Neste domingo de páscoa, o ginasta Arthur Zanetti celebrou
mais um ano de vida, chegando à 27 primaveras. Uso esse espaço da coluna Lógos
Olympikos como forma de homenagear este campeão olímpico e herói do esporte
nacional. Não somente eu, mas toda equipe do Surto Olímpico, acreditamos que
todas as formas de reconhecimento para quem tanto se esforça em representar o
Brasil, levar o nome de nossa nação para competições internacionais e ainda é
responsável por colocar a bandeira verde e amarela no alto do pódio diversas
vezes sejam válidas e justas. Então fica aqui a saudação para o atleta.
Arthur foi convocado por Marcos Goto, coordenador técnico de
Seleções de Ginástica Artística da Confederação e treinador do atleta, para
fazer parte da equipe masculina que vai para as etapas de Copa do Mundo da
Eslovênia e Croácia que ocorrem em maio, visando a preparação para o Campeonato
Mundial, que acontece em outubro em Montreal, Canadá, e será a competição mais
importante no começo do novo ciclo olímpico. Juntamente com o ginasta de São
Caetano do Sul, foram chamados Francisco Barretto Júnior e Lucas Bitencourt dentre
os homens e Flávia Saraiva, Rebeca Andrade e Thais Fidelis dentre as mulheres.
Serão as primeiras competições para a seleção masculina, a feminina já estreou (e
bem) na Itália, no início de abril.
As competições ganham maior importância uma vez que houve
alterações no código de pontuação e nas regras de classificação para os Jogos
Olímpicos, então torna-se a oportunidade ideal para se adaptar às mudanças.
Além disso, para Zanetti é importante para medir seu nível de competição
pós-cirurgia, perceber a força em seu ombro, característica que foi tão significativa
para a conquista do ouro em Londres e prata no Rio, nas argolas. Inclusive ele
declarou que está treinando elementos novos para acrescentar um grau de
dificuldade maior à sua série.
Na última coluna, escrevi que dentre as modalidades que
podemos ter esperanças de medalhas, a ginástica artística seria uma das mais
fortes. Muito disso se deve justamente porque Arthur é um nome muito respeitado
e temido dentro da categoria que compete. É tido como um dos mais consistentes
e com uma série das mais difíceis dentre os competidores do aparelho. Sua
principal característica é a estabilidade nos momentos de maior resistência,
essencial para os jurados que avaliam as competições.
E o mais admirável é que ele treina em sua cidade natal, não
precisou morar no exterior, buscar novos métodos ou treinadores estrangeiros
para conquistar esse status, é a prova que muito trabalho e dedicação podem
fazer um campeão olímpico e mundial. Zanetti mostra-se ainda muito determinado
em ser competitivo por pelo menos até Tóquio-2020, quando terá 30 anos, tempo
de vida que considera ideal para atingir o auge de sua força física.
Então, vida longa Rei (das argolas) Arthur, que essa data
possa ser celebrada mais vezes, principalmente com muita saúde e disposição
para continuarmos vendo-o competir em alto nível por muitos anos e ser motivo
de inspiração para novas gerações de quem quer seguir por esse esporte, que se
tornou um dos favoritos de se acompanhar dos brasileiros em Olimpíada.
Coluna originalmente publicada em 17/04/17
Coluna originalmente publicada em 17/04/17

 
 

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