Quem acompanhou a rodada dupla das eliminatórias para a Copa do Mundo da Rússia 2018 continuou vendo uma seleção brasileira com um futebol ruim, fraco taticamente, sem vibração, com bastante resquícios do fatídico 7 a 1, que ainda assola nossas cabeças e deverá permanecer assim por muito tempo.
 Na sexta, a proposta era jogar sem um centro-avante fixo, com Neymar mais centralizado e uma linha de quatro meias entrando na área, ao estilo que o Tite faz no Corinthians. Deu certo no começo, em cima de uma zaga uruguaia desfalcada e frágil. Tanto que com um minuto já estava 1-0 de vantagem e durou até os 25 primeiros minutos, quando saiu o gol de Renato Augusto, ampliando a vantagem.
Na sexta, a proposta era jogar sem um centro-avante fixo, com Neymar mais centralizado e uma linha de quatro meias entrando na área, ao estilo que o Tite faz no Corinthians. Deu certo no começo, em cima de uma zaga uruguaia desfalcada e frágil. Tanto que com um minuto já estava 1-0 de vantagem e durou até os 25 primeiros minutos, quando saiu o gol de Renato Augusto, ampliando a vantagem.
Depois disso, o Uruguai se encontrou no jogo, soube ajeitar a marcação e mudou o estilo de jogo. Descontou ainda no primeiro tempo, no começo do segundo empatou e só não virou, porque o goleiro Alisson defendeu de forma espetacular a meta brasileira. Cavani e Suárez fizeram o terror na zaga. Miranda esteve apático e David Luiz não sei porque ainda é escalado, é o símbolo daquela derrota e da falta de técnica.
Dunga teve que mudar o esquema, colocando Lucas Lima e Philippe Coutinho para armar e Ricardo Oliveira como homem centralizado. O que não surtiu tanto efeito no momento em que a Seleção Canária tomava sufoco. Chutou pouco ao gol, não arriscou tantos disparos de fora da área. Foi um time que deteve a posse de bola, mas não sabia o que fazer com ela, muito sonolento.
O empate deixou um gosto amargo, eram três pontos que deixariam o Brasil na vice-liderança sul-americana. Acabou saindo barato, poderia ter tomado uma virada em casa e a pressão aumentaria para o jogo desta terça.
Ontem, a entoada foi outra. Com a suspensão de Neymar, Dunga preferiu começar com Ricardo Oliveira de referência e uma linha de cinco meio campistas compondo a marcação, com uma possível saída rápida de contra-ataque. O time foi mais incisivo, chutou mais, arriscou, faltou melhorar a pontaria, pois teve mais chutes para fora do que para o gol.
No entanto, quem saiu na frente foi o Paraguai, no final do primeiro tempo. O técnico brasileiro não teve receio de mudar o time no intervalo, tirando um dos volantes para colocar um atacante. Mesmo assim, não teve muito tempo para perceber a mudança, já que os adversários ampliaram com três minutos da segunda etapa.
Dunga avançou mais ainda o time, tirando o outro volante e colocando um meia mais pensante e criativo. Do outro lado, o técnico paraguaio preferiu recuar e tentar segurar o resultado. As mudanças favoreceram o Brasil, que pressionou e conseguiu arrancar um empate no final.
Esse resultado não traz um alívio para o elenco, pois deixa o país em sexto, fora da zona de classificação, mas tem um tom de recuperação e de garra. Uma luz de esperança para mudar o jeito de jogar para as próximas partidas, que só acontecem em setembro.
O lado bom é que os sete primeiros estão embolados. Caso o Brasil vença o co-líder Equador, fora, e a Colômbia, em casa, pode ficar encostado na liderança.
Mas, até lá, terá a centenária edição da Copa América, em junho, e os Jogos Olímpicos, em agosto. Com o nome de Tite já começando a ser especulado, Dunga terá que mostrar resultados mais expressivos (ouro olímpico, inclusive), se quiser permanecer no cargo quando as eliminatórias voltarem.

 
 

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