Entrevista com Gui Lin

Publicado  sábado, 6 de maio de 2017

Crédito: Christian Martinez/CBTM/ITTF

Gui Lin é uma chinesa naturalizada brasileira, que inclusive já disputou Jogos Olímpicos pelo país. É a mais experiente das mesatenistas e uma das esperanças da torcida para vencer o Brasil Open. Estreou na competição contra a chilena Paulina Vega e sofreu para vencer por 4 sets a 3, depois de estar liderando por 3 a 0. Ela concedeu uma entrevista para o Esporte pelo Juva antes de começar a disputa.

O que está achando do torneio?
A organização está melhorando cada vez mais, está muito tranquilo, área de jogo, transporte, o Brasil está sendo mais profissional.

E o nível das jogadoras?
Acho que o número de participantes é muito pouco, mas o nível médio é muito bom, não vou dizer que nível alto para ser top 50 do mundo, mas vieram bastante jogadores bons, tanto no masculino como no feminino. Independentemente do número de participantes, é um grande desafio.

O que espera com relação à torcida?
Espero que continue torcendo por mim [risos]. Meu objetivo sempre é representar o Brasil o melhor possível, então se estou na mesa, vou fazer meu melhor para tentar vencer o jogo. Se estou jogando contra outra brasileira, vai depender da torcida de cada um, mas espero que torçam para todas as brasileiras que estão na seleção, não só para mim, mas todas merecem essa torcida.

Como está sua forma física e a preparação para o torneio?
Estou bem mais tranquila, passei uma temporada bem corrida, um jogo atrás do outro. Antes desse torneio, passei três semanas sem jogar, apenas treinando. Isso é um bom prazo dentro desse ano, então deu uma acalmada, refrescar um pouco a cabeça, tentando retornar o melhor possível.

Estamos começando um novo ciclo olímpico. Como está vendo esse início para o tênis de mesa?
Viemos de um ciclo pesado, todos queremos um descanso. Isso não significa sem treinar ou jogar, mas sim em termos de menos pressão. Depois vamos atrás do desafio novamente. Esse ano o importante é o Pan-Americano da modalidade, nós dominávamos na América Latina, mas esse ano mudou, vai ter os Estados Unidos e o Canadá, que são mais fortes, já que têm mais chinesas naturalizadas.

Como encara a competição?
Não tem jogo fácil, para mim, mas estou preparada para o desafio, só quero fazer meu melhor e trazer o melhor resultado para o Brasil.

E a adaptação para o português?

Ainda tenho muitas dificuldades, o pessoal fica me zoando muito, ainda tenho muito sotaque, se você conversar mais comigo vai perceber, então melhor encerrar por aqui [risos].