Em uma semana com muitos jogos importantes da Libertadores, o fato que marcou não foi o futebol apresentado dentro de campo, mas quatro casos de racismo que diversos países sul-americanos tiveram contra brasileiros. Ao invés de apontar tochas e lanças, cabe lamentar a fraqueza alheia e cobrar punições pela CONMEBOL.
O futebol é visto, muitas vezes, como uma batalha campal, quando não, uma guerra. E, na guerra, vale tudo? Eticamente, não deveria valer certos artifícios. Contudo, a quem é mais fraco e está perdendo bate o desespero e o instinto de sobrevivência fala mais alto. Aí, vem o golpe baixo para tentar desestabilizar o lado dominante do confronto. Assim pode ser traduzido o racismo, tanto na vida, quanto no futebol. Pare para pensar, qual objetivo de um "asno" imitar um macaco virado para a torcida adversária e nem sequer estar prestando atenção ao jogo? Na prática, isso é para irritar os torcedores, transmitir isso para os jogadores e, em uma consequência muito extrema, promover uma expulsão, "tentar igualar" a briga.
Lógico que o ato de ser racista é criminoso, ofensivo à moral da sociedade e extremamente doloroso a quem sofre essa ação. Não é preciso discutir mais do que hoje já temos de entendimento do assunto. Temos que lutar para orientar novas gerações não agir como acontece no presente. Para estes está mais do que na hora de punições severas para coibir novos atos esdrúxulos. Em quase todos os casos dessa semana foi possível identificar com imagens o criminoso. Não é caso de um país isolado. Teve argentino do Boca contra o Corinthians e outro do Estudiantes contra o Red Bull Bragantino. Mas também teve equatoriano contra o Palmeiras e, ontem (28), chileno contra o Flamengo. Há algumas semanas teve o caso do argentino do River Plate contra o Fortaleza. Antes de apontar o dedo para os outros, os próprios brasileiros são racistas entre si. O caso mais emblemático foi da expectadora do Grêmio que foi flagrada falando "MA-CA-CO" para o goleiro Aranha que defendia o Santos, mas basta fazer um exercício de busca que será encontrado inúmeras notícias sobre o tema. Também é preciso dizer que não há um mundo perfeito lá fora, a Europa deve ser campeã de casos, a cena que vem à cabeça é a banana jogada para Daniel Alves, que ia bater um escanteio para o Barcelona, e ele comeu a fruta.
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| Veja quantos patrocinadores estão envolvidos na Libertadores e precisam se posicionar sobre ser conivente com racismo. Crédito da imagem: Twitter | 
Retomando a linha de raciocínio, tirando o caso do Estudiantes, que é o único sem imagem e que o time argentino venceu, todos os outros estão se vendo inferiores aos brasileiros. O Boca perdeu categoricamente para o Timão por 2 a 0, em Itaquera, e quer levar esse clima hostil para a Bombonera. O Emelec tomou 3 a 1 em casa para o time misto do Palmeiras e deve sofrer uma goleada ainda maior quando vier ao Allianz. A Universidad Católica até trouxe dificuldades, mas o Flamengo venceu por 3 a 2, fora de casa, e é um dos favoritos ao título, o que não é possível dizer de nenhum chileno.
O Brasil é, inclusive, um importador de pés-de-obra desses países. O lateral direito chileno Isla, ironicamente, defende as cores do Flamengo, o argentino Calleri e o equatoriano Arboleda são muito bem quistos pelo São Paulo, o paraguaio Goméz e o uruguaio Piqueréz compõem a zaga do Palmeiras, o colombiano Cantillo já foi apontado como volante importante no Corinthians. Ou seja, os clubes brasileiros são empregadores de talentos que surgem nesses países e impulsionadores para levá-los para grandes centros.
Ao mesmo tempo que emerge um sentimento de indignação e revolta, tem um ar de coitadismo para essas cabeças pequenas e frágeis que não têm bola para competir conosco. Não há força econômica e de habilidade de bola que consiga competir contra os brasileiros nos últimos três anos dentro da Libertadores e o mesmo está começando a acontecer na Sudamericana. Quem precisa tomar uma atitude mais enérgica é a CONMEBOL, que rege essas competições. Ao culpabilizar também os clubes com multas pesadas financeiras e perdas de pontos no aspecto desportivo, deve começar a ter um efeito prático. Caso haja reincidência, eliminação direta do torneio no ano, multas ainda maiores e impedimento do clube participar nas próximas edições vai fazer os próprios torcedores inibirem esses asquerosos vermes de agirem e serão obrigados a ficar em seus ninhos quietos. Sempre serão vermes e nada além disso!

 
 

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