e Vinícius defendeu para o Atlético. Antônio Carlos empatou a disputa. A disputa permaneceu empatada após a cobrança seguinte de cada time, mas depois veio Oscar, que perdeu também sua oportunidade. Todos os outros cobraram e converteram. Final, São Paulo 3 x 4 Atlético-PR nos pênaltis.
No Mineirão, o Atlético-MG tomou uma goleada do Botafogo. O placar foi 5 a 2 com dois gols de Lucio Flavio, um de Jorge Henrique, outro de Carlos Alberto e um contra de Leandro Almeida. Lenílson descontou duas vezes. O time carioca já havia vencido por 3 a 1 no Engenhão. E confirmou a boa fase que vive, inclusive no campeonato nacional, no qual se encontra entre os primeiros colocados. O Atlético, por sua vez, continua devendo atuações melhores para se livrar da incômoda ameaça de rebaixamento.
No clássico gaúcho, o Grêmio jogou com o time misto, uma vez que sua prioridade é manter a liderança do Brasileirão. Com isso, o Inter, que se encontra em uma posição intermediária na tabela, tirou proveito da situação. Mas como todo Gre-Nal, não foi fácil. Apenas no segundo tempo, Nilmar, convocado para a seleção para os jogos das Eliminatórias, conseguiu abrir o marcador, com um golaço por cobertura no goleiro. Índio ampliou de cabeça. Mas os tricolores foram atrás e empataram com Perea e Soares, que se aproveitou da falha do goleiro Clemer. Daí até o final, ninguém mais marcou. O primeiro jogo tinha sido 1 a 1, no Beira-Rio. Como tem o critério de gols fora de casa, os colorados levaram a melhor e seguem na competição.
Ainda nessa semana, o Boca Juniors conquistou mais um título ao empatar com o Arsenal (ARG) em 2 a 2. Agora o Boca é tetracampeão da Recopa Sul-Americana, campeonato em que o vencedor da Libertadores e da Sul-Americana do ano anterior se enfrentam em dois jogos para saber quem é o melhor da América Latina. O Boca venceu o primeiro jogo por 2 a 1. E igualou o número de títulos internacionais com o Milan (ITA), 18 para cada lado.

Uma medalha de ouro, em Valência

Publicado  quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Neste fim de semana, ao mesmo tempo que ocorria a cerimonia de encerramento das Olimpíadas, vinha uma última "medalha de ouro" para o Brasil, em um esporte que não participa dos Jogos e em outro país. Foi na Fórmula 1, em Valência, com Felipe Massa. O piloto da Ferrari, conquistou sua 4ª vitória na temporada, mesmo número que seu concorrente ao título, Lewis Hamilton, da McLaren, que chegou em segundo lugar nesta etapa.
No novo e travado circuito espanhol, nova sede do GP da Europa, o brasileiro esteve bem o fim de semana todo e concretizou a boa atuação com uma vitória para não deixar dúvidas de que está, de fato, na briga pelo campeonato. Ele já havia feito a pole no sábado e se aproveitou do traçado, que é inspirado em Mônaco e não tem pontos de ultrapassagem, para, na largada, manter seu posto e não sair mais. Aliás, os três primeiros chegaram na ordem que chegaram, o brasileiro, o inglês Hamilton e o polonês Robert Kubica, da BMW. Com isso, Felipe descontou dois pontos na classificação geral e agora está a seis do líder Hamilton, que soma 70. A Ferrari lidera o mundial de construtores com 121 pontos contra 113 da McLaren.
O único perigo que Felipe correu durante a prova foi um erro que a equipe cometeu na saída de pit-stop, no qual deveriam ter segurado o piloto alguns segundos a mais, mas liberaram-no na mesma hora em que o retardatário Adrian Sutil passava, quase bateram, mas Massa recolheu bem para evitar a batida. Mas esse não foi o pior para a escuderia. O outro piloto, o finlandês Kimi Räikkönen, atropelou o mecânico responsável pelo reabastecimento, em saída precipitada, e teve seu motor quebrado a poucas voltas do final.
A torcida teve também sua decepção ao ver o piloto da casa, Fernando Alonso, da Renault, ser tocado na traseira por Kasuke Nakagima, da Williams, e ter que abandonar a prova na primeira volta. Os outros brasileiros, Neslinho Piquet, da Renault, e Rubens Barrichello, da Honda, fizeram corridas apagadas e terminaram, respectivamente, em 11º e 16º lugares.
Esta foi a primeira vez que os pilotos correram nesse circuito, antes a sede do GP da Europa era em Nurburgring, na Alemanha. A próxima etapa ocorrerá no dia 07 de setembro no veloz circuito de Spa-Francorchamps, na Bélgica, que volta ao calendário da F-1, depois de alguns anos afastado.

O balanço do Brasil, saldo: poderia ser melhor

Publicado  terça-feira, 26 de agosto de 2008

Avaliando a participação brasileira no Jogos Olímpicos de Pequim 2008, podemos constatar que não foi a melhor que tivemos em Olimpíadas. O desempenho foi aquém do esperado e conquistamos menos medalhas de ouro. Nesta edição foram apenas três contra as cinco de Atenas 2004, nossa melhor participação.
No geral, tivémos o mesmo número de medalhas de Atlanta 96, 15 no total, nosso recorde até então. Apesar de termos conquistado medalhas inéditas, caso dos três ouros e os bronzes no judô e taekwondo femininos, deixamos de ganhar outras medalhas, como do Diego Hipólito, Jardel Gregório, Jade Barbosa, Fabiana Murer, Tiago Camilo e João Derly ou melhorado as conquistadas como no futebol masculino e feminino, vôlei de quadra e de praia. Ainda teve esportes que tradicionalmente nos dão medalhas de ouro como a vela, que trouxe uma prata e um bronze, e o hipismo, que não trouxe medalha nenhuma. Na natação, podia-se não ter dependido de apenas um atleta, uma vez que tinhamos ao menos mais dois para conseguir medalhas. Na maratona, também não tivémos bom rendimento. Basquete feminino, que nos últimos tempos tem sempre chegado entre os primeiros, com alguns pódios, desta vez ficou pelo caminho.
Foi a maior delegação brasileira com 277 esportistas, sendo 137 mulheres, que foram responsáveis por grante parte das conquistas individuais e coletivas, chegamos a um maior número de finais e condições de disputa de medalha, mas não soubemos aproveitar, devido ao pouco desenvolvimento psicológico dos atletas e a falta de capacidade de suportar pressão. Mesmo tendo sido aprovada a lei de incentivo ao esporte entre o fim de 2004 e o começo de 2005, para que desse tempo dos atletas se planejarem para o ciclo, não deu tão certo como se esperava. Mas o caminho é por aí. Tem que continuar investindo porque, assim, num projeto de longo alcance formaremos mais campeões olímpicos com mais capacidade.

Acabou. Agora, 4 anos para Londres 2012!

Publicado  segunda-feira, 25 de agosto de 2008

O maior espetáculo da Terra que a humanidade já viu, proporcionado pelos chineses, teve seu final apoteótico neste domingo às 8h da noite, horário local. Os Jogos Olímpicos de Pequim 2008 acabaram, heróis foram coroados, records foram quebrados, límites foram superados, lagrimas foram derramadas, sorrisos foram estampados e mais uma vez o planeta inteiro se emocionou.
A XXIX edição das Olimpíadas consagrou grandes nomes do esporte, como Michael Phelps, o maior nome entre todos, Yelena Isinbayeva, Usain Bolt e Rafael Nadal. Cada um com sua nacionalidade e seu esporte. Todos confirmaram seus favoritismos e venceram todas as provas que disputaram. Brasileiros também foram enaltecidos e o hino nacional foi tocado, com nomes de César Cielo Filho, Maurren Higa Maggi e as meninas do volei, Mari, Fofão, Walewska, Fabiana, Paula Pequeno, Sheila, Fabi, etc. que fizeram nossos corações baterem mais acelerado. Outros nomes também tiveram destaque como os chineses Yao Ming, Liu Xang e Chen Xiexia, os argentinos Manu Ginobbli e Lionel Messi, os americanos Kobe Briant, Dalhausser, Rogers e Staley, entre tantos outros destaques.
Mais um ciclo olímpico foi encerrado e com ele, mais uma página histórica foi escrita com muito suor e dedicação. A tristeza fica no ar para todos os amantes do esporte. Mas ao mesmo tempo, renovam-se as esperanças e começa a contagem novamente, agora para Londres 2012. Faltam 4 anos apenas. É tempo de se planejar, evoluir, melhorar, competir para chegar lá como diz o tema das Olimpíadas: "Higher, Faster, Stronger". Logo em breve, já é tempo de treinar novamente, para mais records serem batidos e outras medalhas serem alcançadas.
E o Brasil não pode ficar para trás. É necessário mais investimentos, criar centros de excelência, condições adequadas de treinamento, massificar esportes menos conhecidos, dar patrocínio, trabalhar a parte psicológica e física. Pode parecer um desejo utópico, mas para um país que tem vocação para o esporte e que conquista muitos bons resultados apenas com seus próprios esforços, deveria ter mais cuidado com seus atletas para que eles possam trazer mais alegrias para um povo que é sofrido, mas que se orgulha e se emociona de torcer por nomes até desconhecidos.
Ficam aqui as imagens da cerimônia de encerramento. Junto com elas, a tristeza de uma despedida, mas também a alegria de ter acompanhado, quase na íntegra, a maior celebração que o esporte pode proporcionar e, assim, informar com o máximo de precisão sobre muitos eventos. Gostaria de poder explicar mais partes técnicas, de mencionar mais resultados, porém não foi possível, por ser um acontecimento de proporções inimagináveis. Mas, desde já, agradeço a atenção e a disposição de quem leu e pôde aprender alguma coisa ou saber de algum resultado. O trabalho segue, novas competições com mais informações. Guardo com muito carinho na memória toda a cobertura que fiz e termino com um pouco mais de experiência do que quando comecei. E vou cumprir com minha promessa de buscar o esporte pelo mundo e repassá-lo aqui no blog Esporte pelo Juva. Que a chama olímpica permaneça acesa em nossos corações. Até Londres 2012!

ONE DREAM ONE WORLD.