Ser racista no futebol é o golpe mais baixo do fraco

Publicado  sexta-feira, 29 de abril de 2022

Em uma semana com muitos jogos importantes da Libertadores, o fato que marcou não foi o futebol apresentado dentro de campo, mas quatro casos de racismo que diversos países sul-americanos tiveram contra brasileiros. Ao invés de apontar tochas e lanças, cabe lamentar a fraqueza alheia e cobrar punições pela CONMEBOL.


O futebol é visto, muitas vezes, como uma batalha campal, quando não, uma guerra. E, na guerra, vale tudo? Eticamente, não deveria valer certos artifícios. Contudo, a quem é mais fraco e está perdendo bate o desespero e o instinto de sobrevivência fala mais alto. Aí, vem o golpe baixo para tentar desestabilizar o lado dominante do confronto. Assim pode ser traduzido o racismo, tanto na vida, quanto no futebol. Pare para pensar, qual objetivo de um "asno" imitar um macaco virado para a torcida adversária e nem sequer estar prestando atenção ao jogo? Na prática, isso é para irritar os torcedores, transmitir isso para os jogadores e, em uma consequência muito extrema, promover uma expulsão, "tentar igualar" a briga.
Lógico que o ato de ser racista é criminoso, ofensivo à moral da sociedade e extremamente doloroso a quem sofre essa ação. Não é preciso discutir mais do que hoje já temos de entendimento do assunto. Temos que lutar para orientar novas gerações não agir como acontece no presente. Para estes está mais do que na hora de punições severas para coibir novos atos esdrúxulos. Em quase todos os casos dessa semana foi possível identificar com imagens o criminoso. Não é caso de um país isolado. Teve argentino do Boca contra o Corinthians e outro do Estudiantes contra o Red Bull Bragantino. Mas também teve equatoriano contra o Palmeiras e, ontem (28), chileno contra o Flamengo. Há algumas semanas teve o caso do argentino do River Plate contra o Fortaleza. Antes de apontar o dedo para os outros, os próprios brasileiros são racistas entre si. O caso mais emblemático foi da expectadora do Grêmio que foi flagrada falando "MA-CA-CO" para o goleiro Aranha que defendia o Santos, mas basta fazer um exercício de busca que será encontrado inúmeras notícias sobre o tema. Também é preciso dizer que não há um mundo perfeito lá fora, a Europa deve ser campeã de casos, a cena que vem à cabeça é a banana jogada para Daniel Alves, que ia bater um escanteio para o Barcelona, e ele comeu a fruta.
Veja quantos patrocinadores estão envolvidos na Libertadores
e precisam se posicionar sobre ser conivente com racismo.
Crédito da imagem: Twitter

Retomando a linha de raciocínio, tirando o caso do Estudiantes, que é o único sem imagem e que o time argentino venceu, todos os outros estão se vendo inferiores aos brasileiros. O Boca perdeu categoricamente para o Timão por 2 a 0, em Itaquera, e quer levar esse clima hostil para a Bombonera. O Emelec tomou 3 a 1 em casa para o time misto do Palmeiras e deve sofrer uma goleada ainda maior quando vier ao Allianz. A Universidad Católica até trouxe dificuldades, mas o Flamengo venceu por 3 a 2, fora de casa, e é um dos favoritos ao título, o que não é possível dizer de nenhum chileno.
O Brasil é, inclusive, um importador de pés-de-obra desses países. O lateral direito chileno Isla, ironicamente, defende as cores do Flamengo, o argentino Calleri e o equatoriano Arboleda são muito bem quistos pelo São Paulo, o paraguaio Goméz e o uruguaio Piqueréz compõem a zaga do Palmeiras, o colombiano Cantillo já foi apontado como volante importante no Corinthians. Ou seja, os clubes brasileiros são empregadores de talentos que surgem nesses países e impulsionadores para levá-los para grandes centros.
Ao mesmo tempo que emerge um sentimento de indignação e revolta, tem um ar de coitadismo para essas cabeças pequenas e frágeis que não têm bola para competir conosco. Não há força econômica e de habilidade de bola que consiga competir contra os brasileiros nos últimos três anos dentro da Libertadores e o mesmo está começando a acontecer na Sudamericana. Quem precisa tomar uma atitude mais enérgica é a CONMEBOL, que rege essas competições. Ao culpabilizar também os clubes com multas pesadas financeiras e perdas de pontos no aspecto desportivo, deve começar a ter um efeito prático. Caso haja reincidência, eliminação direta do torneio no ano, multas ainda maiores e impedimento do clube participar nas próximas edições vai fazer os próprios torcedores inibirem esses asquerosos vermes de agirem e serão obrigados a ficar em seus ninhos quietos. Sempre serão vermes e nada além disso!

Comentários da rodada da Libertadores e Sudamericana, 13/04/22

Publicado  quinta-feira, 14 de abril de 2022

Libertadores e Sudamericana 12/04/22

Publicado  quarta-feira, 13 de abril de 2022

Leclerc tem dia de Schumacher e passeia no parque australiano

Publicado  terça-feira, 12 de abril de 2022


Na terceira corrida do ano da Fórmula 1, Charles Leclerc não encontrou adversários em Melbourne, venceu a segunda e se isolou na liderança do campeonato, que vai se desenhando com um tom de uma nota só, sinal das mudanças de regulamento.

Há duas temporadas que não era realizado um Grande Prêmio da Austrália, por causa das restrições impostas pela pandemia. Um mar de gente foi apoiar Daniel Riccardo e matar a saudade da principal categoria do automobilismo mundial. Cerca de 350 mil pessoas circularam nas dependências de Albert Park no último fim de semana. Falando em parque, a corrida foi um passeio que o monegasco propiciou com sua Ferrari, assim como Michael Schumacher fazia no começo do milênio com a mesma escuderia enquanto empilhava cinco títulos mundiais. Tal como o alemão, Leclerc foi imponente e não deu chance para os concorrentes, mesmo tendo duas entradas de Safety Car e todos se reagrupando. Foi tão dominante que deu voltas em alguns carros mais fracos e fez as voltas mais rápidas da prova seguidas vezes.

Assim, o desenho do campeonato vai traçando um rumo de campeão inédito e mais jovem da história. Contudo, isso não é uma certeza, tanto que a Red Bull aparenta estar nos calcanhares e não dá para desprezar o poder de desenvolvimento da Mercedes. O que está sendo visto por hora é uma Ferrari que conseguiu adaptar-se melhor às novas exigências e uma conjuntura de outros fatores que fizeram Leclerc somar 71 pontos e o segundo ter apenas 37.

Verstappen, que hoje é o principal concorrente e postulante ao bicampeonato, não concluiu as mesmas duas provas que Charles venceu. Assim como no Barhein, a unidade de potência não aguentou nos momentos finais e o holandês teve que abandonar pouco tempo depois de uma bandeira amarela. A Red Bull até enviou o motor de Max para os japoneses da Honda analisar, já que a fabricante tem partes do composto híbrido desenvolvido pela própria equipe austríaca. Um palpite é que ele não está sabendo administrar os componentes durante os momentos de baixa velocidade.

Outro que poderia ser apontado como favorito é Lewis Hamilton. O inglês está claramente desconfortável com sua Mercedes. Também pudera, já que não possui o mesmo desempenho de retas que as principais concorrentes e o bólido quica mais nos momentos que é mais exigido o "efeito-solo". Desde o ano passado, Lewis tem terminado algumas corridas exausto. Dirigir em alto nível com o preparo físico sendo extremamente desgastante, deve estar cobrando um preço, afinal estamos falando de um piloto de 37 anos, 15 temporadas seguidas disputando a parte da frente do grid. Alonso vai para 41 anos, mas está muito longe dessa disputa, mesmo continuando agressivo em sua pilotagem.

Dessa forma, George Russell, companheiro de Hamilton e com 13 anos a menos, surge como o segundo piloto mais consistente. Não teve nenhuma apresentação brilhante, mas fez uma boa apresentação na Austrália, com um terceiro lugar conquistado na estratégia e sorte de bandeira amarela na hora exata. 

Carlos Sainz, parceiro de equipe de Leclerc também deve figurar nos primeiros postos, se não cometer o mesmo erro desse domingo e afundar na brita. Vale lembrar que a próxima etapa, daqui duas semanas, é o GP da Emilia-Romagna, em Ímola, San Marino, uma das casas da Ferrari. Então começa a aumentar a pressão no espanhol, mesmo estando em terceiro no campeonato, com 33 pontos.

Se Verstappen não está respondendo como um campeão, Sergio Perez vai fazendo seu papel de segundo piloto e pontuando para a Red Bull, mostra uma crescente, com um quarto lugar na Arábia Saudita e um pódio no segundo lugar na Oceania. Hoje está com 30 pontos, dois a mais que Hamilton e cinco a mais que Max.

No mais, há uma interessante e intensa disputa para saber a qual a quarta equipe mais forte da temporada. Alpine, McLaren, Haas e Alfa Romeo vêm protagonizando um meio de grid animado com muitas ultrapassagens e alternando bons desempenhos de acordo com a característica de cada corrida. Até agora, um circuito nos moldes tradicionais, mas noturno. Outro que é pista de rua, também noturno. Este último, foi uma mistura de circuito com pista de rua, mas disputado à luz do dia e com um desgaste diferente de pneus. 


Tanto que Alexander Albon, com a Williams, surpreendeu largou em último, correu 57 das 58 voltas australianas com pneu duro e, só na última, colocou um composto macio. Foi premiado com o primeiro ponto da equipe no campeonato. O desgaste tem sido um fator determinante, principalmente pelo fato dos aros terem aumentado, então não tem uma equipe intermediária que tenha se mantido constantemente competitiva. É uma tendência a ser repetida nas próximas etapas.

Libertadores e Sul-americana 07/04/22

Publicado  sexta-feira, 8 de abril de 2022

Libertadores e Sul-americana 06/04/22

Publicado  quinta-feira, 7 de abril de 2022

Alemanha ou Holanda no grupo do Brasil pode ser ótimo caminho rumo ao hexa

Publicado  sexta-feira, 1 de abril de 2022


Finalmente chega o sorteio da FIFA da Copa do Mundo do Qatar/2022. O Brasil é um dos cabeças-de-chave do torneio. Há a possibilidade de enfrentar logo na primeira fase Alemanha ou Holanda, que estão no pote 2. Isso pode ser muito bom para a Seleção Canarinho na busca da sexta estrela.

Al Rihla, significa A Jornada, será a bola da Copa do Qatar

Nesta sexta-feira (1º de abril e não é mentira!), vão ser apontados os oito grupos com quatro seleções cada que disputarão o torneio mais visto e esperado da humanidade, a 22ª edição da Copa do Mundo de Futebol Masculino. As bolinhas que dirão quais os três primeiros confrontos de cada uma das 32 seleções começam a ser definidas às 13h (horário de Brasília). O sorteio acontece no país-sede, o Qatar, que será o primeiro país do Oriente Médio a receber a competição.

Por isso, o Qatar será cabeça-de-chave número 1 e estará no grupo A. É a seleção com ranking mais baixo da FIFA, ocupa a 51ª posição. Uma curiosidade: das 29 seleções já conhecidas, apenas Gana tem posicionamento pior, sendo a 60ª colocada. Falta definir três países, um da repescagem europeia que espera uma solução da guerra na Ucrânia, um do confronto Ásia-América do Sul e um entre Costa Rica x Nova Zelândia.


Os outros cabeças-de-chave seguem a ordem dos primeiros no ranking: Brasil, Bélgica, França, Argentina, Inglaterra, Espanha e Portugal. Significa dizer que essas seleções apenas se enfrentarão a partir das oitavas-de-final, contando que se classifiquem. Eles serão distribuídos e determinam certas particularidades para os times dos potes 2, 3 e 4.

A regra do sorteio é não enfrentar seleção do mesmo continente que o seu, com exceção da Europa, que tem 13 representantes, ou seja, cinco grupos terão dois europeus. Então, por exemplo, onde cair Argentina (pote 1) não pode ter Uruguai nos representantes do pote 2 e Equador e repescagem, do pote 4.


Assim, há possibilidades do Brasil ter um grupo muito fácil (México, Tunísia e Gana, por exemplo) ou um eventual "grupo da morte" (Alemanha, Polônia e Camarões, em um exercício de futurologia).

Idealmente, fala-se de ir em uma crescente na competição, então nenhum desses grupos estaria no melhor dos pensamentos de Tite. Buscar equilíbrio nos estilos de adversários e que consiga uma classificação tranquila, mas que possa ser desafiado para um ritmo mais forte para as fases seguintes.


Pensando em uma situação atrativa para a Copa já começar com expectativas altas, não seria ruim que tivesse em um grupo com Brasil e Alemanha ou Holanda. É a garantia de um grande jogo a ser assistido já na primeira fase e que, não necessariamente, elimine uma forte concorrente. Para o Brasil, defendo que seria o melhor cenário. Já que passou quase o ciclo inteiro sem enfrentar europeus, então teria um duelo bem considerável para se testar e ter parâmetro de forças, além de garantir que um desses não estaria no caminho já nas oitavas. Basta lembrar 2014, foram as duas derrotas da seleção (semifinal e disputa de terceiro). Claro que neste cenário seria interessante uma composição com Marrocos e Arábia Saudita ou Coreia do Sul e Gana, por exemplo. Outra curiosidade, o Brasil pode enfrentar os mesmos adversários da primeira fase da Copa da Rússia/2018: Suíça, Sérvia e Costa Rica.


De qualquer forma, acredito que o mais interessante seja "fugir" do grupo vizinho enroscado. Já que há o enfrentamento de primeiro de um grupo enfrentando o segundo do outro (A com B, B com A, C com D, D com C e assim até H com G). Então não adianta muita coisa um grupo relativamente tranquilo e esperar um adversário das oitavas que saia de um grupo com França e Holanda ou Inglaterra e Alemanha, por exemplo.